'ANDRÉ' CITADO EM E-MAIL ERA MESMO O ESTEVES, DO BTG PACTUAL
'E-MAIL SONDAS' DA ODEBRECHT CITAVA BANQUEIRO, COMO ANTECIPAMOS
MARCELO ODEBRECHT, PRESIDENTE DA EMPREITEIRA E O BANQUEIRO ANDRÉ ESTEVES. (FOTOS: AE)
Um documento manuscrito, redigido por Marcelo Odebrecht, presidente da
empreiteira, dentro da prisão em Curitiba, apreendido pela Polícia Federal,
menciona o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual e principal acionista da
empresa Sete Brasil, dona das famosas “sondas” arrendadas pela Petrobras. As
sondas, também mecionadas no bilhete, são o alvo da mensagem de Odebrecht, que
pediu para “destruir email sondas”.
No ultimo dia 21, a
Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder, publicou exclusivamente que
um e-mail do empreiteiro Marcelo Odebrecht mencionava um certo “André” e também
fazia referência a um sobrepreço de US$ 25 mil por dia em um contrato de
operação de sondas de exploração.
O e-mail suspeito é de Roberto Prisco Ramos para Marcelo Odebrecht,
Fernando Barbosa, Marcio Faria e Roberto Araújo, vários deles presos. O e-mail
tem o tom de relatório: “Falei com o André em um sobrepreço no contrato de
operação da ordem de $20-25000/dia (por sonda)”. Em outro trecho, o e-mail
sugere “envolver” a UTC e OAS, para que não se tornem concorrentes em
“afretamento e operação de sondas”.
No bilhete apreendido pela Polícia Federal, divulgado nesta quarta-feira
(24), Marcelo Odebrecht pede para “destruir” o e-mail. Veja abaixo a íntegra do
e-mail. Ao lado, o bilhete manuscrito por Odebrecht.
“De: ROBERTO PRISCO P RAMOS
Para: Marcelo Bahia Odebrecht; Fernando Barbosa; Marcio Faria da Silva;
Rogerio Araujo
Enviada em: Mon Mar 21 19:01:54 2011
Assunto: RES: RES: sondas
Falei com o André em um sobre-preço no contrato de operação da ordem de
$20-25000/dia (por sonda).
Acho que temos que pensar bem em como envolver a UTC e OAS, para que
eles não venham a se tornar futuros concorrentes na área de afretamento e
operação de sondas.
Já temos muitos brasileiros “aventureiros” neste assunto (Schahim,
Etesco…).
Internamente, eu posso transferir resultado da OOG para a CNO, mas não
posso fazê-lo para as outras duas; isto teria que ir dentro do mecanismo de
distribuição de resultados dentro do consórcio.Meu ponto é que ele não pode ser
proporcional as participações atuais, porque, sem a OOG, a equação não fecha e
quem trás a OOG é a CNO.
Em tempo: falei ao André, respondendo a pergunta dele, que o
desenvolvimento do Operador tem que ser desde o inicio, para participar da
escolha dos componentes, acompanhar a construção das Unidades, definir níveis
de spare parts e, principalmente, preparar os testes e comissionamento. Ele
pareceu entender.”
(Diário do Poder)
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