Pra mim essa polêmica em torno do suposto desentendimento entre o secretário geral do PSB e ex-coordenador da campanha do finado Eduardo Campos, Carlos Siqueira e a candidata Marina Silva e que também levou ao afastamento do tesoureiro da campanha, o vice-presidente financeiro da Petra, Henrique Costa, logo depois de todos os eduardistas terem saído no velório do finado, bradando, de braços erguidos, que não iam "desistir do Brasil", não passa de uma cortina de fumaça. Não faz o menor sentido tanto barulho e exposição pública de uma briga interna dessas logo depois do anúncio de uma pesquisa que coloca a candidata do Partido no segundo turno e até com chances de vitória se não se estivesse querendo encobrir algo maior. Tanto a Folha de São Paulo, quanto o Estadão denunciam que o jatinho que vitimou Campos e seus assessores estava envolto em operações fraudulentas que já são investigadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, no Estado de São Paulo. O Cessna, segundo a Folha, o Estadão e o Tijolaço, teria sido adquirido de uma empresa em liquidação judicial, por empresários pernambucanos metidos em processos criminais, que incluem deste sonegação até homicídio e com a intermediação do presidente da Copergas, Aldo Guedes, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do governo Campos, para ser utilizado na campanha do PSB. Marina Silva, assim como Eduardo Campos, fez uso do tal jatinho, em campanha. É no mínimo questionável, que candidatos a presidência da República façam uso de um avião adquirido em circunstâncias tão nebulosas. Fôssemos um país sério, o PSB retiraria suas candidaturas diante de tal escândalo, mas faz diferente, cria um factóide, uma briga de "comadres", que estranhamente (ou nem tanto), é alimentado por certa mídia, para desviar o foco de algo que deveria estar sendo o centro do debate e a verdadeira manchete. É claro que Marina e seu staff, assim como o próprio PSB, o PT e o PSDB, têm a plena noção da gravidade dos fatos que estão sendo revelados pelos jornais paulistas e que certamente já são dominados pela Polícia Federal e é por tal razão que os que estavam à frente da campanha quando o tal do jato se incorporou a esta não podem em hipótese nenhuma continuar nela, pois se Marina ainda não está sendo cobrada pelas viagens que fez na aeronave suspeita, certamente, tão logo esse novelo seja completamente desenrolado, sê-lo-á.
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
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