sábado, 28 de dezembro de 2019

PODER X PSICOPATIA


Psicopatas de colarinho branco: 4% dos políticos e dos executivos são psicopatas



Por Lola Moron, 
Para o El País

1% da população é classificada como psicopata: não sente empatia nem culpa. Esse percentual sobe para 4% entre executivos, políticos e pessoas que ocupam cargos de alta responsabilidade

Se pensarmos em um psicopata, a imagem de um assassino em série nos vem à cabeça. No entanto, há muito mais psicopatas do que assassinos em série. Sujeitos maquiavélicos no sentido estrito. A frase “Os fins justificam os meios” é atribuída a Maquiavel. Além de escritor, o autor de O Príncipe foi filósofo e diplomata. Estava situado na primeira linha das altas esferas, onde se travavam batalhas políticas sem quartel, nas quais se decidia quem ocuparia o trono ou quem usaria o Anel do Pescador. Maquiavel foi um grande observador daqueles que moviam as cordas do mundo, mas que raramente manchavam as mãos de sangue.

É fácil falar de maldade e psicopatia quando nos referimos a personagens situados no limite da sociedade: o assassino de crianças indefesas, o alto executivo que enche os bolsos à custa de pessoas que trabalham em condições subumanas em fábricas a 10.000 quilômetros de distância ou o político que encontra armas de destruição em massa onde basicamente há petróleo. Esses psicopatas são muito evidentes, embora apenas o primeiro suje as mãos. Os outros dois são frequentemente admirados, pertencem a esferas socioeconômicas de difícil acesso e só ocasionalmente o opróbrio os persegue.

Fora desse limite social, ninguém é mau em termos absolutos. 1% da população é classificada como psicopata. São sujeitos insensíveis, egoístas, despreocupados com o bem-estar dos outros, que não sentem empatia nem culpa. Essa porcentagem parece subir a 4% em executivos, políticos ou pessoas que ocupam cargos de alta responsabilidade.

Se todas as coisas ruins que acontecem no mundo todos os dias se devessem a esses poucos psicopatas que são capazes de cometer as piores tropelias, a vida seria mais fácil. O problema é que a grande maioria de nós é capaz de mostrar essa falta de empatia e essa maldade, talvez em menor grau ou com menos frequência do que eles. A realidade é que nem todas as coisas ruins são feitas por psicopatas e nem tudo que os psicopatas fazem é ruim.

Quando se fala de maldade não se fala de pessoas nem de grupos de indivíduos, de profissões, de posições sociais, de doentes mentais; assim como não se fala de raça, sexo ou orientação sexual. A maldade é a consequência de um ato. É derivada de um comportamento ou um pensamento compartilhado – e, portanto, um comportamento. Um pensamento íntimo não se torna malvado se não for executado. A maldade é uma decisão tomada em um momento e em uma circunstância. Não podemos saber o que cada um de nós faria em uma situação teórica. Podemos suspeitar do que faríamos com base na situação em que estamos no momento em que nos fazem a pergunta, mas será apenas uma aproximação. Somente a pessoa que fez o que fez sabe por que o fez e sob quais circunstâncias. Não há determinismo. Custa menos ao psicopata do que ao resto das pessoas fazer o mal, mas a personalidade é apenas mais um fator no contexto.

O cérebro do psicopata funciona de maneira diferente do da maioria das pessoas, assim como o cérebro de um músico funciona de maneira diferente. Genética e cérebro estabelecem as bases para o mal; a sociedade coloca o contexto. Nenhum desses elementos é suficiente e todos são necessários. Ninguém nasce condenado a ser músico, assim como ninguém nasce condenado a ser mau. Para ser músico é preciso mais do que talento; para ser mau é preciso algo mais do que ter pouca empatia: é preciso decidir fazer o mal em vez do bem. O psicopata é definido pelo preço que está disposto a pagar e em troca de qual benefício. Isto é, a maldade é o resultado de um dilema moral. Todos nós resolvemos isso de uma maneira muito semelhante. O que nos diferencia é onde colocamos os limites.

