No dia seguinte à vitória de Roberto Cláudio (PSB), o presidente nacional do PT, Rui Falcão, avaliou o desempenho do partido nessas eleições municipais, além da performance dos partidos aliados.
Durante entrevista coletiva, o petista minimizou as derrotas do PT em capitais como Recife e Fortaleza, onde a sigla de Campos prevaleceu. E voltou a acenar para uma futura aliança com o PSD.
No Ceará, Roberto Cláudio derrotou Elmano de Freitas (PT), resultado semelhante aconteceu em Cuiabá, onde Lúdio Cabral (PT) perdeu para Mauro Mendes (PSB). Segundo ressaltou, o PT perdeu para “um aliado”. “Do ponto de vista do PT, nós fazemos a avaliação maior de que não perdemos para a oposição, perdemos para um aliado”, afirmou o petista, acrescentando que, “antes até do primeiro turno, as eleições municipais fragmentam” a base aliada nacional “porque cada partido quer crescer”.
Ainda segundo o petista, a vitória em São Paulo, com Fernando Haddad, ofuscou derrotas importantes para o partido, como em Diadema, na Grande São Paulo, e em Fortaleza. Na Capital cearense, conforme ele, houve o peso da máquina estadual. “Não considero que houve erros”, afirmou. Ele ainda avaliou como positivo o surgimento de novas lideranças, como os candidatos derrotados em Fortaleza, Elmano de Freitas, e em Campinas (SP), Márcio Pochmann, no qual o discurso da renovação se sobrepôs à tentativa de reeleição.
2014
De olho em 2014, Falcão disse que o partido trabalhará para manter a atual base do governo Dilma em seu palanque e que buscará o apoio do PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. O dirigente destacou, ainda, que o sucesso eleitoral do PT e o enfraquecimento do PSDB, principalmente em regiões como o Vale do Paraíba – onde a sigla quebrou a hegemonia dos tucanos – “pode ter consequências” nas próximas eleições. Segundo destacou, “estamos mais fortes agora”. Todavia, de acordo com ele, o pleito de 2014 só será discutido a partir do ano que vem. “Temos as duas opções: os quadros nunca testados ou os que têm mais recall”, tergiversou.
Falcão disse que, a partir de 2013, o partido montará uma agenda centrada no esforço da aprovação de reformas no País, entre elas: a reforma política e a inclusão do financiamento público de campanha. Sobre a influência do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o petista disse que “a despeito da campanha que foi feita, fomos o partido que obteve o maior número de votos”. Segundo ele, é difícil quantificar a influência do mensalão no eleitorado. “Não dá para medir nas urnas se houve impacto ou não”, respondeu. (O Estado - com informações das agências).
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