Covid-19: Brasil
bate novo recorde de mortes registradas em um dia
Nas últimas 24h,
foram registrados 600 óbitos
O Brasil bateu novo recorde de novas
mortes por covid-19 registradas em um dia: 600. Segundo atualização do
Ministério da Saúde divulgada nesta terça-feira (5), o total subiu para
7.921. A marca representou um aumento de 8% em relação a ontem, quando
foram contabilizados 7.321 falecimentos. O índice de letalidade ficou em
6,9%.
O Brasil chegou a 114.715 pessoas
infectadas. Nas últimas 24horas, foram adicionadas às estatísticas
mais 6.935 casos confirmados, incremento de 6% casos em relação a ontem,
quando foram registradas 107.780 pessoas nessa condição. Após declínio
estatísticas de novos casos em 24h no fim de semana, o número voltou a crescer
e se aproximou do recorde de 7.218, registrado na quinta-feira (30/4).
De acordo com o Ministério da Saúde,
deste total, 58.573 estão em acompanhamento (51,1%) e 48.221 (42%) já foram
recuperados, deixando de apresentar os sintomas da doença. Ainda são
investigadas 1.579 mortes.
O secretário de Vigilância em Saúde,
Wanderson de Oliveira, destacou que o número de mortes se refere aos
óbitos registrados nessa data, e não significa que ocorreram nas
últimas 24h, ou seja, abrange também óbitos em dias anteriores cuja
investigação foi concluída e adicionada às estatísticas nas últimas 24h.
Covid-19 nos estados
Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde - Ministério da
Saúde
São Paulo se mantém como epicentro da
pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (2.851). O estado
é seguido pelo Rio de Janeiro (1.213), Ceará (795), Pernambuco (749)
e Amazonas (649).
Além disso, foram registradas mortes
no Pará (369), Maranhão (271), Bahia (146), Espírito Santo (133), Paraná (99),
Minas Gerais (94), Paraíba (85), Alagoas (80), Rio Grande do Sul (79), Rio
Grande do Norte (68), Santa Catarina (55), Amapá (55), Goiás (38), Distrito
Federal (33), Piauí (29), Acre (29), Sergipe (21), Rondônia (29), Mato Grosso
(13), Mato Grosso do Sul (10), Roraima (11) e Tocantins (7).
Distanciamento social
O secretário Wanderson de Oliveira
informou que a equipe da pasta se reuniu com secretários estaduais para
discutir o enfrentamento à pandemia. Ele comentou as medidas adotadas em alguns
lugares, como no Maranhão, de fechamento mais rígido (ou lockdown,
no termo em inglês).
“É medida complexa. Todos os
secretários quando pensam neste assunto estão refletindo porque o impacto é
muito negativo, mas o Ministério da Saúde está à disposição para
apoiá-los. A decisão é do gestor local. São medidas temporárias que devem ser proporcionais
e restritas a cada localidade”, observou.
Perguntado sobre quando será o pico
da pandemia, ele respondeu que não é possível precisar e que a evolução será
diferente em cada local e depende dos efeitos de medidas como o
distanciamento social, que achata e prolonga a curva de contágio. Mas previu
que de maio a julho deverão ser meses em que a pandemia seguirá
preocupando.
Oliveira relatou que 1,6 milhão de
testes laboratoriais e 3,4 milhões de testes rápidos já foram entregues a
autoridades estaduais e municipais de saúde. Da promessa de 24 milhões de
exames, esse montante está sendo adquirido. Ele ressaltou que é um alto volume
é que os fabricantes assumiram um cronograma de entrega, sem detalhar quando a
totalidade dos kits deverá estar disponível.
Diante da falta de exames para testar
muitas pessoas, o secretário defendeu uma estratégia de monitoramento das
pessoas gripadas e de quem teve contato com essas. Ele anunciou que o governo
deve lançar um sistema de monitoramento eletrônico, para além do já existente
hoje, que coleta dados por meio de ligações telefônicas.
Permanência no cargo
Wanderson de Oliveira também
respondeu perguntas sobre seu cargo. Ele era da equipe do ex-titular da pasta,
Luiz Henrique Mandetta. O gestor afirmou que foi convidado pelo novo ministro
da Saúde, Nelson Teich, a continuar no cargo.
Fonte: Agência Brasil
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