Ciro Gomes tem planos para se candidatar a presidente em 2018
Nem bem se filiou ao recém-criado PROS o grupo político ligado ao governador do Ceará, Cid Gomes, já planeja voos mais altos para 2018. A meta, segundo o presidente da Assembleia Legislativa cearense, deputado José Albuquerque, é apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2014 e lançar o ex-ministro e atual secretário de Saúde do Estado, Ciro Gomes, à Presidência da República no pleito seguinte. “É 2014 com Dilma e 2018 com Ciro”, disse o parlamentar durante a cerimônia que selou a ida do clã Gomes e seus aliados para o PROS. O desejo foi referendado pelo governador Cid Gomes. Ciro, que já foi candidato ao Planalto em outras ocasiões, disse que “se for necessário” ele atenderá ao chamado da nova legenda.
Ciro e Cid haviam confirmado que assinariam, nesta quarta-feira, as fichas de filiação ao PROS. A decisão de ingressar nas fileiras do recém-criado Partido Republicano da Ordem Social, anunciada nesta terça-feira, veio na conturbada saída deles e de seus liderados do PSB. Cid e Ciro sempre defenderam que o PSB permanecesse na base governista e apoiasse o projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), indo na direção contrária do desejo do PSB em lançar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, como candidato ao Planalto em 2014. O pingo d’água que faltava para a saída de ambos das hostes socialistas aconteceu há cerca de duas semanas, quando o PSB entregou os cargos que ocupava no governo Dilma e convidado a ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), um dos maiores desafetos políticos do Clã Gomes, para ser a candidata do partido ao Governo do Estado nas próximas eleições.
O ingresso dos Ferreira Gomes e do seu grupo, formado por quase 500 integrantes, entre prefeitos, deputados federais e estaduais, vereadores e outras lideranças políticas, além do próprio governador, coloca o PROS como o maior partido do Ceará. Seguindo o alinhamento nacional, o PROS cearense deverá apoiar a reeleição da presidente Dilma, como desejavam os irmãos Cid e Ciro enquanto ainda integravam o PSB. A ida para o novo partido será comunicada oficialmente à presidente Dilma ainda nesta quarta-feira.
Lula contemporiza
Embora ainda espere por um recuo das pretensões presidenciais do PSB e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recomendou que o Governo e a presidente Dilma Rousseff (PT) afaguem o socialista. O objetivo, segundo o ex-presidente, seria uma forma de evitar que Campos e o PSB, que já entregaram os cargos que ocupavam na administração federal, muito embora ainda permaneçam integrantes da base governista no Congresso, saiam “com raiva”, complicando a disputa majoritária do próximo ano. “É como se você estivesse numa guerra e o seu batalhão começa a se separar. Eu não acho isso legal”, teria dito Lula à presidente Dilma durante uma reunião em Brasília, segundo o Estadão.
O primeiro passo nesta direção deverá acontecer ainda esta semana, quando Dilma deverá encontrar-se com Campos, seguindo o conselho dado por Lula. Atuando como uma espécie de conselheiro, o ex-presidente já declarou em várias ocasiões que o PSB tem o direito de tentar um voo solo, mas que gostaria que aliança histórica entre as duas legendas, que data desde 1989, fosse mantida. Um dos temores por parte do PT é de que Campos saia com raiva da base governista para concorrer ao Planalto nas próximas eleições.
Como Campos tem uma forte ligação com o pré-candidato tucano, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB), e no caso de um rompimento traumático com o governo, os dois partidos poderiam vir afirmar uma aliança em um eventual segundo turno. A possibilidade é vista pelo PT como bastante viável de acontecer, uma vez que o PSB e o PSDB irão dividir palanques estaduais em diversos estados contra candidatos petistas.
Fonte: Correio do Brasil
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