sábado, 16 de maio de 2020

COLUNA PRETO NO BRANCO

                                     DEMAGOGIA E POLITICAGEM

         Mais uma vez no Ceará, assim como ocorre nos demais estados do Nordeste, tem se repetido o mau costume do aproveitamento de momentos de calamidade para a prática de benefícios demagógicos e politiqueiros. A história registra um dos exemplos mais simbólico ocorrido no ano de 1958, em que o Ceará enfrentou mais uma seca inclemente, as centenas de serviços de emergência transformaram centenas de milhares de flagelados em eleitores por se tratar de ano eleitoral. Tanto assim que, derrotado, o candidato da UDN, coronel Virgílio Távora alegou ter sido vítima do “rolo compressor do DNOCS”.

Neste ano de 2020, que também é eleitoral, até que demorou, mas aconteceu. Órgãos da Justiça comum e Justiça Eleitoral, assim como Ministério Público Eleitoral e Ministério Público Estadual alertados sobre determinados procedimentos de agentes políticos do interior, passaram a fazer sérias advertências a todos os prefeitos, secretários, servidores municipais, dirigentes partidários e pré-candidatos a prefeito e a vereador. As advertências são sobre denúncias de que a pandemia do coronavírus estaria sendo usada como justificativa para a distribuição de doações e ofertas dos mais variados agrados.

Nessas condições tem início o festival de ofertas por cabos eleitorais aos eleitores em todos os municípios. Diante de atos dessa natureza, a Justiça Eleitoral e o Tribunal de Contas do Estado – TCE – advertem que, a partir deste momento passarão a jogar com a máxima dureza. E que qualquer ato denunciado e comprovado passará a ser motivo para anulação de candidaturas às Prefeituras e Câmaras Municipais. As referidas advertências são direcionadas principalmente aos partidos políticos envolvidos no pleito, assim como aos deputados que lideram os vários municípios que os elegeram

CURTO-CIRCUITO

ALERTA

Continuando no seu “retiro” forçado em seu apartamento na Praia de Iracema, mas em permanente contato com lideranças do país inteiro, o ex-ministro Ciro Gomes permanece alertando o país sobre a irresponsabilidade com que o presidente Jair Bolsonaro batalha contra as medidas destinadas a defender o povo dos males da pandemia.

DESOBEDIÊNCIA CIVIL

Para Ciro, se o capitão insistir em pôr em atos que tragam riscos de vida para a população e para o futuro do Brasil, o caminho para os brasileiros será a desobediência civil. Isso significa que a mesma população que o elegeu pode mudar de lado e derrubá-lo.

O CINTURÃO I

 Atendendo solicitação do governador Camilo Santana, o Governo Federal liberou mais R$ 51 milhões para fazer avançar o projeto do Cinturão das Águas. A obra foi projetada e iniciada no primeiro mandato do governador Cid Gomes, cujo atraso poderá trazer enormes prejuízos para a política hídrica do Ceará.

O CINTURÃO II

O que preocupa as autoridades, assim como os técnicos e empresários do Ceará em geral são os riscos que o estado corre, se com a chegada das águas do Rio São Francisco aqui através da transposição, o “Cinturão” não esteja devidamente concluído para distribuir a água para os grandes reservatórios do estado do Ceará. Serão beneficiados o Castanhão, Orós e outros, sem se falar sobre o fornecimento de água para Fortaleza.

PROTEGENDO A ALIANÇA I

 Em Juazeiro do Norte, o secretário das Cidades, Zezinho Albuquerque e seu filho, deputado Antonio José, líderes do PP, fecharam firme acordo com o prefeito Zé Arnon. A este foi confiada a composição do Diretório local do partido, assim como o fortalecimento da aliança governista em todo o território do Cariri cearense.

PROTEGENDO A ALIANÇA II

 Evitaram, assim, a consolidação de mais uma “invasão” dos Aguiar – Domingos Filho, Domingos Neto e Patrícia Aguiar, como tem ocorrido em outras regiões do Ceará. Resta, agora, a dúvida em relação à manutenção ou não do apoio do poderoso clã dos Inhamuns ao governo de Camilo Santana, já que o partido deles - PSD faz parte do “centrão” hoje aliado a Bolsonaro.

CEARÁ SEM PETROBRAS

 O Ceará corre o risco de assistir, nos próximos meses, a saída da Petrobras, depois de 55 anos de atuação no nosso estado. A denúncia é do deputado Acrísio Sena (PT). Para ele, tudo começou com a paralisação das nove plataformas marítimas que, uma vez fechadas, representa perda de 2.400 empregos entre diretos e indiretos.

AÇÃO

Diante das informações de que, por conta da queda crescente dos preços dos combustíveis, as atividades da  Petrobras deverão permanecer limitadas aos campos e plataformas localizados na região constante do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Para evitar isso, ainda é tempo de a bancada federal do Ceará entrar em ação.

MUDANÇA DE COMPORTAMENTO

         Para muitas lideranças políticas e observadores da imprensa política do Ceará, a presença do general Walter Braga Neto na Casa Civil, em Brasília, e que se constituía na esperança até de um futuro presidente confiável, termina virando uma grande decepção, por conta das mudanças demonstradas em seu comportamento.

FIDELIDADE CANINA

Quando todos imaginavam que, finalmente, teríamos um ministro moderador, e com pulso suficiente para amortecer os choques entre o presidente Bolsonaro e os demais ministros e os governadores, Braga Neto mantém-se cada vez mais fiel ao presidente e aos seus maus hábitos.     

CIMENTANDO

 Segundo se comenta em Brasília, os apoiadores de Bolsonaro estariam pré-festejando a ordem de liberação dos R$ 600,00 para autônomos e desempregados. Para eles, com essa grana toda,  Bolsonaro vai cimentar o caminho para a sua reeleição em 2022, e estará sepultando qualquer tentativa dos  lulistas retornarem ao poder no país, avançando como uma avalanche em cima dos muitos milhões de eleitores que constituem a herança de Lula.


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