quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Reitor da UFC determina retomada de atividade normal do Complexo Hospitalar

Todas as atividades do Complexo Hospitalar da UFC voltarão à normalidade a partir desta quarta-feira (2). A determinação, feita pelo Reitor Henry de Holanda Campos, foi anunciada na tarde desta terça-feira (1º), em entrevista coletiva à imprensa. Na ocasião, o Reitor reforçou que a suspensão das atividades no Complexo "não voltará a acontecer".

Após reunir-se em Brasília com o secretário de Educação Superior do MEC, Prof. Jesualdo Farias, e o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Prof. Newton Lima, o Prof. Henry Campos conseguiu a liberação de recursos que garantem a retomada do funcionamento normal dos hospitais. A quantia é referente à parcela do mês de setembro. 

O montante, da ordem de R$ 6 milhões, garantirá o funcionamento normal do complexo por, pelo menos, dois meses, juntamente a recursos adicionais que a administração da Universidade acrescentará. A equipe de diretores dos hospitais já começou a realizar as compras de insumos para as atividades.

"Faço uma convocação a todos os profissionais de saúde do nosso complexo hospitalar, médicos, professores, residentes, enfermeiros para que a gente retome o trabalho da melhor maneira possível. Esta retomada deve tranquilizar os pacientes e a sociedade. Informamos que tudo volta a ser feito com a mesma excelência e que agora haveremos de ter um acompanhamento mais rigoroso de todos os processos, com otimização dos recursos, por causa desta situação de contingenciamento", destacou o Reitor, reforçando que, desde o início, a Reitoria foi contrária à decisão de reduzir atendimentos e suspender transplantes.

Até fevereiro/2015, deverá ser concluído o processo que envolve a substituição dos profissionais terceirizados do Complexo Hospitalar, que envolve cerca de 700 trabalhadores vinculado à Sociedade de Assistência à Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (Sameac). O impacto destes no Orçamento da UFC é de R$ 1,4 milhão, quantia que, de acordo com Henry, seria "muito preciosa" para o pagamento de insumos dos hospitais.

"Nossa situação se tornou mais complexa porque temos uma determinação judicial de um juiz do trabalho, a quem eu faço um apelo para que ele reveja sua posição, porque nos obriga a manter depositado em juízo o recurso referente à indenização dos empregados da Sameac e, ao mesmo tempo, manter a folha de pagamento. Isso é um fato que pesou bastante e que certamente contribuiu muito para que essa crise acontecesse", disse o Prof. Henry.

O Reitor apontou ainda a necessidade de atualização nos valores de contrato da Universidade com a Prefeitura de Fortaleza, referente à prestação de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com ele, a última vez que esses valores foram atualizados foi há 10 anos. "Todo esse trabalho em saúde não é um trabalho isolado dos hospitais universitários. Temos de fazer referência à parceria que existe com a Prefeitura de Fortaleza e com o Governo do Estado", enfatizou.

SITUAÇÃO DO COMPLEXO – A gerente de Atenção à Saúde do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), Josenília Gomes afirmou que, durante a paralisação de dois dias, as consultas não foram suspensas e nenhum transplante agendado deixou de ser realizado. Houve uma redução na utilização das salas cirúrgicas de oito para cinco, o que, contudo, não prejudicou a realização dos transplantes. Já na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC) as atividades se mantiveram normais, garantiu o chefe da Divisão de Gestão do Cuidado da MEAC, Edson Lucena.

AUDIÊNCIA PÚBLICA – Nesta quarta-feira (2) haverá audiência pública convocada pelo Ministério Público para tratar da situação do Complexo Hospitalar da UFC. Estarão presentes representantes da UFC e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), responsável pela gestão dos hospitais. 

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional

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