quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Marcha das Margaridas: Dilma promete combater violência contra a mulher no campo

Da Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff anunciou hoje (12), ao discursar na cerimônia de encerramento da 5ª Marcha das Margaridas, no Estádio Mané Garrincha, a criação de patrulhas rurais para combater a violência contra a mulher no campo. A presidenta disse que o governo terá “tolerância zero” contra esse tipo de violência.  “Faremos parcerias com as forças policiais que atuam em nível local para que as mulheres vítimas de violência sejam assistidas de maneira correta e haja de fato prevenção da violência e do feminicídio”.
Presidente Dilma participa do encerramento da 5 Marcha das Margaridas, no estádio Mané Garrincha (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Presidente Dilma participa do encerramento da 5ª Marcha das Margaridas, no estádio Mané Garrincha (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil


















O combate à violência contra as mulheres é uma das principais reivindicações das agricultoras presentes em Brasília. O nome do movimento é inspirado na sindicalista paraibana Margarida Maria Alves, assassinada há 32 anos na frente do marido e dos filhos. “Meu compromisso é combater a violência contra mulheres de maneira implacável”, afirmou.
Durante o evento, Dilma disse ainda ter assinado decreto com as novas regras do Programa Nacional de Crédito Fundiário, após 17 anos sem revisão. Ela anunciou também a ampliação dos limites de renda familiar anual e patrimônio familiar máximo para que as famílias possam requisitar crédito. Os valores dobraram, foram para R$ 30 mil e R$ 60 mil, respectivamente.
Dilma informou ainda que serão ampliados os serviços especializados de atenção à mulher rural, como cursos voltados para a capacitação de 10 mil promotoras legais pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego e prometeu ampliar o número de vagas em creches e pré-escolas nas cidades e no campo. “Até 2018, o Ministério da Educação garantirá 1.200 espaços nas escolas para creches. [Haverá também a] conclusão da implantação em escolas rurais existentes para atender crianças prioritariamente de 4 e 5 anos”.
A presidenta anunciou ainda a implantação de pelo menos mais 100 mil cisternas produtivas até 2018, garantindo água para produção e implantação de quintais produtivos agroecológicos. Ela ainda disse que vai continuar trabalhando na elaboração do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos, mas não detalhou quando será lançado.
Dilma Rousseff falou também que tem o compromisso de não deixar que haja recuo nas conquistas democráticas do país e citou o trecho de uma canção do compositor Lenine para dizer que "enverga, mas não quebra". Ela agradeceu o apoio recebido pelas agricultoras, dizendo que juntas elas não vão permitir que "ocorra qualquer retrocesso nas conquistas sociais, democráticas do nosso país".
Ao encerrar o discurso, a presidenta afirmou que a garantia de não haver retrocessos faz parte do centro da razão do seu governo, e disse que terminaria sua fala citando Lenine. "As palavras de Lenine descrevem muito bem a fase de hoje, e as decididas margaridas de todo o Brasil, dentre as quais eu me incluo: "Em noite assim como esta, eu cantando numa festa, ergo o meu copo e celebro os bons momentos da vida. E nos maus tempos da lida eu envergo mas não quebro", disse, trocando a expressão original "tarde" pela "noite".
Defesa dos direitos da mulher trabalhadora
No discurso que antecedeu o da presidenta Dilma Rousseff, a coordenadora-geral da Marcha das Margaridas, Alessandra Lunas, disse  que a marcha não significava um enfrentamento, mas uma luta pelos direitos das trabalhadoras do campo. "Estamos na rua garantindo o não retrocesso do direito das trabalhadoras", afirmou. Ela disse também que o movimento estar com Dilma. "Estamos juntas, sim. Estamos juntas à presidenta Dilma Rousseff".
Pauta de reivindicações
Sobre a pauta de reivindicações da Marcha, entregue ao governo federal há pouco mais de um mês, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, disse, ao discursar, que o governo estuda todas. "Muitas pautas que vocês trazem serão atendidas, algumas, não neste momento, mas certamente estaremos juntas construindo avanços". Segundo ela, uma das demandas trazidas na última marcha, em 2011, foi a de unidades móveis de enfrentamento à violência contra as mulheres. Desde então, 54 foram entregues aos estados e municípios, além de uma unidade móvel no Arquipélago do Marajó, no Pará. 
"Vocês certamente marcham em um país muito diferente para todas as mulheres, muito diferente do país de antes de 2000, quando seguiram em marcha pela primeira vez. Mas também diferente do país de 2011 quando marcharam pela última vez", disse a ministra. 
De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), organizadora do evento, a meta de reunir 70 mil pessoas na marcha foi atingida. A Polícia Militar do Distrito Federal estimou em 35 mil o número de participantes do evento. No Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, com capacidade para 72 mil pessoas, o anel inferior, com capacidade para 22,3 mil, estava ocupado pelos integrantes da marcha.
A Contag confirmou que duas mulheres participantes da Marcha das Margaridas, uma de Sergipe, Maria Pureza, outra do Piauí, Maria Alzenir, chegaram a Brasília na noite de ontém (12) com problemas cardíacos. Elas foram levadas para um hospital, onde ficaram internadas, mas acabaram morrendo nesta quarta-feira.

Um comentário:


  1. Será que Dilma só enverga?
    Por que o país está em recessão? Muita gente não sabe, mas o poste criado por Lula, Dilma Rousseff, não teve competência nem para administrar a sua lojinha de artigos R$1,99, fechada em Porto Alegre. Logo, não se poderia esperar resultado positivo do governo Dilma.
    O Brasil está na UTI por culpa de Lula e Dilma. Hoje se sabe que o mensalão e o petrolão foram obras montadas por José Dirceu com o conhecimento de Lula, e, por conseguinte, Dilma sabia das manobras plasmadas na Petrobras.
    Dilma é uma consequência de erros da política econômica, como o estímulo ao crédito das famílias, as quais agora estão endividadas, a falta de investimento na produção de riquezas e da não realização de reformas estruturais e institucionais. As intervenções no mercado de energia, o engessamento dos preços públicos e administrados e a seletividade contra o sistema financeiro para baixar a taxa de juros são apontados como medidas populistas que só fizeram agravar a situação.
    A crise mundial, que Lula ironizava de marolinha, não foi levada a serio. Dilma se preocupou muito em distribuir bondades sociais visando a obter votos para a reeleição. Enquanto, por exemplo, os EUA levantaram a poeira e voltaram a crescer, o Brasil foi tragado pela marolinha sem que tivesse um governo capaz de combater as vicissitudes.
    Com queda vertiginosa de avaliação, aqui incluídos também eleitores de Dilma Rousseff, a última pesquisa de Datafolha mostra que a presidente é mais impopular até mesmo do que Collor às vésperas do impeachment. A presidente tem rejeição de 71%, só 8% considera o seu governo bom.
    Assim, com medo da manifestação nacional do próximo dia 16, que servirá de termômetro para o processo de impeachment, Dilma Rousseff, desnorteada, tergiversa moribunda: “Envergo, mas não quebro”, e começou a visitar as suas bases no Nordeste, balbuciando o mesmo discurso falacioso e repleto de mantra aos incautos eleitores do Bolsa Família e do Minha Casa, Minha Vida, os quais foram beneficiados com dinheiro das pedaladas fiscais, reprovadas pelo TCU, que poderão culminar na defenestração da presidente.

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