Justiça
indefere pedido de Luizianne Lins; aliados da petista também reclamam de
perseguição
Em decisão proferida pelo juiz Carlos Henrique de Oliveira,
coordenador da propaganda do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), foi
indeferida a representação protocolada pela ex-prefeita Luizianne Lins (PT) que
visava à veiculação de seu programa no horário eleitoral no rádio e na
televisão. A petista, que disputa vaga de deputada federal e resiste a apoiar a
candidatura de Camilo Santana (PT) ao Governo e Mauro Filho (Pros) ao Senado,
não teve seu programa exibido na última terça-feira.
Segundo informou a assessoria do Tribunal, a decisão
argumenta que existe falta de fundamentação, haja vista que a legislação não
prevê o que foi questionado. A decisão será publicada hoje, a partir das 16
horas, no Diário da Justiça.
Luizianne, porém, promete recorrer da decisão. A petista
resiste em apoiar a candidatura de Camilo Santana (PT) ao Governo e Mauro Filho
(Pros) ao Senado, o que, segundo ela, motiva a “censura” ao seu programa
eleitoral. A candidata, por sua vez, acusou o governador Cid Gomes (Pros) de
conduzir processo “ditatorial”. A coligação, no entanto, nega que Cid tenha
interferido no assunto. Assim com a ex-prefeita, o deputado federal Eudes
Xavier – candidato à reeleição – também não teve seu programa veiculado e
recorreu à Justiça.
NOVAS RECLAMAÇÕES
Depois de Luizianne e Eudes Xavier, aliados da petista
também reclamaram na Justiça Eleitoral o que classificam de tratamento desigual
por parte da coligação encabeçada pelo petista Camilo Santana ao governo do
Ceará. Antônio Carlos e Elmano de Freitas, candidatos a deputado estadual pelo
PT, também não tiveram seus programas exibidos no horário eleitoral gratuito,
ontem.
Os petistas alegam que os materiais foram produzidos
conforme as regras determinadas pela legislação, inclusive com exibição da
logomarca do candidato majoritário da coligação, Camilo Santana, e, sendo
assim, a não exibição dos programas fere o princípio da igualdade entre os
candidatos.
24 HORAS
Segundo o presidente estadual do PT, De Assis Diniz (PT), o
assunto esta sendo discutido e, nas próximas 24 horas, “estará tudo
solucionado”. Sem polemizar o fato, o dirigente afirmou apenas que tanto a
coligação quanto a direção estadual do partido estão “desatando o nó” e,
portanto, não haverá interferência da cúpula nacional, por se tratar de uma
temática estadual.
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