O lastimável espetáculo, aquela ópera-bufa em que se transformou a mais desastrosa reunião de ministros da História da República, protagonizado pelo presidente Jair Bolsonaro, seu vice, Mourão e mais uma penca de membros do seu “staff”, tem merecido as mais galhofeiras comparações de profissionais da imprensa política. Para o jornalista e impagável humorista José Simão, aquilo que Jair Bolsonaro chamou de reunião de ministros mais se pareceu com as festas realizadas nos morros do Rio, para a escolha do samba-enredo das escolas de samba, onde a pauleira canta, com todos os palavreados de baixo calão, e com direito a muitas pistolas e mesas quebradas.
Já
aqui no nosso estado, ou mais precisamente em Fortaleza, o gaiato personagem
“Raimundo Doido”, vivido pelo humorista Kleber Fernandes, compara aquela
tragicomédia nos inacreditáveis desfiles para a escolha da “Rainha do Oitão
Preto”, na zona do meretrício do chamado Curral, ou Cinza, nos anos 50-60.
Naquelas zorras, além da total liberalidade de expressão, com direito a todas
as palavras pornográficas possíveis e imagináveis, não faltavam quebra-quebras
entre os gigolôs e os amasiados das “candidatas”. E isso, na “terra abençoada
por Deus e bonita por natureza”, como diz o Jorge Benjor.
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