Contemplando um caso extremo se vê com claridade: matar em troca de dinheiro. Mas o que acontece quando compartilhamos os valores que levam outra pessoa a fazer o mal? O que aplaina o caminho para o psicopata de colarinho branco – ou para o nosso chefe, que, mais ou menos mau, geralmente não é psicopata – é que compartilhamos os valores que ele defende. Consentimos e toleramos seu abuso porque, de alguma forma, o entendemos. Ele defende um território ao qual nós aspiramos ou do qual dependemos. Quanto maior for o respeito pelos sentimentos e valores do outro, maior deve ser a recompensa para justificar uma decisão que pode ser moral ou normativamente repreensível, e quanto menos envolvidos estivermos com os sentimentos de terceiros, menos valor atribuiremos aos seus sentimentos. Por exemplo, se disputamos uma promoção com um colega que respeitamos e admiramos, tenderemos a jogar limpo. Se considerarmos nosso adversário um ser desprezível, tenderemos a ser mais frouxos com as regras. Até seríamos capazes de jogar sujo. Se não for um colega, mas um estranho que vem de um escritório distante, nossos critérios morais também serão mais frouxos.

Na prática, todos nós servimos alguém, mas todos nós temos alguém que nos serve. Todos os dias. Tendemos a não observar nossa atitude em relação àqueles que aspiram ao território que ocupamos. Podemos ser muito empáticos, mas se não prestarmos atenção, nunca saberemos se sofrem. É difícil pensarmos que, para eles, talvez nós também sejamos malvados.

Existem inúmeros contextos em que todos – e digo todos – nós podemos ser malvados. Que não nos ponham à prova.

* Lola Morón é psiquiatra e especialista em neuropsiquiatria.

TREINAMENTO MACHISTA


Nova geração revê 'masculinidade tóxica'; em estudo, 70% relatam serem treinados a 'ser macho'




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Fui ensinado desde menino que ser homem exige engolir o choro e ser muito forte. Não sou o único"



Uma enquete de âmbito nacional mostra que 72% dos quase 20 mil homens brasileiros que responderam foram ensinados a não demonstrar nenhuma fragilidade. O problema continua: 60% dos entrevistados também foram instruídos a não expressar emoções.
 
