O Ranking Universitário Folha (RUF) 2019, divulgado nesta segunda-feira (7), aponta que sete cursos de graduação da Universidade Federal do Ceará estão entre os 10 melhores do País em suas respectivas áreas. São eles: Design-Moda (2°); Engenharia Ambiental (8°); Engenharia Química (8°); Física (8°); Química (9º); Ciências Contábeis (10°) e Design (10°). No ranking geral, a UFC avançou, ocupando agora a 11ª posição (https://is.gd/QgAe2G).
Coordenadora do Curso de Design-Moda, a Profª Emanuelle Kelly Ribeiro diz que o resultado é o reconhecimento do trabalho de todo o colegiado do curso, que tem buscado a excelência mesmo no cenário de dificuldades de recursos atualmente enfrentado pelas universidades federais. Além disso, ela destaca o perfil diferenciado dos alunos do curso na UFC.
VISÃO CRÍTICA ‒ “O ponto principal é a possibilidade de abordarmos temas sociais, culturais e políticos do ponto de vista da moda, pois a moda está inserida em um contexto mais amplo, não é apenas uma questão estética. Então nossos alunos desenvolvem essa visão crítica”, diz a professora. Outro aspecto importante, de acordo com ela, é que os professores têm atualizado suas práticas a fim de buscar atividades mais atrativas, baseadas em inovações tecnológicas e informacionais, no intuito de contemplar as formas como as novas gerações de alunos lidam com o conhecimento.
AUTONOMIA E INTEGRAÇÃO ‒ O Prof. Fernando Araújo, coordenador do Curso de Engenharia Ambiental, afirma que um dos aspectos que contribuem para os bons resultados do curso é a autonomia na sua forma de atuação, aliada à integração com o Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental (cuja pós-graduação tem nota máxima na avaliação da CAPES) e com o Centro de Tecnologia como um todo. Isso, segundo ele, resulta em um modelo no qual a busca pelo conhecimento é alimentada constantemente pelo resultado daquilo que se descobre nas pesquisas, gerando um ciclo.
“Outro ponto importante é que tentamos acolher os alunos da melhor forma possível, até para que eles possam se comunicar e se expressar melhor, algo que muitas vezes é um problema nos cursos de Engenharia”, explica o coordenador. Ainda conforme Araújo, outro destaque é que o curso tem cerca de 40% de suas vagas preenchidas por mulheres, percentual considerado positivo quando se leva em conta o histórico deficitário da presença feminina nos cursos de engenharia e das chamadas ciências básicas, como Física, Matemática e Química.
ORGULHO E RECONHECIMENTO ‒ “Nos enche de orgulho saber que estamos formando muito bem os nossos alunos. Além do reconhecimento do ENADE, tivemos agora também esse reconhecimento do RUF”, comemora o coordenador do Curso de Engenharia Química, Prof. André Casimiro de Macedo. Para ele, o fato de o ranking levar em consideração diversos indicadores dá mais respaldo ao resultado, mostrando que o trabalho desenvolvido tem sido exitoso. Um ponto citado como fundamental para essa conquista é a capacitação do corpo docente, que tem buscado novas metodologias de ensino a fim de melhorar cada vez mais o aprendizado.
O coordenador acrescenta que o resultado é ainda mais valorizado pelo fato de o curso, na UFC, estar geograficamente distante de polos industriais de combustíveis fósseis, como os cursos de Pernambuco e Bahia, e ainda assim se sobressair, direcionando-se cada vez mais para novas demandas, como a biotecnologia industrial.“O perfil do nosso aluno é o do engenheiro generalista, com uma formação ampla dos diversos campos da engenharia química. Ou seja, é uma sólida formação naquilo que é fundamental, para que ao longo da trajetória de cada um eles possam moldar suas escolhas”, acrescenta.
DEDICAÇÃO E VERSATILIDADE ‒ No Curso de Física, o resultado é visto como fruto da permanente dedicação de docentes, alunos, servidores técnico-administrativos e funcionários terceirizados, que unem esforços para garantir a excelência. O coordenador, Prof. Roberto Cavalcante, diz que um dos pontos fortes é o fato de o curso ser, desde o início, fortemente orientado para a pesquisa, tendo estreita relação com a pós-graduação (que também tem nota máxima da CAPES) e com a prática científica, sobretudo por meio de bolsas de agências de fomento e da própria UFC. Isso, na visão do coordenador, faz com que o aluno de Física tenha grande habilidade na resolução de problemas práticos e teóricos.
“São alunos que não são ‘engessados’, mas sim dinâmicos. Eles sabem observar um problema de várias maneiras e propor soluções diferentes para aquilo. Têm um perfil de pesquisador, mas também se inserem facilmente no mercado de trabalho, justamente por essa versatilidade que desenvolvem”, explica o Prof. Roberto. Exemplo disso, de acordo com ele, é que muitos alunos do bacharelado optam pelo fluxo contínuo ao terminar o curso, emendando com a licenciatura, e vice-versa.
TOP 20 ‒ Além dos cursos “top 10”, a UFC tem outras 10 graduações figurando entre as 20 melhores do País em suas áreas: Enfermagem (11°); Geografia (12°); Letras (12°); Matemática (12°); Zootecnia (13°); Engenharia Civil (14°); Comunicação (15°); Computação (16°); Engenharia Elétrica (16°) e Engenharia Mecânica (20°).
O RUF considera dois grupos de indicadores na avaliação dos cursos: Ensino e Mercado. O primeiro subdivide-se em quatro itens: uma pesquisa de opinião com professores de todo o País sobre a qualidade dos cursos; percentual de docentes com dedicação integral e parcial; índice de mestrado e doutorado; e a nota do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE). O segundo indicador – Mercado – considera a opinião de profissionais de Recursos Humanos consultados pelo Datafolha sobre preferências de contratação. No caso dos cursos de Direito, também foi considerado o percentual de aprovados nos exames da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nos anos de 2015, 2016 e 2017, considerando o total de presentes na prova.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional
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