Respaldo para minar o PMDB
Julieta Brontée
A vitória conquistada pelos irmãos Ferreira
Gomes, no Ceará, com a candidatura do petista Camilo Santana para suceder Cid,
implicou não apenas na imposição de uma derrota a nível local contra os
principais opositores do grupo hoje comandado pelo governador, representados
pelo PMDB de Eunício, por Roberto Pessoa e pela fração petista liderada pela
ex-prefeita Luizianne Lins, mas também à elevação de Cid Gomes à um dos principais
articuladores de uma frente ampla para minar o poderio do PMDB no Congresso e
na indicação para cargos estratégicos no governo Dilma.
Cid Gomes saiu da reunião com a
presidenta, já autorizado a formar a tal frente ampla de esquerda que deverá
contar com um partido de centro, resultado da fusão de outras siglas e que será
o responsável por aglutinar as forças que, dentro do Congresso Nacional,
garantirão que no segundo governo Dilma, ela não fique refém do "toma lá,
dá cá" no qual se especializou o PMDB, a ponto de se autoproclamar o
partido sem o qual nenhum governante poderá governar.
Dilma não prometeu se livrar do PMDB,
durante a campanha. Essa promessa foi feita pelos candidatos Eduardo Campos e
Marina Silva, do PSB, entretanto, vencidas as eleições, o que se percebe é que
a presidenta não titubeia na busca da libertação do governo das garras do PMDB,
enquanto quem prometera alijá-lo do poder, caso do PSB, com este se alia não
apenas para se opor ao governo Dilma, mas para eleger o peemedebista Eduardo
Cunha para a presidência da Câmara dos Deputados.
CURTO
CIRCUITO
Saida
Alguém em sã
consciência acredita que o todo poderoso da Transpetro, ex-senador Sérgio Machado, retorne ao cargo
depois da licença forçada? Se acredita, pode tirar o cavalinho da chuva, pois o
Palácio do Planalto trata como definitiva a saída do apadrinhado dos poderosos
do PMDB, Renan Calheiros e José Sarney.
A dúvida
Aliás, fico aqui a
matutar: Será que o Sérgio Machado é o novo Paulo Roberto Costa da Transpetro?
Ou estaria mais pra Roberto Jefferson do Renan? Sou do time dos que pensam que
a “licença” do ex-tucano Sérgio Machado não tem volta. Agora, tem aqueles que
entendem que o cearense só cai se o
Renan cair...
Mais uma dúvida:
Outra perguntinha que
não quer calar: Será que se não contasse com o respaldo do seus amigos do PSDB,
o Sergio Machado teria ficado 11 anos na
Transpetro sem ser admoestado pela oposição?
Cai o rei
E ainda vai cair muita
gente. É só aguardar para confirmar. Cai o rei de ouro, cai o rei de paus, cai
o rei de copas, cai o rei de espada, cai não fica nada…cai o rei...
Pista de Dilma
A Presidenta, nas férias, debruçou-se sobre
o último volume da trilogia de vida do ex-presidente Getúlio Vargas, de autoria
do historiador cearense, Lira Neto. A
obra conta a vida do ex-presidente, onde são narrados os acontecimentos que
devolveram o poder a Vargas, de maneira espetacular, pelo voto popular democrático.
Espelho
Certamente, a presidenta reeleita Dilma
Roussef vai subtrair os erros de Getúlio e por em prática os acertos. Tudo
indica que vai, como o velho caudilho, priorizar as massas, sem deixar de
adoçar a boca dos investidores. Em resumo, deverá dar mais proteção ao trabalho
sem esquecer o capital.
Dois pesos...
E o Mensalão Pernambucano, do PSDB e do PSB? Vai pra frente ou os envolvidos vão
continuar todos soltos, lépidos e
fagueiros?
Perguntinha ingênua:
Será que vale pra tudo
e pra todos aquela máxima do “onde há fumaça, há fogo”?
Tem
que aturar
A política brasileira,
com os partidos e os políticos que tem, é uma das mais avacalhadas do o Planeta. A presidente Dilma, que apenas
aguardava o fim do pleito para se “livrar” do senador Renan Calheiros,
presidente do Senado, “pedra no sapato dela”, precisa dele, para evitar que o
PMDB destroce a governabilidade. Dá agüentar?
Alianças
“de araque”
Não dá pra se acreditar
que ainda exista gente tola, ao ponto de brigar por causa de candidatos e de
partidos. No Ceará, PT e o PMDB, há poucos anos se uniam “indissoluvelmente
para livrar o estado da força dos tucanos. Quem caiu nessa, teve que ver os
dois partidos romperem os seus “laços indestrutíveis”. Só não se sabe até quando.
Nó
cego
Podem anotar: o “casamento” PT-PMDB não está
só em crise. Segundo se diz em Brasília, o PMDB, mesmo a metade de suas forças
tendo abandonado a candidatura da presidenta Dilma, vai apresentar conta “salgadíssima”
para apoiar o governo. Fisiologista como só ele sabe ser, de início, vai querer manter os ministérios
das Minas e Energia, e da Previdência e muito mais!
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