Macaque in the trees
Mas o que é ser homem, afinal? (Foto: Divulgação)
Mas o que é ser homem, afinal? Essa é a resposta que ao menos cem grupos de homens espalhados pelo país procuram. Os encontros são um fenômeno novo no Brasil e buscam construir uma maneira saudável de ser homem usando uma ferramenta potente: a escuta.
Em São Paulo, o terapeuta Fábio Sousa, um homem negro e carinhoso, lidera um desses grupos -do qual faço parte.  O grupo foi fundado em 14 de abril de 2019, quando nove homens se encontraram para discutir seu papel no mundo. Desde então, nós nos reunimos quinzenalmente. 
O embrião da ideia de Sousa para o grupo veio de uma conversa de domingo com sua companheira, quando o estupro coletivo de uma adolescente no Rio ganhou a atenção nacional, em 2017. Ele escreveu em uma rede social que se sentia impotente e desalentado diante do episódio, sem conseguir digeri-lo.
"A minha companheira me trouxe várias questões do feminismo e como isso implica na relação com os homens. Eu falei para ela do caso e ela me questionou: 'o que você vai fazer com tudo isso?'"
Ao revisitar o que havia escrito cerca de um ano depois, e ainda sem resposta para a própria pergunta, veio a iniciativa para criar o grupo.
De acordo com a enquete "O Silêncio dos Homens", realizada pelo site Papo de Homem, 60% dos respondentes -homens de mais de 14 anos, com acesso à internet, que estejam ao menos no ensino médio e com padrão de idade, raça e região do país que reflete o da população geral -gostariam de se juntar a um desses grupos. 
Em parte isso se deve à solidão -40% dos mais de 19.800 entrevistados por meio de um longo questionário online afirmam que se sentem solitários sempre ou com muita frequência. O nível de confiança da enquete é de 95%, segundo os pesquisadores.
A solidão é algo que conheço bem. Sousa partilha deste sentimento, assim como Guilherme Valadares, fundador do Papo de Homem e um dos realizadores da sondagem e do documentário homônimo. Ele conta que era frustrado por não ter características associadas ao "ser homem", e por isso se sentia só. A situação escalou e ele se tornou um adulto agressivo nas relações.
"Minha performance de masculinidade entrou realmente em xeque depois que conquistei o que, em minha imaginação, me tornaria um homem de verdade. Fui agressivo em minhas relações amorosas, com amigos no trabalho, tive comportamentos autodestrutivos", relata Valadares.
"Homem que 'sente demais' é estranho, é fresco. Meu mundo emocional era, em grande parte, colorido pela emoção mais socialmente aceita para homens, a raiva "
O jornalista e correalizador do documentário Ismael dos Anjos explica por que a violência se tornou uma linguagem da masculinidade tóxica.
"Esse homem com comportamentos tóxicos não sabe como, e não tem recursos, para conversar, resolver as coisas no diálogo, escutar e entender outras pessoas. O homem está acostumado a se fazer valer no exercício de força." 
Por "masculinidade tóxica", entende-se um conjunto de hábitos que impõem o machismo, como esperar que mulheres assumam as tarefas de casa, buscar controlar suas roupas e ações, impor a palavra final e tratar mulheres com agressividade física ou psicológica, reduzindo-as (ou tentando reduzi-las) a um papel subserviente.
Sousa diz que o homem perdeu sua função social de provedor, ainda que vivamos em uma sociedade predominantemente patriarcal, "a identidade do homem está ligada às performances de masculinidade. Quando há um movimento contrário [de as mulheres assumirem papeis relevantes] é possível que o homem siga por caminho mais destrutivo", aponta. 
A afirmação de Sousa coincide com a declaração do ministro Sergio Moro, no último 7 de agosto, de que os homens reagiam com violência por, talvez, se sentirem intimidados. A frase, em evento para marcar os 13 anos da Lei Maria da Penha, provocou reações extremadas nas redes. Mas condiz com o diagnóstico percebido pelos homens que frequentam os grupos sobre masculinidade.
Não somos ensinados a falar sobre o que sentimos e, de acordo a sondagem, 40% dos homens nunca ou raramente conversam com amigos sobre seus medos, dúvidas e obstáculos. Seis em cada dez homens afirmam lidar com distúrbios emocionais como ansiedade, depressão, vício em pornografia, insônia, abuso de substâncias, apostas e jogos. 
Além disso, homens vivem cerca de sete anos a menos que as mulheres e se suicidam quatro vezes mais, segundo o IBGE e o Ministério da Saúde. Para a equipe do documentário, isso pode ser explicado pela ausência da busca por diagnóstico por homens, por medo de aparentar vulnerabilidade e por dificuldade de entender os próprios sentimentos.
Um estudo da Associação Americana de Psicologia aponta que 80% dos homens tem alexitimia, ou seja, são incapazes de reconhecer o que sentem. Na prática, isso quer dizer que medo, frustração, dor, ansiedade, são todas uma única coisa inominável e, portanto, difícil de lidar. Essa dificuldade para expressar sensações pode levar à violência. 
Os homens são os que mais matam e os que mais morrem. Segundo o Atlas da Violência de 2017, 92% das vítimas dos 61.283 assassinatos no país em 2016 eram homens, e, destes, 74,5% eram negros. O mesmo perfil o perfil dos homens assassinados se repete quando olhamos para os autores destes crimes, de acordo com um estudo da FGV. 
Além disso, o número de feminicídios no país também é expressivo. A OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que o Brasil é o quinto país com o maior número desse tipo de crime, que pressupõe a mulher ser assassinada em decorrência de sua condição de mulher. É uma taxa de 4,8 mulheres mortas para cada 100 mil habitantes. Na maior parte dos casos, os agressores são familiares (50,3%) ou parceiros e ex-parceiros (33,2%).
A promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo Gabriela Mansur desenvolveu um projeto para que homens enquadrados na Lei Maria da Penha por agressão a mulheres participem de discussões quinzenais sobre masculinidade e gênero. O projeto se tornou a Lei nº 16.732 de 2017 e já apresenta resultados. A reincidência dos condenados por agressão no âmbito do projeto caiu de 65% para 2%.
Homens negros, não heterossexuais e trans Anjos aponta que o documentário traz vivências importantes para se discutir o lugar do homem negro dentro da caixa do "o que é ser homem". 
"É comum, entre homens negros, ouvirmos ou sentirmos que, para alcançar a construção do que a gente imagina ser um homem, deveríamos ser duas ou três vezes melhor que os outros", afirma.
"Isso vale para o caminho de ascensão social, de busca por algum sucesso, mas também vale para os estereótipos nocivos ligados às masculinidades, como aguentar o tranco, estar sempre pronto e ativo sexualmente, se impor fisicamente e por aí vai."
Não se trata de um questionamento novo -o ex-presidente americano Barack Obama, negro filho de mãe branca e pai negro que o deixou na infância, abordava a questão com frequência-, mas que permanece necessário. 
A masculinidades negra, no documentário, é abordada pelo sociólogo Túlio Custódio. Ele sugere que os negros buscam se aproximar do que é ser homem para deixarem a condição de negros construída por um racismo estrutural. 
"A categoria existencial do homem é a do homem branco. Esse é o homem ideal. O homem negro nunca vai ser o ideal. Esse negro sempre estará correndo atrás do prejuízo, buscando ocultar o lugar do homem negro e se aproximar do branco", reflete. 
Há também que se falar sobre as masculinidades de homens não heterossexuais e transexuais. Homens trans, por exemplo, se deparam com os padrões de masculinidade quando se colocam como homens para o mundo. É o que diz o cenotécnico Lam Matos. 
"Quando eu me coloco como homem para a sociedade, ela me cobra uma postura de homem. É muito recorrente entre homens trans que começam a assumir papéis masculinos que parem de chorar. Eu parei de chorar; me vejo obrigado a seguir um padrão para ser aceito como homem", conta no filme. 
O documentário "O Silêncio dos Homens" estreou nesta quinta (29) em 239 sessões públicas, em espaços abertos, registradas por grupos de homens e mulheres em todo o país.
Agora, com o filme pronto e disponível gratuitamente no YouTube, Valadares diz que o sonho cresceu. "Todo o projeto está conectado ao nosso sonho, um tanto utópico, de ver surgir pelo menos um grupo de transformação das masculinidades em cada um dos 5570 municípios brasileiros." (Matheus Moreira/FolhaPress SNG)

