Aviação. Qual a importância de um HUB para Fortaleza
Fortaleza disputa, com Natal e Recife, um hub da TAM. O vencedor irá atrair empresas e turistas, gerar empregos, movimentar sua economia e ampliar a infraestruturaO que as cidades Brasília, Lisboa e Atlanta (Estados Unidos) têm em comum? Elas possuem plataforma de distribuição de voos em seus aeroportos, conhecido como hub. Essa é a expectativa vivida por Fortaleza na disputa para a implantação do novo centro da TAM. A Capital disputa com Recife e Natal a preferência da empresa. O vencedor ganhará atratividade para novas empresas, geração de empregos, fluxo turístico e visibilidade. A decisão sairá no final do ano.
Com a implantação do hub o número de pousos e decolagens deve subir entre 20% e 25 - com os 14 voos internacionais diários e outros 18 nacionais. Para os passageiros, isso significa mais opções de voos diretos e preços possivelmente menores. Além disso, a tendência, segundo Carlos Grotta, especialista em transporte aéreo e logística aeroportuária do Centro Paula Souza, em Guarulhos (SP), é que empresas de manutenção de aeronaves e de armazenagem de cargas sejam atraídas pelo hub.
Mais companhias, maior a necessidade de pessoal. A TAM espera 10 mil novos empregos em toda a cadeia. Ou seja, a oportunidade é para quem trabalha no setor aéreo, mas também nas áreas impactadas -que vão desde serviço de táxi a fornecimento de alimentação. Além de postos de trabalho, isso representa oportunidade de empreender. “A plataforma demanda pessoal técnico (engenheiros e mecânicos) para o suporte das aeronaves, aumento do atendimento e recepção de passageiros e gente que atua no controle de rampa”, declara Grotta. Parte desses profissionais precisará ser formada, permitindo ingresso de gente nova no setor.
O aumento do número de passageiros e aeronaves demandaria também uma nova infraestrutura. A região escolhida teria de otimizar os serviços para quem chega, como táxis, restaurantes e hotéis. Com a capilaridade do sistema, a atratividade turística da região é expandida.
Turismo e bilhetes
Imagine um passageiro vindo do Chile que desembarca em Fortaleza para uma conexão de 11 horas. Qual a vantagem de permanecer no aeroporto se ele pode aproveitar o tempo para conhecer a cidade? “Ele achará interessante, por exemplo, ficar até por dois ou mais dias na cidade. O passageiro tem de ser sentir atraído pro isso”.
Turismo e bilhetes
Imagine um passageiro vindo do Chile que desembarca em Fortaleza para uma conexão de 11 horas. Qual a vantagem de permanecer no aeroporto se ele pode aproveitar o tempo para conhecer a cidade? “Ele achará interessante, por exemplo, ficar até por dois ou mais dias na cidade. O passageiro tem de ser sentir atraído pro isso”.
De acordo com Flávio Castro, gerente de operações da Ibis, da rede internacional Accor Hotels, o hub aumentaria substancialmente a taxa de ocupação dos hotéis da região. “O público do hub geralmente vem para pegar um um voo internacional ou fazer uma conexão prolongada. Nossas experiências são positivas e as taxas de ocupação são interessantes”. A Accor possui “hotéis de aeroporto” em São Paulo, próximo aos terminais aeroportuários de Garulhos e Congonhas, além de Salvador e Curitiba.
Para o atendimento, o Base Concept Hotel, localizado próximo ao Aeroporto de Brasília, dispõe de programa de pacotes para esse tipo de hóspede. Existem modalidades que contemplam 6, 8 ou 10 horas. “Um turista de hub possui roteiro mais centralizado. Ele agenda a rota e o hotel oferece o traslado”, ressalta Alisson Chaves, gerente do hotel.
Outra vantagem seria na compra de passagens. É o que aponta o que aponta Mauro Roberto Schlüter, professor de Logística da Universidade Mackenzie (SP). “A transição mais rápida do passageiro implica na redução de custos. O hub pode significar passagens mais baratas”. O gasto operacional com a manutenção de uma aeronave em solo, por hora, varia de U$$ 4,5 mil a US$ 7 mil.
(O POVO Online)
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