Nas residências, os agricultores não têm mais alimentos. Há pessoas que, em função deste drama, já estão deixando suas famílias e migrando para os centros maiores do País, em busca da sobrevivência de seus familiares. O quadro é desolador, tendo em vista que já percebe-se carcaças de animais mortos nas rodovias vicinais do município, além de peixes mortos às margens dos açudes secos.
O trabalhador rural Pedro Feitosa da Silva, residente no distrito de Cedro, considera difícil a situação em toda a zona rural de Aiuaba, por não haver mais água com abundância, nos reservatórios. “Aqui está tudo seco. Os cacimbões, que eram a nossa esperança para, pelo menos, ter um pouco de água em nossas residências, também estão secos, a paisagem que antes predominava o verde, hoje, é só a mata seca, os animais estão morrendo em todos os locais”, lamenta.
ANGÚSTIA
Segundo ainda o agricultor, não há mais pasto para o rebanho bovino e caprino, e a pouca água existente, em alguns pequenos açudes, até os animais estão rejeitando, por estar imprópria para o consumo. Quem tem condições, está comprando água de boa qualidade, trazida do Piauí, através de carro-pipa. Quem não pode fazer o mesmo, remedia-se como pode para obter o precioso líquido para seu consumo.
Os programas sociais e emergenciais do governo federal é que estão ainda mantendo o trabalhador no campo, mas ninguém sabe até quando. Há um clima de incertezas no campo, uma vez que os especialistas preveem que o quadro ainda vai piorar, uma vez que o período crítico, historicamente, está só começando." (O Estado)
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