PCdoB ABANDONA COMUNISMO


PCdoB vira Movimento 65 para esconder o nome "comunista" e tornar candidaturas mais "palatáveis"


Governador do Maranhão, Flavio Dino, é cotado para disputar a Presidência da República 

Do Metrópoles 

Com quase 100 anos de história, o PCdoB adotará uma nova marca em 2020. Encobrindo as palavras “partido” e “comunista” de sua sigla, a legenda passará a adotar a expressão “Movimento 65”, que enfatiza o número do partido que pretende lançar em 2022 a candidatura à Presidência da República do governador do Maranhão, Flávio Dino.

A ideia inicial era mudar o nome do partido, suprimindo os dois termos. Houve resistência de filiados e a adoção do “nome fantasia” representa um recuo na intenção de alguns membros da sigla de se livrar do termo para formar um movimento mais amplo contra o atual presidente, Jair Bolsonaro.

De acordo com integrantes do PCdoB, a marca a ser usada na publicidade institucional trará, em vez do vermelho, as cores verde e amarelo como predominantes. Saem também a “foice e o martelo”, símbolo da luta das classes trabalhadoras urbana (martelo) e rural (foice) e que representa tanto o movimento socialista, como o comunista.

A nova marca já foi encomendada e faz parte dos planos da legenda de lançá-la em janeiro de 2020. A data, no entanto, ainda não foi marcada.

A ideia tem semelhança com a concertação feita pelo Partido Comunista Português (PCP) que ampliou seu leque de atuação, agregando o Partido Ecologista – “Os Verdes” – e formando a Coligação Democrática Unitária (CDU), em 1987.

Na época, símbolos comunistas foram evitados na logomarca da CDU, que concorreu a várias eleições entre 1987 e 1989. Em 2009, a sigla voltou a incorporar as marcas dos dois partidos que formaram o grupo e adotou a sigla PCP-PEV.

Trabalhistas

O objetivo do partido é atrair a filiação de lideranças trabalhistas presentes em outros partidos, principalmente os ligados à chamada ala brizolista do PDT, que resistem ao termo comunista.

A nova sigla também é mais palatável aos integrantes do antigo PPL, legenda incorporada pelo PCdoB em maio deste ano que tem entre seus nomes o filósofo João Vicente Fontella Goulart, filho do ex-presidente João Goulart, que foi deposto pelo regime militar, no golpe de 1964. Goulart Filho é o atual vice-presidente da legenda no Distrito Federal.

Outro atraído pela perspectiva de adoção do “nome fantasia” foi o deputado federal Brizola Neto, neto de Leonel Brizola, que foi Governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul. Brizola Neto será o nome da legenda para o cargo de prefeito do Rio de Janeiro, nas eleições que ocorrem em outubro.

O documento do partido que informa sobre a criação do novo nome deixa claro o interesse em ampliar o leque de candidaturas em todo país para as eleições municipais. “Dispõe-se a construir um movimento eleitoral e cívico amplo, de caráter frentista — Movimento 65 —, um lugar para os lutadores e lutadoras das causas da classe trabalhadora e do povo, intelectuais e agentes culturais progressistas, líderes da sociedade civil. Todos(as) terão lugar no Movimento 65 para se candidatar nas eleições municipais de 2020”, diz a nota pública endereçada aos filiados.

