DO BLOG DE JOSIAS DE SOUZA
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De volta ao Ministério Público de Goiás após ausência de 13 anos, Demóstenes Torres causa constrangimento aos colegas. Promotores ouvidos pelo repórter Vinicius Sassine contam que viraram alvos de piadas de réus acusados pela instituição que abriga um senador cassado por envolvimento com Carlinhos Cachoeira.
Com salário de R$ 24 mil mensais, Demóstenes cumpre, desde sexta-feira (20), um expediente flexível. Faz o seu próprio horário. Dá preferência às manhãs. Para escalar o gabinete, assentado no terceiro andar do prédio do MP, sobe por elevador lateral, pouco usado e com acesso à garagem.
Presidido por Benedito Torres Neto, irmão de Demóstenes e, como ele, personagem dos grampos da Operação Monte Carlo, a Promotoria de Goiás armou ao redor do ex-senador um cinturão de corporativo silêncio. Não informa a quantas anda o procedimento disciplinar aberto contra ele. Recusa-se a esclarecer de que tratam os processos confiados ao promotor Demóstenes. Diz-se que o amigo de Cachoeira pediu para ser deslocado do setor criminal, onde fez carreira e fama, para área cível. Nesta quinta (26), de volta ao trabalho quatro horas e meia depois de ter saído para o almoço, Demóstenes foi abordado pelo repórter. Reagiu assim: “Não falo com vocês, de jeito nenhum. Sem chance.” É como se almejasse a invisibilidade do esquecimento. Sem chance. |
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