segunda-feira, 14 de março de 2016

Eleições 2016

Lideranças articulam candidaturas para a Prefeitura de Fortaleza


Ano de eleição é sempre assim: antes de oficializar as candidaturas, lideranças defendem teses e lançam nomes, nos bastidores, para testar a aceitação e a viabilidade dos mesmos na corrida pelo Executivo. Alguns desses nomes ganham destaque no debate pré-eleitoral e buscam apoio de correligionários para chegar à frente.
Entre as siglas de oposição, atualmente, dois nomes dominam a preferência das legendas: os deputados estaduais Capitão Wagner (PR) e Heitor Férrer (PSB).
De olho na popularidade dos dois pré-candidatos, siglas como o PSDB já afastam a hipótese de candidatura própria, em nome do apoio a um dos dois deputados, no primeiro turno da disputa. De acordo com o deputado estadual Carlos Matos (PSDB), os tucanos, hoje, estão caminhando em direção a aliança com o PSB ou o PR.
O parlamentar lembra que o PSDB já conversou com os pré-candidatos e continua avaliando as propostas dos dois para tomar uma decisão. Ele ainda revela que os tucanos terão novas conversas com os dois postulantes para ver “aquele que oferece propostas mais eficientes para, realmente, garantir o desenvolvimento da capital cearense.
PR
Internamente, Wagner ganha força no PR. “O Capitão Wagner é o pré-candidato do PR à Prefeitura de Fortaleza e tem tudo para ganhar a eleição, porque tem competência o Executivo”. A previsão é do presidente estadual do partido, ex-governador Lúcio Alcântara, acrescentando que o republicano é um parlamentar atuante e que aborda todos os assuntos que, de uma maneira geral, interessam à população.
Férrer, que em 2012 ficou em terceiro lugar na disputa, mudou de partido e tem sua candidatura como prioridade do PSB nacional. Na visão da cúpula do partido, o município de Fortaleza integra o processo de expansão da legenda com vistas à disputa pela Presidência da República em 2018 e, para isso, deu início à unificação do discurso.
PMDB
Wagner e Férrer também se aproximaram do PMDB de Eunício Oliveira. A legenda, que hoje ocupa a vice-prefeitura com Gaudencio Lucena, no entanto, quer assumir o protagonismo e uma das opções da sigla é o deputado federal Vitor Valim.
Ao jornal O Estado, o vice-presidente regional do partido, Gaudencio Lucena, também vice-prefeito da Capital, disse que Valim está “bem nas pesquisas”, mas continua sendo avaliado internamente.
Frente de esquerda
Representando a esquerda na disputa pela prefeitura da Capital, um velho conhecido tem espaço garantido: o deputado estadual Renato Roseno, do Psol, deve ser, mais uma vez, lançado à disputa. Com discurso afiado na defesa de trabalhadores e de grupos chamados “minoritários”, Roseno tem eleitorado certo de largada. “A população está querendo mudança, porque a atual gestão não está condizente com as necessidades”, afirmou, recentemente, ao OE.
Reeleição
Candidato “natural” a mais um mandato, Roberto Cláudio disputará a reeleição com a força de seu novo partido, o PDT, e o apoio de lideranças como os irmãos e ex-governadores Ciro e Cid Gomes e do ministro das Comunicações, André Figueiredo.
O Ministro diz que o partido está totalmente unido em torno da reeleição do prefeito Roberto Cláudio, que, segundo aponta, está tendo grande reconhecimento da população pelo que ele vem realizando em Fortaleza, em várias outras áreas, uma delas, na saúde pública.
O arco de aliança está sendo trabalhado. O PCdoB, por exemplo, sonha com a vaga de vice, mas não condiciona o espaço na chapa majoritária na troca de apoio a RC. O deputado federal Chico Lopes defende a aliança com o atual gestor, mas nega a postulação do partido para ocupar o cargo de vice na chapa encabeçada por RC. “Acho que o prefeito Roberto Cláudio, através do seu partido, o PDT, vai ver quem merece ser o seu vice-prefeito”, minimizou.
PT
O espaço de vice, no entanto, é o que pode garantir o apoio do Partido dos Trabalhadores ao prefeito Roberto Cláudio. Lideranças ligadas ao governador Camilo Santana garantem que o petista trabalha, nos bastidores, para compor com o atual prefeito a chapa PDT-PT.
A articulação, no entanto, contraria a expectativa do diretório municipal da sigla, ligado à ex-prefeita e deputada federal Luizianne Lins. O grupo já lançou manifesto oficial em que defende abertamente a candidatura de oposição a RC.
(OE)

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