HEITOR – FALTA O PRINCIPAL: ESTRUTURA


               
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        Não é preciso ser defensor e torcer pelo deputado Heitor Férrer (SD), para reconhecer que ele é um dos melhores nomes já comentados e especulados para a Prefeitura de Fortaleza. Se for confirmada a sua candidatura será esta a terceira vez em que ele coloca o seu nome para a disputa pelo Paço Municipal e, como sempre, com a menor rejeição. Com isso, fica comprovado que, para ele, o que tem faltado são recursos e uma forte estrutura de campanha. Até porque não tem sido apresentado nenhum candidato mais combativo e dinâmico do que ele, entre todos os já citados.
        Em relação ao pleito municipal de Fortaleza – 2020, o referido parlamentar tem mostrado a mesma disposição de sempre, para tentar a Prefeitura da capital cearense. Competência é o que menos lhe falta, basta seguir  sua notável atuação parlamentar desde quando foi eleito para a Câmara Municipal de Fortaleza por dois mandatos. Muito menos lhe falta conhecimento sobre Fortaleza e seus imensos problemas. Nesse campo, Heitor tem sido uma verdadeira enciclopédia, sendo capaz de localizar problemas em todos os recantos da cidade, qualidade dificilmente encontrada em outros pré-candidatos.
        Em relação ao próximo pleito, Heitor, agora pertencendo ao Partido da Solidariedade se apresenta com a mesma disposição de sempre para tentar o Paço Municipal. Para isso, conta com a promessa de total apoio do deputado Genecias Noronha, presidente regional do SD, e com excelentes condições políticas e financeiras. Além disso, em recente conversa em São Paulo, com o presidente nacional do SD, Paulinho da Força, este assegurou dar-lhe todo o seu apoio. Mas a ele, Heitor deixou clara a necessidade de uma grande estrutura de campanha, sem o que o partido não terá aliados até para a indicação de um vice. No que está certo.  

LIÇÕES DE VIDA QUE TENTO APRENDER



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A vida nos ensina que ignorar os fatos não os alterar.
Quando nos nivelamos a quem não nos merece estamos simplesmente permitindo sermos magoados.
O tempo cicatriza todas as feridas e cura todas as mágoas.
O trem da oportunidade não tem segundo estação, se o perdermos, outro vem e pega.
Se o porto está lotado de amargura, a felicidade vai aportar em outro ancoradouro.
Se queremos chegar ao topo da montanha, devemos saber escalá-la com dignidade.
Quanto mais tempo temos, menos sabemos usá-lo;
Quanto menos tempo temos mais produzimos.
A arte de perder não tem nenhum mistério, pois todos nós perdemos.
Já a arte de ganhar é para os obstinados. Pensem nisso!

COLUNA PRETO NO BRANCO

DE OLHO NELES





Se há uma categoria que vai ter que se cuidar, e com todo o esmero, é a dos eventuais pré-candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador no próximo ano. Isso, diante das advertências que vêm sendo feitos pelo Ministério Público Estadual, Tribunal de Contas do Estado, Tribunal Regional Eleitoral e Polícia Federal. É bom que essa turma vá ficando atenta, porque, para a eleição que vem aí, essas entidades não esperarão pelo resultado, diplomação e posse dos vencedores. Isso significa que, já a partir de agora a “peneira” vai ficar cada vez mais fina.

As referidas advertências, segundo um conselheiros do TCE, estão voltadas, não apenas para os aspirantes a cargos eletivos a serem disputados, mas, principalmente, para os dirigentes partidários. Qualquer caso de denúncia contra atos indébitos de determinados candidatos (e até pré-candidatos), deverá “quebrar no espinhaço” de quem o lançou e apoiou. Tais medidas, segundo se alega, são para impedir que a Justiça tenha que repetir o que fez nos últimos anos, ou seja, processar e cassar os mandatos de prefeitos, vices e vereadores trapalhões.

CURTO-CIRCUITO

DOBRADINHA FORTE

 No Palácio da Abolição, o governador Camilo e a vice-governadora Izolda Cela tomaram providencias iniciais para o lançamento de um dos mais importantes projetos do atual governo. Trata-se do lançamento do “Projeto Superação”, de apoio a jovens sem emprego e sem estudo de 14 a 29 anos.

