Parlamentares seguem pressionando
Governo sobre reajuste de policiais
A pressão sobre o Governo do Estado para alterar a
proposta de reestruturação salarial dos profissionais de segurança pública
seguiu firme ontem (5) na Assembleia Legislativa (AL), após o tema ter ganho
espaço de destaque nas discussões em plenário da última terça-feira (4).
Deputados aliados da categoria voltaram a exigir maior diálogo por parte do
poder público, com perspectiva de que sejam oferecidos aumentos maiores.
O deputado Soldado Noelio (Pros), que puxou o debate no dia anterior, tratou do assunto mais uma vez, na tribuna.
“Os trabalhadores da segurança
já amargaram anos sem recomposição salarial ou recomposição da inflação. Agora
é o momento de reconhecer”, defendeu. Ele ressaltou, ainda, que o trabalho da
categoria é de extrema importância, além de ser uma atividade de risco. “Quero
que o Governo do Estado tenha a humildade de reconhecer que alguns policiais
ganham R$ 4,9 mil, como ele mesmo anunciou, porém a maioria ganha em média R$
3,2 mil. Muitos não conseguem nem pagar um plano de saúde. Por isso devemos
lutar por melhorias.”
CORO
Delegado Cavalcante (PSL) fez coro à cobrança, mencionando inclusive a possibilidade de paralisação por parte da categoria até que seja enviada uma proposta diferente. Na ocasião, ele pontuou que é policial civil há 40 anos e que conhece a realidade dos policiais. Para ele, de lá para cá, a situação dos policiais melhorou, mas continua aquém do que se considera digno para exercício da profissão.
GOVERNO
Deputados da base do governo seguem defendendo que o poder público estadual fez investimentos massivos em pessoal na segurança pública no decorrer dos últimos anos. Segundo Acrísio Sena (PT), o Ceará é o único estado que está buscando a valorização desses profissionais. “O Ceará, ao longo de seis anos, está fazendo uma mudança radical para melhorar as forças de segurança. O Governo do Estado é um ponto fora da curva. Nenhum outro busca melhorias como o governador Camilo Santana”, assinalou, enfatizando que o Estado está buscando cada vez mais melhorias para a categoria da segurança pública além de melhor condição de trabalho.
DESENCONTROS
Em entrevista ao O Estado, o secretário da Casa Civil, Élcio Batista, esclarece que há informações desencontradas circulando com relação ao tema. Segundo ele, a remuneração de R$ 3.300, atribuída aos soldados cearenses por parte dos que defendem o envio de uma nova proposta, vale para uma minoria pequena de militares, uma vez que esse é o mínimo do mínimo que esse profissional recebe no Estado. Enquanto apenas 33 soldados recebem menos de R$ 3.500, mais de 3,6 mil recebem entre R$ 3.800 e R$ 4.000 e outros 1,2 mil recebem entre R$ 4.000 e R$ 4.500.
LIMITE
Conforme o deputado Elmano de Freitas (PT), o Governo do Estado não tem mais margem para negociar, uma vez que já está no limite dos gastos e ainda precisa dar reajustes para os professores e para os servidores da área da saúde. Élcio sublinha que o Ceará tem valorizado os profissionais de segurança, mas também deve prezar pela responsabilidade fiscal, para não gastar mais do que pode.
Com O ESTADO
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