O papa Francisco pediu nesse sábado (26) à Igreja e aos
fiéis católicos que difundam a esperança a um mundo sedento dela. A declaração
foi feita durante a homilia na vigília do sábado de aleluia, celebrada na
basílica de São Pedro. Na Vigília Pascal, ritual da semana santa no qual os católicos
aguardam a ressurreição de Jesus Cristo, o papa salientou como hoje é
necessária tanta esperança e que é preciso difundi-la e proclamar Cristo
ressuscitado “com a vida e com o amor”.
“Se assim não for, seremos um organismo internacional com um
grande número de seguidores e boas normas, mas incapaz de apagar a sede de
esperança que tem o mundo”, disse.
Numa das cerimônias mais solenes e carregadas de simbologia
da Semana Santa, Francisco deu o exemplo de Pedro, que, diante da morte de
Cristo, não se deixou “dominar pelas suas dúvidas, afundar pelos remorsos, o
medo e os boatos contínuos que não levam a nada”.
“Sem ceder à tristeza ou à escuridão, abriu-se a voz da
esperança: deixou que a luz de Deus entrasse no seu coração sem a apagar”,
acrescentou Francisco, que também citou as mulheres que socorreram ao sepulcro.
O papa indicou aos fiéis que, tal como Pedro e as mulheres, “nem nós
encontraremos a vida se permanecermos tristes e sem esperança e fechados em nós
mesmos”.
O papa aconselhou a abrir os “túmulos selados para que Jesus
entre e os encha de vida” e livrar-se “do rancor e das lajes do passado, das
pedras pesadas, das fraquezas e das quedas”. A respeito dessas “pedras
pesadas”, Francisco disse que a primeira a remover não pode ser outra senão “ser
cristão sem esperança”, o que implica viver “como se o Senhor não tivesse
ressuscitado e os problemas fossem o centro da vida”.
(Agência Brasil)
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