GRANDE PROJETO

O “Projeto Superação” deverá beneficiar, até 2022 nada menos que 10 mil jovens fora de emprego e da escola, para os quais serão re-encaminhados, através de um processo de capacitação profissional e retorno às aulas. Além de empregados e estudando, eles estarão fora do alcance do crime. 

SEM TRAMBIQUES

 O governador Camilo Santana assinou  decreto que normatiza os Consórcios de Saúde nos estados do Nordeste. O objetivo é que, através desses consórcios, e com o monitoramento direto dos governadores sejam detidas as muitas irregularidades de prefeituras com recursos federais e estaduais.

INCRÍVEL “COINCIDÊNCIA”

Podem acreditar: o presidente Jair Bolsonaro e o seu ferrenho oposicionista senador Cid Gomes são os responsáveis pelo projeto dos juízes de garantias, que tanta polêmica gera. A matéria tinha sido proposta em setembro por Cid, e agora Bolsonaro sanciona. E Cid, com isso, vibra.

MELHOR EXPLICANDO

 No que diz respeito à questão dos juízes de garantias, enquanto os opositores acham inconveniente por exigir mais milhares de novos juízes, Cid argumenta que os juízes que acompanham e investigam para a formação de um processo não terão imparcialidade para julgá-los.

DEFESA DOS DEFENSORES

A situação dos bacharéis em Direito que assumem a condição de Defensor Público precisa ser, definitivamente definida. A questão está sendo debatida no STF, por conta de recurso da OAB Nacional, que exige dos defensores a aprovação nas provas daquela instituição.

PAPEL ESPECIAL

 Sobre a questão dos Defensores Públicos, eles contam com o apoio não só da Associação Brasileira da categoria, como também do STJ, para o qual um defensor não é advogado que cobra pelos seus serviços, mas sim um defensor dos injustiçados, com regime e estatuto específicos. É, mas, na hora de precisar do apoio da OAB ou ganhar igual a promotor e juiz o defensor público quer sim, ser advogado.

ADEUS ROUBALHEIRAS

 A longa “temporada” de desvios de recursos estaduais e federais destinados à Educação pode não estar no fim mas, deverá ficar bem mais difícil. Isso devido à entrada, pra valer, do TCU nesse terreno. Para isso, aquela Corte de Contas passará a agir junto à Organização para Cooperação e Desenvolvimento da Educação.

ALIANÇA COM O TCE

No estado do Ceará, esse objetivo proposto pelo TCU deverá contar com um aliado de peso, o TCE, que na gestão Edilberto Ponte “encurtou a corda” de muitos responsáveis pelo sumiço ou má aplicação de valiosos milhões, prejudicando muitos milhares de estudantes.

NÚMEROS IMPORTANTES


É bom que todos estejam atentos para alguns números do IBGE: 36% dos 9.1 milhões de cearenses (3.276 milhões) receberam Bolsa-Família este ano. Tem mais, o Ceará é o 8º do Brasil nesse campo, e em Fortaleza, os beneficiados desse programa receberam $ 422,5 milhões

COBERTO DE RAZÃO



 Tem repercutido, e com toda razão, em toda a imprensa política do país e além-fronteiras as mais recentes declarações do ex-ministro Ciro Gomes, e que representa uma denúncia e uma advertência a respeito da união “pecaminosa” entre os governos do PT e MDB e o sistema bancário brasileiro. Para Ciro, não existe nenhum outro país onde o governo tenha se aliado com os banqueiros como ocorre no Brasil. Na sua visão, essa categoria, a quem caberia contribuir para o desenvolvimento nacional tendo como alvo melhorar a vida da população virou um amontoado de “barões” que enriqueceram em  plena crise.
         Dentro desse esquema criminoso, enfatiza Ciro, os banqueiros criaram e alimentam o “baronato”, constituído pelos especuladores profissionais que, em conluio com os barões maiores faturam fortunas sem trabalhar, contribuindo para o aumento do percentual de falências de pequenas empresas e com a ampliação do desemprego. Diante disso, Ciro adverte: a sua nova campanha para o Planalto será centrada numa política direcionada à frenagem do empoderamento e do enriquecimento deste “baronato”. A seu ver, bancos são criados e existem para ganhar dinheiro, mas também permitir que este seja bem distribuído.

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

INDULTO NATALINO


Policiais, militares e pessoas com doença grave têm indulto de Natal

Entre os beneficiados estão agentes de segurança pública


Diário Oficial de hoje (24) traz o Decreto n° 10.189 que concede indulto natalino. Entre os beneficiados estão agentes de segurança pública condenados por crimes culposos (sem intenção), pessoas com doença grave e militares das Forças Armadas. O indulto foi assinado ontem (23) pelo presidente Jair Bolsonaro.

