DELCIDIO AMARAL É PRESO PELA LAVA-JATO POR ORDEM DO STF
LEIA O QUE JÁ PUBLICAMOS SOBRE O ENVOLVIMENTO DO SENADOR COM ESQUEMAS DE CORRUPÇÃO
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Blog de Noelia Brito
URGENTE
O Supremo Tribunal Federal determinou a prisão do senador Delcídio Amaral, do PT, pela Força-Tarefa da Operação Lava-Jato, bem como a realização de buscas e apreensões em seu gabinete no Senado da República.
Delcídio Amaral, que tem forte influência na estatal brasileira de Petróleo desde o governo FHC, foi funcionário da Shell e já comandou a área de Petróleo e Gás da Petrobras, sendo considerado um dos principais envolvidos na compra danosa da Refinaria de Pasadena.
SAIBA MAIS:
Delcidio Amaral, presente em todos os governos
desde Collor, o ex-empregado da Shell, na Holanda, era homem de confiança de PC
Farias.
Delcidio do Amaral Gomez, O homem de “Todos os Governos”
·
Notícias
13/04/2013
Nascido em Corumbá (MS), Delcídio do
Amaral Gomez, ainda criança, mudou-se com os pais para São Paulo, onde
graduou-se em engenharia elétrica em 1981.
Por dois anos, trabalhou na Europa,
como diretor da Shell, na Holanda. De volta ao Brasil em 1991, assumiu a
Eletrosul e, em seguida, a Secretaria Executiva do Ministério de Minas e
Energia. Foi também presidente do Conselho de Administração da Companhia Vale
do Rio Doce, hoje Vale.
Em 1994, no governo Itamar Franco,
foi intitulado ministro de Minas e Energia. Depois assumiu a diretoria de Gás e
Energia da Petrobrás. Com competência e pulso firme, conduziu as medidas contra
os apagões de 2000 e 2001.
Decidido a seguir o destino de ajudar
sua terra-natal, o Mato Grosso do Sul, Delcídio aceitou o cargo de Secretário
de Estado de Infra-Estrutura e Habitação no governo de Zeca do PT, em 2001.
Em 2002, Delcídio é indicado
candidato ao Senado e é eleito com cerca de 500 mil votos.
No primeiro mandato, Delcídio foi um
dos senadores mais atuantes da história de Mato Grosso do Sul. Levou para o
Estado, recursos que beneficiaram todos os 78 municípios nas áreas de saúde,
educação, energia, abastecimento, além de obras de saneamento básico, estradas
e vários projetos sociais como o “Luz para Todos”.
Nesse período, Delcídio visitou, mais
de uma vez, cada um dos municípios, para tomar conhecimento de suas
necessidades e também para fiscalizar o uso das verbas públicas obtidas por ele
em Brasília.
No Congresso, por seis anos
consecutivos, Delcídio foi escolhido por jornalistas e cientistas políticos
como um dos 100 parlamentares mais influentes.
Participou de importantes comissões
temáticas. Foi presidente da CPMI dos Correios, presidente da Subcomissão
Temporária de Regulamentação dos Marcos Regulatórios e Relator Geral da
Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional (2009).
Em 2010, reelegeu-se Senador da
República para o período de 2011 a 2018, com quase 70% dos votos válidos.
Atualmente é presidente da Comissão de Assuntos Econômicos e membro efetivo das
comissões de Serviços de Infraestrutura, Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e
Fiscalização e Controle; e Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e
Informática.
Seria uma bela história, entretanto…
Usina Tucuruí
Delcidio do Amaral Gomez “O Homem de
Todos os Governos”
Afinal, o que Delcídio Amaral tem a
ver com PC Faria, Daniel Dantas, Walfrido dos Mares Guia, Jose Dirceu, Palloci
e outros envolvidos nos escândalos de corrupção ocorridos nas últimas décadas
no Brasil? Diante do encontrado pelos jornalistas contratados, podemos afirmar
que Delcídio Amaral foi um dos introdutores deste esquema no Brasil, mesmo
antes do governo Collor a serviço de PC Faria. Delcídio comandou o escandaloso
esquema de corrupção da Construtora Camargo Corrêa na condição de engenheiro
encarregado da supervisão da construção e montagem da Usina de Tucuruí, no
governo Figueiredo.
