sábado, 3 de agosto de 2013

PRETO NO BRANCO, coluna publicada no jornal O ESTADO

                          
XADREZ POLÍTICO
Faltando pouco mais de um ano para as eleições que decidirão o nome que ficará à frente do Palácio do Planalto, o xadrez político já move suas peças, porém com cuidado, pois assim como no jogo, também na política, um erro pode ser fatal. A queda de popularidade da presidenta Dilma, após os protestos que tomaram conta do país durante a Copa das Confederações, tem servido de justificativa para algumas atitudes mais afoitas, como a de partidos dados ao fisiologismo, como o PSB do governador Eduardo Campos e o próprio PMDB que ameaça abandonar o barco da aliança com o PT se não receber mais e mais vantagens.
A questão com o PSB tem mais a ver com o personalismo de seu presidente e dono, o governador Eduardo Campos, que herdou o partido do avó, Miguel Arraes, junto com uma bela mansão no bairro de Dois Irmãos, na capital Pernambucana e sabe bem que após deixar o Palácio do Campo das Princesas estará fadado ao mais profundo ostracismo, se não conseguir emplacar pelo menos uma vice em uma das chapas competitivas de oposição, já que sua pretensão inicial, que era ser vice de Dilma, já foi rechaçada por Lula logo na primeira investida. É que na contabilidade eleitoral, Eduardo não tem nada a agregar, pois até em seu estado natal, apesar dos altos índices de aprovação que ainda mantém, em se tratando de eleição presidencial perde tanto para Lula quanto para sua candidata, Dilma.
Já o PMDB faz o velho e já manjado jogo da barganha fisiológica. Propõe redução de Ministérios que evidentemente não devem incluir os que ocupa, nem muito menos de modo a extinguir os milhares e milhares de cargos que detém na Explanada e nos órgãos federais pelo Brasil a fora. E se o problema é popularidade, como o PMDB pode esconder a situação do governador Sérgio Cabral, que no Rio de Janeiro caiu na mais absoluta desgraça perante a opinião pública, com índices de popularidade inferiores a 10%, enfrentando, inclusive, uma campanha que pede sua imediata renúncia, em face das denúncias de violência policial, envolvimento com empreiteiras, passeios de helicópteros, que possivelmente devem inviabilizar a candidatura de seu vice, um sujeito que atende pela alcunha de Pezão, à sua sucessão!
Sempre bom lembrar que a queda de popularidade não foi um “privilégio” nem de Dilma, nem de Cabral, o próprio Eduardo Campos, tido e havido como o melhor avaliado entre os governadores, teve perda superior a 20% em seus índices de aprovação, sem falar sobre questionamentos sobre o número de entrevistados pela pesquisa, em Pernambuco, pouco mais de 700 questionários e que gerou suspeitas sobre sua credibilidade. A perda de credibilidade tem sido uma constante na classe política e já começa a contaminar não só os Partidos, mas as instituições como um todo.
 
CURTO CIRCUITO

• Censurando
 O PT, que tanto condenou atos de censura dos governos passados, mostra não ser menos censurador. Semana passada, o comando do partido mandou para o lixo 4.000 folders de divulgação da inauguração de um petroleiro. Motivo: o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, citava “choque de gestão” para a Petrobras.

 
• Mulher de palavra 
 A prefeita de Beberibe, Michele Queiroz, prometeu e cumpriu: dia 31 fechou uma escola na Praia da Fontes, que também era creche e foi construída com apoio de grana do cantor e compositor Fagner. O Ceará segue sofrendo com educação zero e maus prefeitos.
 
• É agosto 

 Pra quem acha que esse negócio de agosto-desgosto é verdade, que busque espantar a “mala suerte” com trabalho. Na vida pra chamar sorte e encher o potinho, já com trabalho.
 
UMAS & OUTRAS

• Fumacê liberado
A Câmara de Deputados do Uruguai aprovou, na quarta-feira, 31, à noite o projeto de lei do governo do presidente José Mujica que legaliza o cultivo, distribuição e a venda de maconha. Outros 46 deputados votaram contra a legalização da xinxa.
 

• Grande Francisco
Assim que chegou a Roma depois da visita ao Brasil, o papa Francisco começa a limpar a Igreja no que se refere aos escândalos de corrupção. Nesta semana, o Vaticano anunciou a renúncia de três bispos implicados nessas maracutaias.
 
• Set Sobral 
 Sobral já fez um filme. O Barrãozinho, querido fotógrafo, começou um filme mas não terminou. Ninguém queria morrer no final. Agora, Sobral vai sediar um congresso internacional de cinema com exibições de produtoras do mundo inteiro. E viva o Barrãozinho!!!

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