quarta-feira, 25 de abril de 2012

Com nomes definidos, CPI do Cachoeira faz primeira reunião nesta quarta-feira

A composição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que vai investigar a atuação do empresário de jogos ilegais Carlinhos Cachoeira foi oficializada, nesta terça-feira (24), com a leitura dos nomes indicados pelos blocos partidários da Câmara e do Senado. Na reunião conjunta do Congresso, presidida pela deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), ficou definido que a reunião de instalação da CPI ocorrerá nesta quarta (25), às 10h, na Sala 2 da Ala Nilo Coelho do Senado.
Na primeira reunião da CPI, serão escolhidos oficialmente o presidente e o relator do colegiado, cargos que devem ser ocupados, respectivamente, pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) e pelo deputado Odair Cunha (PT-MG). A comissão será presidida pelo membro mais idoso até a definição do presidente.

A CPI é formada por 32 membros titulares – 16 deputados e 16 senadores – e seus respectivos suplentes. Com base no cálculo da proporcionalidade, previsto no Regimento do Congresso, o PT e o PMDB são os partidos que ocuparam mais vagas: três senadores e três deputados. O PSDB vem logo em seguida, com duas vagas de senador e duas de deputado.

O PDT, DEM, PSB, PCdoB, PTB, PP e PR ficaram com uma vaga titular de senador e uma de deputado. Já o PV e o PSD vão ser representados somente por um senador cada. O PSC e o PPS, por sua vez, terão um deputado cada na comissão. Faltam serem indicados, ainda, seis suplentes de senador.

A partir da instalação, a CPI terá prazo de 180 dias para concluir as investigações. Nesta terça-feira, Odair Cunha adiantou que a primeira providência da comissão deverá ser pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) acesso aos inquéritos das operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, que investigaram as atividades ilegais de Carlinhos Cachoeira.

Cachoeira está preso desde o fim de fevereiro, inicialmente num presídio federal em Mossoró (RN) e, desde a semana passada, na ala federal do Complexo da Papuda, em Brasília. Escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, revelaram que o contraventor mantinha relações suspeitas com parlamentares, autoridades do Executivo e empresários envolvidos em licitações públicas milionárias.(Soraya Mendanha – Agência Senado)



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