Foto: Edição/247
Autor de um projeto de lei que legaliza a exploração das máquinas caça-níqueis, Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) não tem medo do bicho papão Carlinhos Cachoeira; “a legalização acabaria com contraventores como ele”, sustenta; “o Brasil está cercado pelo jogo legal em todo o mundo e não pode mais negar essa realidade”
Marco Damiani _247 – Autor de um projeto de lei que legaliza a exploração de máquinas de caça-níqueis no Brasil, deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) não tem medo do bicho papão Carlinhos Cachoeira. “Não conheço, nunca vi, nunca falei e, se o meu partido determinar, vou para dentro da CPI sem rabo preso para apurar todos os crimes que esse cara cometeu”, afirmou ele ao 247.
Famoso por dizer o que pensa, sem medo de polêmicas, o parlamentar refuta qualquer associação entre seu projeto pró-caça-níqueis e as atividades de Cachoeira, considerado o maior explorador dessa atividade em Goiás. “O que se sabe é que ele apóia a legalização das loterias estaduais, não a legalização dos caça-níqueis. Isso acabaria com o negócio dele”.
Arnaldo sustenta que, ao estabelecer a obrigatoriedade, no corpo de cada máquina, da inclusão de um mecanismo que faça de maneira on-line a coleta de impostos, o projeto de lei dos caça-níqueis viria para resolver um problema social. “É preciso acabar com a hipocrisia em torno do jogo no Brasil”, advoga. “A Argentina tem jogo, o Uruguai tem jogo, todo navio de cruzeiro que passa por aqui promove jogo em nosso litoral. Não há mais porque só aqui dentro ser diferente, dando margem para o surgimento de personagens como esse Cachoeira”. Na opinião do parlamentar, ao tornar a exploração de caça-níqueis uma atividade legal, com transferência carimbada de impostos para o setor da Saúde, o Brasil daria um passo para modernidade. “Temos de sair desse atraso que só fabrica contraventores poderosos”.
- Mas existe clima para tratar da legalização do jogo e dos caça-níqueis agora?
- Não, responde o parlamentar. Toda essa agitação em torno da CPI não dá margem para tratar desse assunto, que está criminalizado, mas no longo prazo, depois que essa fase for superada, vejo muitas condições para o projeto que unifica os anteriores sobre jogos continuar sua tramitação aqui na Câmara.
Nos cálculos de Faria de Sá, essa tramitação poderá voltar a acontecer a partir do próximo ano. “Vai ficar claro que todo o combustível que move a máquina da clandestinidade e da contravenção vem da manutenção do jogo na ilegalidade, quando o melhor é que ele se torne uma atividade legal, fiscalizada e com parte de sua renda destinada a uma área sempre carente do País, que é a Saúde”. (Portal 247)
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