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Diversos setores da esquerda mobilizam-se em solidariedade às famílias do Pinheirinho.
Por Passa Palavra
A invasão da Polícia Militar, com o aval do governo do estado e da juíza estadual Márcia Loureiro, iniciou-se às 6 horas da manhã deste domingo, surpreendendo as cerca de 6 mil pessoas que moravam no local há mais de 8 anos, já que na quarta-feira, dia 18, um acordo firmado na 18a Vara Cível de São Paulo, entre advogados do movimento, da massa falida da empresa Selecta (proprietária do terreno) e alguns parlamentares, determinava a suspensão da reintegração de posse por 15 dias. Ainda assim, apesar da decisão judicial em contrário no nível federal, cerca de 1,8 mil homens da polícia, auxiliados por 2 helicópteros, adentraram a comunidade sem qualquer prévio aviso. Com este desrespeito a uma ordem judicial pelas próprias entidades do poder, verifica-se que está estabelecido um conflito entre as instâncias federal e estadual do poder judiciário e o comando da PM; o que deve gerar bastante polêmica no decorrer desta semana - sem que, no entanto, o destino das famílias possa ser mudado.
Durante o ato desta tarde na avenida Paulista, militantes que presenciaram a ação descreviam estar havendo um verdadeiro estado de sítio em São José dos Campos. Por ordem direta do governador Geraldo Alckimin, todos os acessos à Comunidade do Pinheirinho teriam sido bloqueados pela polícia. Não chegavam ao local sequer médicos, enfermeiros, advogados e assistentes sociais.
A atividade foi encerrada às 20h, pois está marcada uma assembleia, em São José dos Campos, às 9h de amanhã, segunda-feira, dia 23. Lá apoiadores e movimentos sociais pensarão e organizarão os próximos passos desta luta. Ainda haverá um ato em Brasília, em frente ao Congresso Nacional, às 10h30, chamado pelo MTD-DF e reunião em São Paulo, às 19h, no Sinsprev, para planejar novas ações.
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