Cunha é colheita do PT
Julieta Brontée
Quando o ex-Ministro Ciro Gomes
afirmou, em conversa com estudantes de uma Universidade que a presidenta Dilma
era vítima de uma caterva de cerca de 300 achacadores aboletados no Congresso
Nacional, ele sabia muito bem o que falava e se referia justamente aos
comandados pelo presidente da Câmara dos Deputados, o peemedebista Eduardo
Cunha, que mesmo antes de assumir a presidência da Câmara Baixa do País, que
com o perdão do trocadilho, jamais chegaram a níveis tão baixos assim, já se
utilizava da manjada prática de criar dificuldades pra depois vender
facilidades ao negociar com o governo os interesses que representa dentro do
Parlamento.
O governo Dilma e, principalmente, o
PT, colhem o que plantaram ao deixar um indivíduo como Eduardo Cunha ter
chegado onde chegou. Eduardo Cunha não surgiu agora, nem surgiu do nada e é
fruto podre da árvore carcomida da política de alianças e do poder a qualquer
preço que o PT escolheu para governar. Sim, porque é onde a ética não tem valor
nenhum e a prova é que Eduardo Cunha sempre figurou entre os poderosos da
República. Isso, embora o grande público só tenha ouvido falar nele
recentemente, quando colocou a cabeça para fora dos esgotos onde sempre habitou
e de onde sempre indicou os nomes que deveriam dirigir órgãos e estatais de
orçamentos milionários, como, por exemplo, na própria Petrobrás.
É bom que se diga que Cunha não foi
cria do PT, o que agrava a culpa dos petistas, pois sequer podem alegar
desconhecimento quando lhe deram tanto poder. Eduardo Cunha, quando o PT estava
na oposição, era acusado de, na qualidade de presidente da Cehab, do Rio de
Janeiro, durante o governo Garotinho, favorecer empreiteiras em licitações
consideradas irregulares pelo TCE daquele Estado, de modo que não há como
ninguém alegar surpresa com seu modo de agir atual. Não há como colher flores
se o que se plantou foram ervas daninhas e Cunha é a colheita do que o PT
plantou e semeou durante seus 12 anos no poder.
CURTO CIRCUITO
Profissão
*** O movimento Anistia Internacional preocupa
– e muito – as chamadas “garotas de programa”, que ganham a vida cobrando – e
muitas vezes caro – por sexo. É que a instituição está sugerindo aos países que
ainda não tornaram oficial a profissão de prostituta. E com a vantagem de que,
ao contrario das “programistas” elas terão direitos trabalhistas.
A fala do Zé Abreu!
**** No seu programa na TV, o PT atraiu para
apresentador o ator global José Abreu, amicíssimo dos petistas. Tudo bem. Era
seu direito aceitar. Só que, do seu “script”, constava esta “joia” que é a cara
do petismo: “Não é melhor a gente não acertar em cheio tentando fazer o bem do
que errar feio fazendo o mal”. A
inspiração deve ter vindo do presidiário Zé Dirceu.
Exigência
**** Vem por aí, com quase certeza, mais uma
greve bancária em nível nacional. Como sempre, o problema é salarial e de
condições de trabalho. O comando do Sindicato dos Bancários do CE diz que “tudo
será feito para que a categoria não pare”. O “nó cego”, no caso, é que os
profissionais do setor advertem que não abrirão um centavo do reajuste de 16%.
Não
abrem mão
**** Outra categoria pouco disposta a abrir mão
das suas exigências em termos de reajuste salarial, é o pessoal da Justiça
Federal. E com razão. O país inteiro sabe que é da Justiça Federal que se espera
a condenação dos saqueadores da Petrobras e de outros setores. Para eles, não
será pelos 56% exigidos que “o caixa do país vai quebrar”, como se queixa a
equipe econômica.
Negócio de risco
***** É como se a presidenta Dilma estivesse
afundando numa areia movediça, e pedindo o apoio de quem ela não confia. É como
deputados aliados do presidente da Câmara Eduardo Cunha classificam o ato da
presidenta de se apegar ao “ficha suja” Renan, presidente do Senado. Ou seja,
ele tanto pode salvá-la, como largar a sua mão se não for atendido em seus
pedidos.
Moralização
**** Lideranças sérias, principalmente dos
bairros mais modestos de Fortaleza advertem: é preciso moralizar e despolitizar
as eleições para a escolha de membros do Conselho Tutelar Municipal. É de lá
que saem muitos vereadores mala preparados, e onde essas eleições são
transformadas em “currais eleitorais”, onde corre muito dinheiro de origem
duvidosa.
Consagração
**** O mundo está de olho no Brasil, a quem
muitos países querem seguir. Mas não se
trata de imitar o nosso futebol e a nossa política, mas sim, o instituto da
delação premiada, hoje usado em alguns países, mas que deverá ser
universalizado, graças ao êxito da sua aplicação pelo MPF e a PF no caso do “Petrolão”, que
tantos “graúdos” ela tem engaiolado.
Imitação
**** Ubajara, na Ibiapaba, poderá ser um dos
primeiros municípios a seguir o exemplo daquele outro lá do Sul, onde os
vereadores terão que reduzir seus próprios vencimentos. Para dar o bom exemplo,
o prefeito Zé Romano, empresário bem sucedido, vai reduzir os próprios ganhos
apela metade, esperando que os vereadores façam o mesmo. Vai esperar
sentado!...
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