Um estudo com 67 pacientes acima de 60 anos 
do Hospital Pró-Cardíaco, entre julho de 2010 e agosto de 2011, constatou que 
dois em cada três idosos têm déficit de vitamina D. Na pesquisa, utilizou-se 
como padrão de normalidade níveis sanguíneos de vitamina D acima de 32 ng/ml 
(nanogramas por mililitro). Valores entre 15 e 32 ng/ml foram considerados como 
deficientes e, abaixo de 15 ng/ml, deficiência severa. Apenas 17% dos pacientes 
avaliados apresentaram níveis adequados de vitamina D e 36,5% mostraram 
deficiência severa. O grupo com maior concentração tinha 41 ng/ml. Entre os 
pacientes com deficiência severa foi encontrada uma média de 9,8 ng/mL com um 
valor mínimo de 3,5 ng/ml.
— É muito difícil suprir a necessidade diária de 
vitamina D só com alimentação, seriam necessários dois pedaços grandes de 
salmão, duas colheres de manteiga, três copos de leite integral, grandes 
quantidades. Mais importante que a alimentação é tomar 15 minutos de sol 
diariamente, sem filtro solar, nos horários indicados — explica a nutricionista 
Vanessa Pereira Montera, que usa o trabalho como teses de mestrado na 
Universidade Federal Fluminense (UFF).
O estilo de vida moderno faz com que as pessoas não 
se exponham ao sol, mas a falta de vitamina D pode contribuir para o 
desenvolvimento de câncer e doenças cardiovasculares, como aumento da pressão 
arterial, aterosclerose, diabetes e hipertrofia cardíaca. A exposição ao sol 
ativa a produção da pré-vitamina D: a pele tem um precursor, uma molécula que, 
em contato com o sol, se transforma em pré-vitamina D, que fornecerá vitamina D 
ativa em quantidades adequadas. Além do sol, a suplementação de 800 unidades 
internacionais (UI) para idosos e 600 UI para adultos também é indicada e está 
dentro do limite máximo de duas mil UI recomendadas pelo Ministério da 
Saúde.

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