Recém chegado do exterior, após viver
dois anos na Europa, trabalhando para a Shell, Delcído Amaral foi indicado por
PC Farias diretor da Eletrosul em 1991, responsável pelo planejamento
energético da região sul. Em março de 1994, já no governo Itamar Franco, ocupou
a Secretaria Executiva do Ministério das Minas e Energia, onde permaneceu até
setembro. No final do mesmo governo, patrocinado pelas Cias petrolíferas e
mineradoras multinacionais, foi nomeado ministro de Minas e Energia e
presidente do Conselho de Administração da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD),
de setembro de 1994 a janeiro de 1995. Mesmo período em que FHC foi ministro da
Fazenda. No governo de FHC, foi diretor de Petróleo e Gás da Petrobrás durante
o “Escândalo do Apagão”, a crise de energia de 2000/2001.
quinta-feira, 20 de março de 2014
Senador
Delcídio Amaral, atolado até o pescoço do escândalo da compra da refinaria
americana pela Petrobras, tenta comprometer Dilma na negociata
"Um terceiro diretor, hoje político, também sustenta a disponibilidade de informações a quem está no conselho. "Acho pouco provável que algum processo chegue ao conselho (de administração da Petrobrás) sem estar devidamente instruído para liberação dos diretores e conselheiros", afirmou o senador Delcídio Amaral (PT-MS), que comandou a área de Gás e Energia da Petrobrás e é apontado como um dos padrinhos de Nestor Cerveró na estatal. Cerveró comandava a Área Internacional da Petrobrás em 2006 e foi responsável pelo "resumo técnico" enviado ao conselho naquele ano para que a compra da refinaria de Pasadena fosse aprovada ou não."
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,chefia-de-conselho-da-petrobras-dava-a-dilma-acesso-total-a-dados-de-refinaria,1142851,0.htm
"Um terceiro diretor, hoje político, também sustenta a disponibilidade de informações a quem está no conselho. "Acho pouco provável que algum processo chegue ao conselho (de administração da Petrobrás) sem estar devidamente instruído para liberação dos diretores e conselheiros", afirmou o senador Delcídio Amaral (PT-MS), que comandou a área de Gás e Energia da Petrobrás e é apontado como um dos padrinhos de Nestor Cerveró na estatal. Cerveró comandava a Área Internacional da Petrobrás em 2006 e foi responsável pelo "resumo técnico" enviado ao conselho naquele ano para que a compra da refinaria de Pasadena fosse aprovada ou não."
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,chefia-de-conselho-da-petrobras-dava-a-dilma-acesso-total-a-dados-de-refinaria,1142851,0.htm
"A primeira a levantar dúvidas sobre a transação foi a presidente Dilma Rousseff, em 2008, quando era ministra da Casa Civil e comandava o conselho da Petrobras. A estatal e sua sócia belga divergiam sobre a condução da refinaria, e a Petrobras propôs comprar os 50% restantes. Por quanto? Setecentos milhões de dólares, quase o dobro do que a Astra pagara apenas dois anos antes. Havia até relatórios de consultorias avalizando as cifras. Mas a operação foi rechaçada pelo conselho. "Dilma atacou a proposta e criticou duramente Sergio Gabrielli (então presidente da estatal) diante de todos. Foi constrangedor", lembra um ex-diretor. Para esquivar-se dos ataques, Gabrielli fez circular a versão de que o acordo havia sido negociado pelo homem à frente da área internacional, Nestor Cerveró, sem o conhecimento de mais ninguém da cúpula, nem dele próprio. Nos corredores da estatal, ouvia-se falar de uma certa "carta do Cerveró", documento em que o diretor "entregava o ouro aos belgas". VEJA leu a carta. Ela se junta aos demais documentos que indicam que a diretoria comandada por Gabrielli agiu em benefício dos belgas e contra os interesses da estatal brasileira."
quinta-feira, 20 de março de 2014
Senador
Delcídio Amaral, ex-diretor da Petrobras nas gestões do PSDB e do PT, acusado
de ser lobista de empresas de petróleo e gás americanas, indicou diretor
responsável pela compra da Refinaria de Pasadena
O Jornal do Commercio, em sua edição de hoje, revela que o senador Delcídio Amaral, do PT do Mato Grosso, foi o responsável pela indicação do ex-diretor da Área Internacional da Petrobrás, Nestor Ceveró, responsável pela aquisição da Refinaria de Pasadena que teria causado um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão à estatal.
