sábado, 7 de março de 2020

Pelo Instagtam, Tulio Gadelha explica choro:


Ser preterido por núcleo do PDT que define políticas de aliança e destinação do fundo eleitoral




O deputado federal Tulio Gadelha usou seu perfil no Instagram para falar sobre a repercussão da notícia de que teria chorado depois de perder a liderança da maioria na Câmara para um colega de legenda, o cearense André Figueiredo. 

Gadelha se disse assustado com a repercussão de seu choro. Entretando, o que repercutiu realmente não foi o choro, não são incomuns as manifestações chorosas de políticos, mas a revelação de que a perda da liderança teria levado Gadelha a renunciar à sua pré-candidatura à Prefeitura do Recife, tema, esse sim, relevante, mas sobre o qual o deputado disse que só se pronunciará na proxima segunda-feira, numa coletiva de imprensa.

Apesar de não confirmar a retirada da candidatura, no texto de Tulio é possível ler nas entrelinhas, principalmente do trecho onde afirma entender e saber que sua derrota dentro da própria bancada  "aconteceu porque o núcleo nacional do meu partido - as pessoas que definem a destinação de fundo eleitoral, de fundo partidário, a consolidação das alianças e definição das direções partidárias nos estados - escolheu outro nome, que aceitou disputar contra mim, naquele mesmo dia", que está ciente de que sua pretensão de disputar a Prefeitura do Recife está nas mesmas mãos que o derrotaram naquele episódio e que como lembrou Paulo Rubem Santiago, ontem, também pelo Instagram, a "cúpula local e nacional do PDT, (está) acostumada aos acordos de gabinete e interesses particulares junto ao PSB em PE."

Leiam a Nota na íntegra:

"Estou assustado com a repercussão que as lágrimas de um homem podem alcançar. Queria aproveitar e informar que isso não é coisa de outro mundo. E que sim, homens choram. Agora, diferentemente da associação que fizeram, o motivo das lágrimas não tem a ver com a candidatura no Recife, mas com a disputa da liderança do bloco e minha decepção com meus colegas de bancada do PDT. O fato é que havia conversado com 23 (vinte e três) dos meus colegas deputados e 21 (vinte e um) deles, me garantiram o voto. Mas no momento da votação, que se deu de forma aberta, não me contive porque alguns deles decidiram apresentar um voto diferente. Fizeram muitos elogios a mim, mas votaram em outro candidato. Dos 21 votos, tive 3 (três). Mas não guardo nenhuma, nenhuma mágoa. Entendo e sei que isso aconteceu porque o núcleo nacional do meu partido - as pessoas que definem a destinação de fundo eleitoral, de fundo partidário, a consolidação das alianças e definição das direções partidárias nos estados - escolheu outro nome, que aceitou disputar contra mim, naquele mesmo dia. 
. Meus colegas de bancada não estão errados, errada está a legislação eleitoral que nos torna parte, e ao mesmo tempo, reféns dos nossos próprios partidos. A intervenção dos partidos naquilo que não for programático, é, e sempre será, um erro. . Por mais homens que chorem, que expressem seus sentimentos e falem o que precisa ser dito. Ah, sobre o tema da candidatura, falarei na segunda-feira, em coletiva de imprensa, aqui no Recife. 2 min

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