A situação do hoje nanico DEM no Ceará, em nada difere da que os democratas encaram Brasil afora: desgastado e com seus quadros já bastante minguados, nessas últimas eleições municipais só conseguiu eleger dois prefeitos (Paulo Duarte, em Limoeiro do Norte e Jaime Junior, em Icó), nos 184 municípios cearenses. Em Fortaleza, apenas um vereador (Mairton Félix). O certo é que tendo logrado êxito em apenas duas capitais - João Alves, em, Aracaju, e ACM Neto, em Salvador - não se vê muita perspectiva para a tão almejada renovação do DEM que vai ter que ficar em “stand-bye”.
Entretanto, as lideranças do Democratas terão que trabalhar e apontar, urgentemente, alternativas para que o partido recupere terreno, embora se saiba que não será fácil, principalmente, depois da cassação de seu líder maior, o ex-senador Demóstenes Torres. O episódio serviu para deixar o já combalido Democratas mais fragilizado ainda.
Não é de se estranhar que agora tome corpo a ideia de eventuais fusões defendida por algumas lideranças do partido. Há bem pouco tempo, um grupo cogitava se unir com o PSDB. Essa alternativa, por sinal, ainda é defendida principalmente por alguns democratas em São Paulo. Também não ficou descartada uma aliança com o PTB.
Na verdade, não se pode esquecer ou ignorar as raízes do DEM: Saído do PFL, pode ter mudado. Certo é que o DEM já mudou de nome numa sacada marqueteira, que camuflou as raízes conservadoras do antigo PFL. Mas não mudou seus sobrenomes, seu DNA político. Mudar os ares do partido, portanto, deve ser ainda mais difícil. Se vai conseguir, só o tempo dirá.
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