Brasileiras são as que mais assistem a pornôs na web
Dado é apontado em pesquisa americana. Hoje há material focado no público feminino
Rio - Já foi o tempo em que curtir imagens e vídeos que alimentam o imaginário em momentos íntimos era coisa de homem. Hoje, cada vez mais mulheres descobrem a arte da pornografia e abrem novos caminhos dentro da indústria de filmes adultos. E as brasileiras saíram na frente com estes quesitos, segundo os sites americanos Pornhub e o RedTube.
Filmes têm nova perspectiva que contempla o universo feminino
Chamado de Feminist Porn (Pornô Feminista), esse tipo de conteúdo adulto vem conquistando adeptas. A comunicóloga Fernanda Capibaribe, professora de Comunicação da Universidade Federal de Alagoas, que estuda este tipo de pornografia, explica que os filmes têm nova perspectiva. “Saem da visão tradicional em que o ato sexual só privilegia o homem”, esclarece. O cenário tem como principal expoente a diretora sueca Erika Lust.
Ela afirma que com a internet ficou mais fácil ter outros tipos de pornô e de atrair um novo público. “Estes filmes vão sempre na intimidade, e não só no ato sexual”, elucida. É também pela internet as mulheres se encontram para dividir experiências. A estudante de Rádio e TV Marjory Kumabe, 23, criou um grupo no Facebook para pesquisar sua monografia. As meninas dividem experiências e tem até grupo no Whatsapp em que trocam vídeos e imagens pornôs, e problemas íntimos.
Marjory pretende produzir um curta e o grupo vai ajudar a decidir como o filme será. “A ideia é fazer um produto que me agrade e agrade a outras mulheres”, conta.
Em pesquisa feita nos dois dos maiores portais de pornografia mundiais, as brasileiras apareceram ao lado das filipinas como as que mais consomem este tipo de vídeo. Cerca de 35% do público de pornô no Brasil é feminino. A média mundial é 24%. Na pesquisa intitulada ‘O que as mulheres querem’, os termos mais pesquisados pelas moças são lésbicas e trios. Nas categorias mais vistas estão ‘para mulheres’, ‘pênis grande’ e ‘adolescente’.
A cineasta Ana Paula Nogueira, 35 anos, conta que assiste a filmes pornôs desde a época das locadoras de vídeos. “Este estilo ficava sempre em um local meio escondido da loja”, conta. Ela explica que atualmente a qualidade técnica das produções melhorou, e há um mercado focado especificamente no público feminino. “Já vi curtas pornográficos no tablet até parada no trânsito engarrafado”, brinca a cineasta. Isto se deve à atual facilidade de acesso, incomparável com o tempo das locadoras. Um exemplo disto são os dois portais que realizaram a pesquisa. Eles têm conteúdos gratuitos e pagos e mais de 40 milhões de usuários únicos por mês.
Assim como Ana Paula, a universitária Michele Corrêa, 22 anos, assiste a filmes pornôs mas prefere os de uma nova série, voltada para o público feminino. “Eles têm mulheres mais reais, nem sempre elas estão maquiadas. É artístico”, diz.
Ela já assistia a pornografia antes de conhecer esses novos projetos, porém mais por curiosidade. “Eu gosto do X-Artes, mas tem outros filmes do mesmo tipo”, explica a garota, que geralmente assiste sozinha ou junto com o namorado.
Segundo Nina Mager, consultora em educação sexual, o aumento do interesse por pornografia entre as mulheres se deve a uma certa libertação. “Agora elas se permitem, sabem que podem gostar de coisas mais picantes. Querer alimentar a imaginação”, afirma.
Mager também destacou o fenômeno de conteúdos adultos voltados para mulheres, como o filme ‘Cinquenta Tons de Cinza’, que trouxe a temática para as conversas femininas. “Antes era tudo para agradar ao homem e para a reprodução. Hoje a mulher sabe dizer o que quer, o que não quer e quando quer”, completou.Filmes têm nova perspectiva que contempla o universo feminino
Chamado de Feminist Porn (Pornô Feminista), esse tipo de conteúdo adulto vem conquistando adeptas. A comunicóloga Fernanda Capibaribe, professora de Comunicação da Universidade Federal de Alagoas, que estuda este tipo de pornografia, explica que os filmes têm nova perspectiva. “Saem da visão tradicional em que o ato sexual só privilegia o homem”, esclarece. O cenário tem como principal expoente a diretora sueca Erika Lust.
Ela afirma que com a internet ficou mais fácil ter outros tipos de pornô e de atrair um novo público. “Estes filmes vão sempre na intimidade, e não só no ato sexual”, elucida. É também pela internet as mulheres se encontram para dividir experiências. A estudante de Rádio e TV Marjory Kumabe, 23, criou um grupo no Facebook para pesquisar sua monografia. As meninas dividem experiências e tem até grupo no Whatsapp em que trocam vídeos e imagens pornôs, e problemas íntimos.
Marjory pretende produzir um curta e o grupo vai ajudar a decidir como o filme será. “A ideia é fazer um produto que me agrade e agrade a outras mulheres”, conta.
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