Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Aparentemente, tudo. Luiza Erundina, do PSB, que seria vice na chapa de Haddad, do PT, pulou fora. Os dois partidos, que deveriam estar juntos em Belo Horizonte, Fortaleza e Recife, romperam; será que agora, apesar dos sorrisos, é guerra?
Eduardo Campos trabalhou muito nessa direção. O primeiro movimento se deu em São Paulo, quando a direção nacional do PSB interveio no diretório municipal e impôs o apoio à candidatura de Fernando Haddad – a principal liderança local, o deputado federal Marcio França, defendia o apoio a José Serra.
Ato contínuo, o PSB indicou a ex-prefeita Luiza Erundina como vice de Haddad e veio então a famosa foto com Paulo Maluf. A partir daí, tudo desandou. Erundina desistiu de ser vice e o PSB se viu relegado a um papel secundário em São Paulo – perdeu a vice para o PC do B, que indicou Nádia Campeão para o lugar.
Depois disso, PT e PSB romperam em duas capitais importantes: Recife e Belo Horizonte. Na capital pernambucana, tudo começou com a confusão armada pelo próprio PT, que vetou a reeleição de João da Costa. Como não havia mais coesão na Frente Popular, Campos lançou seu secretário Geraldo Júlio como candidato e fechou o apoio até do PMDB de Jarbas Vasconcelos, arquirrival de Lula.
Lula foi a Recife, encontrou-se com o governador pernambucano, mas Campos bateu o pé e manteve a candidatura própria do PSB. Revoltado, o presidente do PT, Rui Falcão, incitou a militância petista a se levantar contra o PSB no Recife. Se isso ainda não aconteceu em Pernambuco, a revolta foi vista em Minas neste sábado, quando os petistas decidiram romper com o atual prefeito, Márcio Lacerda, que é o do PSB.
Não bastasse, após uma aliança de oito anos, PSB e PT romperam também em Fortaleza, onde os socialistas homologaram a candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, Roberto Cláudio. O partido do governador Cid Gomes não concordou com a candidatura de Elmano de Freitas, pelo PT, e entregou todas as secretarias que tinha na prefeitura petista de Luizianne Lins.
Depois de tudo isso, a pergunta que se coloca é: quais serão as repercussões para 2014? PT e PSB estarão juntos? Há muito tempo, lideranças petistas, como José Dirceu, têm demonstrado preocupação com as ambições presidenciais de Eduardo Campos. E se os dois partidos não foram capazes de articular uma aliança no plano municipal, não será simples curar as feridas até 2014." (Portal 247)
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