De acordo com relatório da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), somente em Fortaleza, neste ano, foram computados 399 casos de roubos a residências. Se comparado ao ano passado (297 casos), no mesmo período (de janeiro a abril) houve um aumento de 34%. A média de casas atacadas diariamente este ano, é de 3,2 contra 2,4 do primeiro quadrimestre de 2011.
No Ceará todo, a variação foi de 23% a mais de um período para o outro. Saiu de 436 roubos de janeiro a abril do ano passado para 537 no quadrimestre deste ano.
A Capital concentra 74% dos casos em 2012. Eles estão espalhados por 89 bairros (74% dos 119 oficiais considerados pela Prefeitura). Se analisadas as estatísticas dos demais 14 municípios da Região Metropolitana, o total salta para 91%.
O inchaço na estatística da Capital de um ano para o outro é reflexo do crescimento acelerado da cidade. “Vamos ter (ocorrências) em áreas de maior concentração de renda (zona Leste) e também onde a classe média cresce (zona Oeste). A população reage morando de forma condominial ou construindo muros altos. Mas muro alto é garantia de insegurança e de reforço ao anonimato e à impessoalidade”, diz o especialista em geografia urbana, professor José Borzacchiello da Silva.
Segundo ele, a verticalização de residências por aqui iniciou na década de 1990 e acentuou-se nos anos 2000 - justo quando os índices de criminalidade começaram a recrudescer em todo o País. “Você mora num condomínio de 20 andares e não conhece quem mora ao lado. Isso faz com que tudo de estranho aterrorize as pessoas. É uma característica da modernidade. E a tendência é agravar”.
Membro do Observatório das Metrópoles, Borzacchiello avalia os avanços tecnológicos dos últimos anos no setor de segurança patrimonial como outro agravante. “Eles conduzem o cidadão ao isolamento. Estamos vivendo um forte processo de desvalorização da rua como espaço de animação. Isso é um perigo”, complementa.
(Com informações do O Povo)
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