Doenças graves

Pelo decreto, será concedido indulto a pessoas que tenham sido acometidas por paraplegia, tetraplegia ou cegueira, adquirida posteriormente à prática do delito ou dele consequente.

O decreto também concede perdão de pena para quem tenha doença grave permanente, que, simultaneamente, imponha severa limitação de atividade e exija cuidados contínuos que não possam ser prestados no estabelecimento penal.

As pessoas com doença grave, como neoplasia maligna (câncer) ou síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids), em estágio terminal também podem receber o indulto.

Nesses casos de doenças, será preciso comprovação por laudo médico oficial, ou, na sua falta, por médico designado pelo juízo da execução.
Policiais

No segundo artigo, o decreto concede indulto natalino para agentes públicos que compõem o sistema nacional de segurança pública. O perdão da pena é válido para crimes de excesso culposo (quando o agente vai além dos limites permitidos). E será válido ainda para crimes culposos e quando houver o cumprimento de um sexto da pena.

O decreto diz que essa medida se aplica “aos agentes públicos que compõem o sistema nacional de segurança pública que tenham sido condenados por ato cometido, mesmo que fora do serviço, em face de risco decorrente da sua condição funcional ou em razão do seu dever de agir”.

Forças Armadas

Militares das Forças Armadas, em operações de Garantia da Lei e da Ordem, condenados por crimes de excesso culposo também recebem o indulto.
Condições

O indulto natalino não abrange crimes hediondos, nem será dado a pessoas que tenham sofrido sanção, devido a infração disciplinar de natureza grave, nos 12 meses anteriores à data de publicação do decreto.

Também não será válido para aqueles que tenham sido incluídos no regime disciplinar diferenciado em qualquer momento do cumprimento da pena; tenham sido incluídas no Sistema Penitenciário Federal em qualquer momento do cumprimento da pena, exceto na hipótese em que o recolhimento se justifique por interesse do próprio preso; ou tenham descumprido as condições estabelecidas para a prisão albergue domiciliar, com ou sem monitoração eletrônica, ou para o livramento condicional.

O decreto estabelece ainda que o indulto natalino é cabível ainda que a sentença tenha transitado em julgado para a acusação, sem prejuízo do julgamento de recurso da defesa por instância superior; haja recurso da acusação de qualquer natureza após o julgamento em segunda instância; a pessoa condenada esteja em livramento condicional; a pessoa condenada seja ré em outro processo criminal; e não tenha sido expedida a guia de recolhimento.

De acordo com o decreto, a autoridade que detiver a custódia dos presos ou os órgãos da execução penal encaminharão à Defensoria Pública, ao Ministério Público, ao Conselho Penitenciário e ao juízo da execução, preferencialmente por meio digital, a lista daqueles que satisfaçam os requisitos necessários para a concessão do indulto natalino previsto neste decreto.

O procedimento para receber o indulto será iniciado pela parte interessada ou pelo seu representante, pelo seu cônjuge ou companheiro, pelos ascendentes (avós, pais) ou pelos descendentes (filhos e netos); pela defesa do condenado; pela Defensoria Pública; pelo Ministério Público; ou de ofício, quando os órgãos da execução penal, intimados para manifestação em prazo inferior a dez dias, se mantiverem inertes.

O juízo competente proferirá decisão para conceder, ou não, o indulto natalino, ouvidos o Ministério Público e a defesa do beneficiário.


Fonte: Agência Brasil

MORTO PELAS COSTAS

Prefeito de Granjeiro é morto a tiros enquanto caminhava próximo de sua residência no Ceará

A autoria e a motivação da morte ainda não foram confirmadas.
Por Gioras Xerez, G1 CE

O prefeito da cidade de Granjeiro, João Gregório Neto (PSD), foi morto a tiros enquanto caminhava próximo à parede do Açude Junco, na manhã de terça-feira (24). A vítima foi atingida pelas costas.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), equipes da Delegacia Regional de Juazeiro do Norte, da Regional de Iguatu e do Departamento de Polícia Judiciária do Interior Sul (DPJI Sul) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) foram mobilizadas para identificar e localizar os suspeitos. Policiais dos municípios de Cariús, Cedro, Iguatu, Juazeiro do Norte e Várzea Alegre também estão auxiliando nas investigações.

