quarta-feira, 27 de maio de 2015

Lei nos EUA é diferente do Brasil

Justiça dos EUA diz que Marin pode pegar 20 anos de prisão

Do Uol Esporte:
José Maria Marin e outros seis dirigentes podem pegar 20 anos de prisão em virtude de irregularidades em contratos comerciais de torneios  na América do Sul e Central. A informação é do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Ao todo, 14 réus são acusados de corrupção, extorsão e lavagem de dinheiro.
"Eles [os sete detidos] podem pegar 20 anos de prisão, mas a sentença depende de cada um. Cada caso é um caso", reforçou Loretta Lynch, procuradora-geral da Justiça dos EUA.
O ex-presidente da CBF de 83 anos está detido em Zurique. A Justiça suíça informou que os detidos serão extraditados para os Estados Unidos, base da investigação coordenada pelo FBI. Caso Marin se oponha à extradição, será aberto um requerimento em que ele terá de permanecer por pelo menos 40 dias na Suíça. 
Fifa anunciou o banimento temporário de 11 envolvidos na investigação da Justiça dos Estados Unidos. 
A investigação aponta suborno de US$ 150 milhões (equivalente hoje a mais de de R$ 450 milhões) em questões ligadas a transmissão de jogos e direitos de marketing do futebol na América do Sul e Estados Unidos. O esquema fraudulento existe desde a década de 90, ainda segundo a investigação.
Investigação aponta suborno em contratos da Copa do Brasil e Libertadores 
A Traffic, do empresário brasileiro J Hawilla, é apontada pela investigação como um dos principais canais de desvios de recursos e propinas. A empresa é detentora dos direitos de transmissão da Copa do Brasil, Libertadores e Copa América. J Hawilla se comprometeu à Justiça norte-americana a devolver US$ 150 milhões.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Marin recebeu R$ 2 milhões em propinas por cada edição da Copa do Brasil. O suborno tinha como intuito facilitar os direitos comerciais do torneio.

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Conheça os envolvidos no caso de corrupção que abala a Fifa15 fotos

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Combinação de imagens de arquivo mostra funcionários da Fifa (da esquerda para a direita, e começando pela linha superior) Rafael Esquivel, Nicolas Leoz, Jeffrey Webb, Jack Warner, Eduardo Li, Eugenio Figueredo e José Maria Marin. Os sete homens estão entre as várias autoridades do futebol detidos em uma operação surpresa deflagrada em Zurique por autoridades suíças. Os cartolas são investigados pela justiça americana em um suposto esquema de corrupção. Conheça-os Leia mais AFP
O Departamento de Justiça dos EUA também mira o contrato da CBF feito com a Nike, ainda na gestão Ricardo Teixeira.
"A maioria dos esquemas investigados diz respeito a solicitação e recebimento de propinas por autoridades do futebol vindas de executivos de marketing, em conexão com a comercialização de direitos de imagem e marketing de várias partidas e campeonatos, incluindo as Eliminatórias da Concacaf, a Copa Ouro da Concacaf, a Liga dos Campeões da Concacaf, a Copa América da Conmebol, a Copa Libertadores da Conmebol e a Copa do Brasil, que é organizada pela CBF. Outros esquemas citados dizem respeito a propinas em conexão com o patrocínio da CBF dado por uma grande marca de material esportivo, a seleção da sede da Copa de 2010 e a eleição presidencial da Fifa em 2011", diz a nota do Departamento de Justiça, claramente citando a Nike.
Os outros dirigentes detidos em Zurique são Jeffrey Webb (presidente da Concacaf), Eduardo Li (presidente da Federação Costarriquenha), Julio Rocha, Costas Takkas, Rafael Esquivel e Eugenio Figueiredo (ex-presidente da Conmebol). A sede da Concacaf, em Miami, nos EUA, passará pela execução de um mandado de busca. 
Além disso, membros do Ministério Público da Suíça recolheram documentos e dados eletrônicos na sede principal da Fifa, em Zurique. Além disso, o órgão anunciou que abriu um processo criminal por suspeitas de gestão desleal e lavagem de dinheiro em relação com a escolha das sedes da Copa do Mundo de 2018 e 2022.

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