Bolsonaro não consegue indicar aliado da família para comandar Superintendência da PF no Rio de Janeiro. Em Pernambuco, Carla Patrícia permanece

Diretor-geral da PF escolhe novo superintendente do Rio, fora da lista de Bolsonaro
A coluna Painel, da Folha de São Paulo informa que o novo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando de Souza, definiu na noite desta terça-feira (5) o delegado Tácio Muzzi como novo superintendente do Rio de Janeiro.
Houve pressão interna para que o nome do novo superintendente não tivesse ligação com a família do presidente e que fosse de um delegado respeitado internamente, na tentativa de afastar suspeitas.
A escolha teve o aval do ainda atual chefe do órgão no estado, Carlos Henrique Oliveira, que foi promovido a número dois da PF em situação que gerou desconfiança.
Muzzi ficou de superintendente interino no ano passado por cinco meses após explodir a crise em agosto, quando o presidente da República pediu, pela primeira vez, a troca da chefia no Rio.
Na época, ele era o braço-direito de Ricardo Saadi, que deixou o cargo depois de Bolsonaro anunciar sua demissão em uma das entrevistas matinais no Palácio da Alvorada.
A troca da chefia no estado nesta segunda (4), revelada pelo Painel, foi um dos primeiros atos do novo diretor-geral e levou a mais um capítulo de crise no órgão.
Em depoimento no último sábado (2), Sergio Moro relatou pressão de Bolsonaro para mudanças na cúpula da PF e na superintendência do Rio.
O presidente havia sugerido nomes ao ex-ministro, Muzzi não estava entre eles.
Rolando está com sua diretoria definida, conforme o Blog informou.
O novo chefe do Rio tem no currículo investigações consideradas importantes, como a que terminou na prisão do deputado estadual e ex-chefe da Polícia Civil do Rio Álvaro Lins. Durante a Lava Jato, ele chefiava a equipe de combate à corrupção.
Fora da PF, o delegado foi diretor do Depen (Departamento de Penitenciária Nacional) e diretor-adjunto do DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional).
PERNAMBUCO
Matéria de Fábio Serapião, para a Crusoé, revela que o novo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza, decidiu promover mudanças em quatro superintendências estaduais, além da do Rio de Janeiro – esta última um dos motivos do pedido de demissão do ex-ministro Sergio Moro.
A Superintendência de Pernambuco, apontada em depoimento de Sergio Moro, no último sábado, como alvo de pedidos de mudanças, desde março, por Bolsonaro, permanece sob a chefia da delegada Carla Patrícia Cintra, pelo menos nesse primeiro momento.
Já se sabia da indicação do atual superintendente fluminense, o delegado Carlos Henrique Oliveira, para assumir a direção-executiva da PF, abrindo vaga para a nomeação de um novo superintendente para o Rio de Janeiro.
A matéria informa que o atual chefe em Alagoas, João Vianey Xavier Filho, será o corregedor-geral. A delegada Cecília Franco será a única mulher a ocupar um cargo de direção, a de Gestão Pessoal. Ela estava lotada na superintendência da PF de Tocantins. Por fim, o delegado André Andrade, atual chefe na Paraíba, será diretor de Logística. Outra direção muito importante, a de Inteligência Policial, a DIP, será comandada por Alexandre lsbarrola, que hoje é chefe da superintendência no Rio Grande do Sul.
Por causa da ascensão desses superintendentes para os cargos de diretoria, Rolando Alexandre deverá indicar novos nomes para o comando da PF na Paraíba, Tocantins, Alagoas, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, informa a Crusoé.
A Superintendência de Pernambuco, apontada em depoimento de Sergio Moro, no último sábado, como alvo de pedidos de mudanças, desde março, por Bolsonaro, permanece sob a chefia da delegada Carla Patrícia Cintra, pelo menos nesse primeiro momento.
Além de lgor Romário, o novo diretor- gera' manterá William Murad na Diretoria de Tecnologia da Informação e Inovação.
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