Segundo moradores da cidade, um carro com suspeitos foi visto se aproximando do gestor municipal. Logo depois, foram ouvidos pelo menos três disparos. Moradores tentaram socorrer o prefeito, mas quando chegaram próximo ao local ele já estava morto. A autoria e a motivação da morte ainda não foram confirmadas pela polícia.



João Gregório Neto estava caminhando quando foi atingido em Granjeiro, no sul do Ceará — Foto: Divulgação/Prefeitura de Granjeiro
Assessoria da prefeitura de Granjeiro confirmou a morte do gestor municipal. — Foto: Reprodução/Prefeitura de Granjeiro

Alvo de operação da Polícia Federal
João Gregório foi alvo de uma ação da Polícia Federal há pouco mais de um ano. Ele era suspeito de movimentar cerca de R$ 26 milhões na conta de um parente beneficiário de aposentadoria rural, num período de dois anos,
segundo investigações da Operação Bricolagem, relativas a fraudes em licitações para construção de escolas. O valor dos contratos fraudados somava cerca de R$ 5 milhões. Um dos mandados foi cumprido em sua casa, onde foram encontrados R$ 213 mil em espécie, guardados em caixas de sapato.

O valor movimentado na conta do parente foi quase R$ 10 milhões a mais que o orçamento de todo o município de Granjeiro, cidade com 4,5 mil habitantes. Em 2017, o orçamento municipal anual foi de R$ 17 milhões, conforme a Prefeitura Municipal de Granjeiro.

Na época, o advogado do prefeito, Igor Rodrigues Lucena, informou para o G1 que o "prefeito garantiu que não teria como ter mexido irregularmente em R$ 26 milhões do Município, pois a arrecadação anual é de R$ 13 milhões e ele assumiu a Prefeitura em 2017".

"Se tivesse ficado para si com todo dinheiro, (13+13, apesar de o ano ainda não ter terminado), não teria conseguido pagar o funcionalismo público nem fazer com que os serviços do Município funcionassem. Toda as contas estão em dia e a máquina pública na ativa", disse.

Filho de agricultores

João Gregório Neto, mais conhecido como "João do Povo", nasceu em 29 de maio de 1965, no sítio Cana Brava dos Gregório, no município de Granjeiro, estado do Ceará. Ele era filho do agricultor Raimundo Gregório Alves e da dona de casa Maria Vilany Gregório, sendo o segundo de sete filhos do casal.

João do Povo fez parte do Lions Clube de Várzea Alegre e era integrante da Loja Maçônica Harmonia Varzealegrense. No fim dos anos 80 ingressou na política como vereador sendo eleito por duas legislaturas pelo Partido da Frente Liberal - PFL. No início dos anos 90 entrou no ramo empresarial abrindo uma churrascaria em Várzea Alegre.

Em 2016, voltou à política, desta vez candidatando-se ao cargo de prefeito de Granjeiro, disputando a vaga pelo PSD, sendo eleito com 2.358 votos (52.39%).

DEPUTADO DÁ AULA DE DEPILAÇÃO ANAL



Fixação anal bolsonarista? Deputado bolsonarista ganhou fama ensinando a depilar o ânus no YouTube. André Fernandes é o líder do Aliança no Ceará. Veja o vídeo da "aula"




O deputado estadual André Fernandes, que se elegeu pelo PSL e que já se declarou como futuro líder do Aliança Pelo Brasil, Partido que está sendo fundado pelos Bolsonaros para abrigar os defensores da moral e dos bons costumes milicianos e dos propagadores de fake news, ficou famoso, como é comum entre bolsonaristas seguidores de Olavo de Carvalho, fazendo apologia anal. Fernandes, que acaba de ser suspenso pelo Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Ceará por espalhar fake news contra um colega deputado, a quem acusou falsamente de ser ligado a facções, foi eleito o deputado estadual mais bem votado do Ceará com apoio de algumas Igrejas evangélicas e chegou a ser alvo de uma ação do Ministério Público Eleitoral por abuso de poder religioso.

Pois bem, o deputado, que foi o responsável por espalhar o vídeo em que Ciro Gomes aparece com uma garrafa de uisque chamando Bolsonaro de ladrão, em reação a ofensas de bolsonaristas em um bar e que espalhou que Ciro havia sido expulso, fato negado pela gerência do estabelecimento, ficou famoso mesno, como prova o vídeo postado na conta do parlamentar no YouTube, ao ensinar, com uso de expressões de baixo calão, a depilar o ânus. Confiram a "aula" desse ícone dos bolsominions: 


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