A revelação de Dilson Peixoto foi feita na tentativa de justificar a hipótese do Partido dos Trabalhadores realizar prévias para escolher o candidato para as eleições 2012, em meio as série indecisões internas que o partido vive desde o ano passado. De acordo com o regimento do PT, para não usar o dispositivo, dois terços do diretório municipal tem que declarar apoio a um candidato. Enquanto o índice de delegados não atinge o quantitativo, a ferramenta pode ser utilizada.
“Para não ter prévia, dois terços tem que se definir por um candidato e o diretório municipal não votou. Se tiver dois terços dizendo que o candidato é João da Costa, então não tem (prévia), mas se não tiver, vai ter que ter prévia. João da Costa não tem dois terços do diretório municipal. Nossa corrente (CNB) não tem posição definida e que é quase 40%, e o grupo de João Paulo também não”, esclareceu Dilson Peixoto, na Rádio Folha FM.

O petista reconheceu que o prefeito do Recife tem dificuldades eleitorais e política. “Temos um problema e as pesquisa mostraram. O prefeito tem problemas eleitorais e precisamos resolver isso, além de problemas no âmbito político. Estamos vendo outra via sendo construída pelo PTB do senador Armando”, ressaltou Dilson Peixoto, salientando que a divisão na Frente Popular não é boa para a coalizão. “Mas é preciso ter candidato com condições de aglutinar. Se o prefeito não tiver condições, pode se fazer um pacto”, especulou. O petista considerou como ideal o prazo até fim de fevereiro para escolha do candidato, tendo em vista o fracionamento da Frente.

(Do Blog da Folha/PE - Publicado por José Accioly)