Do Marcos Almeida
A Polícia Civil revelou, nesta
terça-feira (25), detalhes da prisão de Wilton Sérgio Araújo, 26 anos. Ele é
suspeito de ter estuprado pelo menos 24 mulheres este ano na Região
Metropolitana do Recife. O homem está sendo chamado pela polícia de maníaco da
BR. Ele foi preso no último dia 20 e está no Centro de Triagem de Abreu e Lima
(Cotel). As investigações estão com a Delegacia de Boa Viagem, coordenada pelo
delegado Wagner Domingues.
Wilton Sérgio morava na cidade de
Igarassu e trabalhava como contratante de caminhão de empresa de logística em
Jaboatão dos Guararapes. Na volta para casa, quase que diariamente, abordava
uma vítima na BR-101. Ele só surpreendia mulheres sozinhas, à noite. Agia como
se fosse um assalto, pedia o celular lhes mostrando uma arma de brinquedo e
ordenava que elas subissem em sua moto. Levava as vítimas para um lugar escuro
e afastado, consumava a violência e finalizava fotografando-as.
“Ele as obrigava a sorrir para tirar
a foto. Maltratava demais. Uma delas tentou se matar”, relatou o delegado
Wagner Domingues.
Wilton Sérgio foi preso na frente do
Fórum Joana Bezerra. Os policiais descobriram que ele participaria de uma
audiência e esperaram ele no local. A placa da moto foi reconhecida pela equipe
porque uma das vítimas de roubo conseguiu anotar o número. Por ser casado e ter
um filho pequeno, a polícia não quis mostrar seu rosto, no intuito de preservar
os parentes, que nada sabiam.
De acordo com o delegado Wagner
Domingues, Wilton Sérgio é oriundo de uma família desestruturada. Sua mãe
cometeu suicídio quando ele tinha 14 anos, depois de descobrir uma traição do
pai dele.
No celular de Wilton Sérgio, havia
fotos das vítimas as quais ele não soube explicar. Das 24 vítimas já
confirmadas, três ainda precisam ir à delegacia finalizar os procedimentos de
reconhecimento. Mas a polícia espera que pelo menos outras dez apareçam depois
da divulgação do caso. Há mulheres de Igarassu, Abreu e Lima, Paulista, Cabo de
Santo Agostinho, e dos bairros de Jardim São Paulo, Guabiraba e Iputinga, no Recife.Diário
de Pernambuco
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