Em entrevista a jornalistas, realizada neste sábado, a advogada de Gabriele afirmou que não vai recorrer na justiça porque sentença foi 'justa'
Advogada de Gabriele afirmou que ex-mordomo está "pronto para consequências" (AFP)
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Um tribunal do Vaticano condenou neste sábado o ex-mordomo do papa Bento 16 a 18 meses de prisão por roubar documentos secretos, em um dos mais espetaculares julgamentos da história da Santa Sé. Um porta-voz do Vaticano afirmou que o papa "deve" perdoar Paolo Gabriele, o que significaria que ele não cumpriria sua sentença.
O ex-mordomo admitiu ser a fonte de vazamento de documentos secretos, incluindo cartas ao papa que acusavam corrupções nos negócios do Vaticano. "O que sinto mais fortemente dentro de mim é a convicção de que agi exclusivamente por amor, eu diria um amor visceral, pela Igreja de Cristo e seu representante", afirmou o condenado durante a última apelação à corte.
Gabriele é uma um entre dez pessoas que possuíam a chave de um elevador que leva diretamente ao apartamento do papa. Antes do início do julgamento, ele disse a investigadores que vazou os documentos porque viu "o mal e a corrupção em todos os cantos da Igreja" e que informações estavam sendo escondidas do papa.
Sentença justa — A advogada de Paolo Gabriele, Cristiana Arru, disse a jornalistas neste sábado que ela não planeja recorrer do veredito. Em uma entrevista realizada depois da visita ao apartamento da família de Gabriele, ela disse que a sentença era "justa". Fora do Vaticano, Cristina disse que Gabriele estava "sereno" a respeito de seu destino, que ele está recebendo apoio de sua família e que o ex-mordomo estava "pronto para aceitar quaisquer consequências".
(com agência Reuters)
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