Matéria publicada em 11/02/2014, traz informações sobre várias denúncias contra Delcídio Amaral, desde 1999, quando este assumiu, ainda na gestão FHC, quando Delcínio era filiado ao PSDB de corrupção e tráfico de influência que pesariam contra o senador em negócios altamente prejudiciais à Petrobras:
"Os recursos usados na campanha teriam origem ilícita e teriam
saído do caixa da Alstom, segundo a Procuradoria.
De acordo com a ação sugerida, "a Petrobras foi lesada em pelo
menos cerca de 22 milhões de dólares no que diz respeito à compra de uma
turbina GT24, de fabricação da AB-alson, firma francesa. Parte do dinheiro
originário dessas transações suspeitas veio, através do candidato Delcídio,
para a campanha eleitoral, financiando as despesas para o Senado Federal do
referido candidato e de outros candidatos do mesmo partido [o PT]".
Delcídio foi diretor de energia e de gás da Petrobras de 1999 a 2001.
Era essa diretoria que tocava o negócio da TermoRio pelo fato de a
termoelétrica ser movida a gás natural. O contrato da TermoRio com a Alstom foi
assinado em 2001. A termoelétrica, localizada em Duque de Caxias (RJ), ficou
pronta cinco anos depois.
O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul investigou a
acusação da Procuradoria de que Delcídio teria recebido propina da Alstom, mas
a apuração foi arquivada por falta de provas.
Não é a primeira vez que o nome do senador é envolvido em escândalo na
Petrobrás
29 páginas de um processo da Justiça Estadual do Rio de Janeiro,
envolvendo Delcídio em uma grande operação da Petrobrás, quando o
senador ainda era do PSDB e dirigia a área de Petróleo e Gás da estatal,
durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
Um detalhe importante é que o processo que estava no Rio teve origem em
Campo Grande, a partir de outro dossiê, enviado diretamente ao Ministério
Público Federal.
Em 26 de setembro de 2005, a denúncia gerou o processo n
1.21.000.001059/2005-52.
O processo se destinava a “averiguar denúncias encaminhadas a esta
Procuradoria da República, com o título “Delcídio Amaral – Dossiê”, onde o
denunciante, anônimo, relata diversas irregularidades praticadas pelo Sr.
Delcídio do Amaral (…), segundo o MPF.
O relatório constante do dossiê denunciava o senador de ser “lobista” da
multinacional norte-americana “El Paso”, em uma grande operação relativa à
construção do gasoduto Bolívia/Brasil e à instalação de duas termelétricas
movidas a gás, de propriedade de multinacionais dos EUA. Num dos trechos
principais das nove páginas do dossiê, constava, transcrição literal, que “o
senador Delcídio do Amaral trabalhava (e ainda trabalha) para a Multinacional
El Paso em 1996, quando a Petrobras foi parcialmente privatizada, em que 49%
passaram para as mãos das multinacionais que controlam o gás boliviano, entre
elas a El Paso”.
Afirmava ainda, que “a partir da privatização, Delcídio foi nomeado
Presidente da área de Gás e Energia da Petrobras, e articulou contratos de
compra do gás boliviano e a construção do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol). Com
estes contratos, a Petrobras se obrigou a construir o Gasbol, pagar 30 milhões
de metros cúbicos de gás/dia, mesmo que não use, e pagar pelo gás o preço
estipulado pelo vendedor que, em média, tem tido o valor de vezes o praticado
no mercado”.
Era diretor de Gás
e Energia da Petrobrás durante o Escândalo do apagão, a crise de energia de
2000/2001."
Leiam a íntegra da matéria:
Leiam a íntegra da matéria:
Escândalo Alstom acerta em "cheio" em
Delcídio do Amaral (PT)
Fabiano Portilho
O Escândalo do caso Alstom consiste numa série de denúncias de pagamento
de propina feitos pela empresa francesa Alstom a vários políticos do estado de
São Paulo e do Brasil, que vêm sendo feitas por órgãos de imprensa da mídia
internacional, tais como o Wall Street Journal e o Der Spiegel, e que foram, em
parte, repercutidos no Brasil, principalmente pelos jornais O Estado de S.
Paulo e Folha de S. Paulo.
Notadamente a Alstom desembolsou US$ 6,8 milhões em propinas para
conseguir obter um contrato de 45 milhões de dólares na expansão do metrô de
São Paulo.
