Foto: Edição/247
Renan, Jucá, Collor e Vaccarezza são apenas alguns dos nomes que estão garantindo lugar de honra na CPI sobre a Operação Monte Carlo; Dilma pode se preparar um espetáculo que pode custar caro ao seu governo
Os principais personagens deste espetáculo serão velhas raposas da política, que já estão garantindo lugar de honra. Ao que tudo indica, o presidente da comissão, a ser indicado pelo PMDB, será o senador Romero Jucá. A relatoria, cargo do PT, caberá ao deputado Cândido Vaccarezza. Curiosamente, dois articuladores políticos que acabaram de ser substituídos pela presidente. Jucá era líder do governo no Senado e Vaccarezza na Câmara. Como irão se comportar depois de terem sido trocados por Dilma?
Esta é a primeira indagação, mas não a única. Jucá bate continência a José Sarney e Renan Calheiros, que não vendem barato seu apoio ao governo. Vaccarezza é alinhado com José Dirceu, que certamente exigirá que a CPI dedique um amplo capítulo às relações da quadrilha de Carlos Cachoeira com órgãos de imprensa – especialmente com a revista Veja.
Na CPI, outras raposas políticas terão presença garantida. O PMDB quer indicar políticos experientes, como os senadores Renan Calheiros e Eunício Oliveira. O PTB garantiu ninguém menos que o ex-presidente Fernando Collor, que terá sua primeira grande tribuna desde que retornou à cena política. E o PSDB deve emplacar também dois nomes fortes: o senador Álvaro Dias, que tem sido um dos principais porta-vozes da oposição, e também o deputado Fernando Francischini, que foi grampeado pelo sargento Idalberto Martins, o Dadá, e prepara um arsenal contundente para se vingar.
Adeus, reformas
Neste contexto, Dilma dificilmente conseguirá tomar qualquer inciativa relevante no Congresso. Para uma economia que já apresenta sinais de baixo dinamismo, é uma má notícia. Uma CPI como a que será instalada nos próximos dias, não durará menos de quatro meses – na melhor das hipóteses. Depois dela, o Congresso funcionará em tempo parcial, porque os parlamentares estarão preocupados com eleições municipais.
Em resumo: 2012 parece ser um ano perdido para qualquer tentativa de reformas no Congresso. E em 2013, naturalmente, já se começará a falar na sucessão presidencial. (Portal 247)
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