Luiz Alves / Câmara dos Deputados
Raimundo Gomes de Matos quer ações que garantam mais rapidez na execução das obras da Transnordestina
A Comissão Externa da Câmara dos Deputados que acompanha a construção da ferrovia Transnordestina deve se reunir na próxima semana para discutir a realização de visitas a trechos da obra no Ceará, Piauí e Pernambuco.
Após ouvir representantes do BNDES e Banco do Nordeste, o coordenador da comissão, deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), quer explicações da Valec, estatal do governo federal que tem participação de 8% na Transnordestina e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que executa as desapropriações no Piauí, Ceará e Pernambuco. O deputado acha que há um descompasso nas desapropriações do Dnit e o encontro pode dar uma melhor noção sobre as obras da ferrovia.
"Há uma necessidade de nós termos celeridade nessas obras, vencer esses gargalos, buscar uma intersetoriedade maior, intragovernamental. Porque a gente observa que falta essa integração entre os órgãos executores, entre os órgãos corresponsáveis dessa pactuação e isso tem gerado toda essa dificuldade de darmos celeridade", afirmou.
Prazos e orçamento
A Transnordestina é uma ferrovia de mais de 1.700 quilômetros de extensão que parte da cidade de Eliseu Martins, no Piauí, até Salgueiro, em Pernambuco. Ali, a ferrovia se divide em dois braços: um seguirá até o porto de Pecém, no Ceará, e o outro, em direção a Suape, em Pernambuco.
A Transnordestina é uma ferrovia de mais de 1.700 quilômetros de extensão que parte da cidade de Eliseu Martins, no Piauí, até Salgueiro, em Pernambuco. Ali, a ferrovia se divide em dois braços: um seguirá até o porto de Pecém, no Ceará, e o outro, em direção a Suape, em Pernambuco.
A Transnordestina surgiu a partir da criação da Companhia Ferroviária do Nordeste em 1998, com a privatização das malhas pertencentes à antiga Rede Ferroviária Federal. As obras têm contado com aportes financeiros da Valec, do Dnit, do BNDES, da Sudene, do Banco do Nordeste, do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor), do Fundo de Financiamento do Nordeste (FNE), e do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE).
As obras da ferrovia deveriam ter sido concluídas em 2013. Agora, a previsão é que sejam concluídas em 2018, mas, com a crise econômica, não há certeza sobre o prazo. Apenas 65% das obras de infraestrutura foram realizadas e o orçamento, que era de 5,42 bilhões de reais, passou para 7 bilhões e meio de reais. O aumento deveu-se a motivos ambientais, que exigiram mudança no traçado da obra, e pelo tempo transcorrido desde o início da implantação, em 2006, até os dias de hoje.
Segundo o Banco do Nordeste, além dos ajustes no orçamento em 2014, outros devem ocorrer novamente. Já a concessionária tem previsão de investimento maior: 11 bilhões de reais.
Conclusão dos trabalhos
A comissão externa que acompanha as obras da ferrovia Transnordestina tem até novembro para concluir os trabalhos, mas, segundo o coordenador do grupo, Raimundo Gomes de Matos, o não funcionamento das comissões permanentes da Câmara, que ainda não elegeram seus presidentes, pode dar rapidez aos trabalhos do colegiado.
A comissão externa que acompanha as obras da ferrovia Transnordestina tem até novembro para concluir os trabalhos, mas, segundo o coordenador do grupo, Raimundo Gomes de Matos, o não funcionamento das comissões permanentes da Câmara, que ainda não elegeram seus presidentes, pode dar rapidez aos trabalhos do colegiado.
(Agência Câmara)
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