Passavam 15, 20 minutos das 11 horas da noite quando as luzes se apagaram no meu apartamento. Iluminação, apenas, a claridade do net que eu estava usando. Levantei, fui à varanda e olhei para todos os lados. Ñão se via nada, a escuridão havia tomado conta de toda a Fortaleza. Pensei com meus botões: Deve ser passageiro, deve ter sido algum curto circuito, alguma batida de veículo em algum poste e fiquei conjecturando, tentando descobrir o que havia acontecido. Naquele momento me dei conta de que havia sido deflagrado o 4º apagão do semestre, não só em Fortaleza mas, em toda a região Nordeste. E o pior é que desta feita, não foram só os nove Estados do Nordeste a serem afetados não. Pará, Amapá, Tocantins e o nordeste de Minas Gerais também foram vítimas do "black out".
O apagão que teve início às 23h15min (horário local), de ontem, só teve a energia restabelecida às 2h30min desta sexta-feira. Os transtornos foram inúmeros, luzes e semáforos apagados, elevadores parados, foi um verdadeiro Deus nos acuda...
Na tarde desta sexta-feira, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), informou que o apagão foi causado por um curto-circuito na linha de transmissão Colinas-Imperatriz, que faz parte da interligação entre os sistemas Sul/Sudeste/Centro-Oeste e Norte/Nordeste.
Ainda segundo as informações, o problema ocorreu na subestação Colinas, no estado do Tocantins, em uma chave acionadora do capacitor série da linha de transmissão, que ficou danificada, o que resultou no desligamento de oito circuitos de 500 kV a ela conectados.
Pela manhã, mais precisamente, às 11 horas, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico se reuniu em Brasília para avaliar as consequências do problema. Logo depois, às 14h, no Rio de Janeiro, aconteceu uma reunião técnica entre a ONS e os engenheiros envolvidos, que orientaram uma análise técnica do problema, a ser encaminhada para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no prazo de 10 a 15 dias.
Só nos resta agora, colocar velas e fósforos em lugar acessivel e aguardarmos o próximo...Ou não?
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