De acordo com o que consta de documentos enviados ao Ministério da
Justiça do Brasil pelo Ministério Público da Suíça, no período de 1998 a 2001
pelo menos 34 milhões de francos franceses teriam sido pagos em propinas a
autoridades governamentais do Governo do Estado de São Paulo e a políticos
paulistas e brasileiros, utilizando-se empresas offshore.
Empresas offshores são empresas criadas em paraísos fiscais, onde gozam
de proteção por regras de sigilo que dificultam investigações. Os pagamentos
teriam sido feitos utilizando-se o esquema de contratos de 'consultoria de
fachada'. O valor das "comissões" pagas pela Alstom em troca da
assinatura de contratos pelo Governo do Estado de São Paulo chegaria a
aproximadamente R$ 13,5 milhões. Segundo o Ministério Público da Suíça, pelo
cruzamento de informações, esses trabalhos de "consultoria" foram
considerados como sendo trabalhos fictícios.
Contratos da Alstom com o governo Alckmin foram julgados irregulares
pelo TCE
O TCE (Tribunal de Contas do Estado) julgou irregular uma compra de 12
trens da Alstom, no valor de R$ 223,5 milhões, feita sem licitação pela CPTM
(Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), empresa do governo de São Paulo.
O contrato foi assinado em 28 de dezembro de 2005, no governo de Geraldo
Alckmin (PSDB).
Suborno de 200 milhões de dólares, na Usina Hidrelétrica de Itá
Segundo o Der Spiegel, a Alstom está sendo acusada pelo governo Suíço de
ter pago em 1998, através da Compañía de Asesores de Energia, uma empresa
panamenha, propinas no valor de 200 milhões de dólares 15 integrantes do
governo brasileiro para obter a concessão da Usina Hidrelétrica de Itá no
Brasil num contrato de 1,4 bilhões de dólares. Esse é mais um dos desdobramentos
do episódio que ficou conhecido como o 'Escândalo do caso Alstom'.Investigações
em andamento estão sendo feitas por autoridades brasileiras e examinam 139
contratos assinados entre a Alstom e o Governo do Estado de São Paulo nos
últimos anos, num valor total de 4,6 bilhões de dólares.
Suborno no caso Alstom é o dobro, revela Justiça suíça
Documentos já auditados na Suíça, pela empresa de auditoria KPMG Fides
Peat, mostram que ultrapassa a US$ 31 milhões o montante destinado pela Alstom
a contas offshore, localizadas em paraísos fiscais e que foram usadas para
pagar suborno a políticos em quatro países, dos quais a maior parte foi
destinada ao governo de São Paulo, na gestão Geraldo Alckmin, para obtenção de
contratos com estatais. A multinacional também enviou parte desses dólares para
Cingapura, Indonésia e Venezuela
Um memorando da Cegelec - empresa comprada pela Alstom -, datado de 21
de outubro de 1997, menciona um certo "Claudio Mendes" como sendo
"um intermediário do governo de São Paulo", em relação a um pagamento
de a R$ 8,25 milhões em propina para a obtenção de um contrato no valor de R$
110 milhões com a Eletropaulo. O Ministério Público ouviu o sociólogo Claudio
Luiz Petrechen Mendes, que atua na área de energia, como suspeito de ser o
"Claudio Mendes", intermediário que aparece nas investigações.
Aonde entra o senador Delcídio do Amaral...
No mesmo ano em que ocorreu a apreensão dos depósitos feitos pela Alstom
suíça, em 2002, a Procuradoria da República no Distrito Federal propôs uma ação
por abuso de poder econômico contra o então candidato a senador Delcídio Amaral
(PT-MS).
Os recursos usados na campanha teriam origem ilícita e teriam saído do
caixa da Alstom, segundo a Procuradoria.
De acordo com a ação sugerida, "a Petrobras foi lesada em pelo
menos cerca de 22 milhões de dólares no que diz respeito à compra de uma
turbina GT24, de fabricação da AB-alson, firma francesa. Parte do dinheiro
originário dessas transações suspeitas veio, através do candidato Delcídio,
para a campanha eleitoral, financiando as despesas para o Senado Federal do
referido candidato e de outros candidatos do mesmo partido [o PT]".
Delcídio foi diretor de energia e de gás da Petrobras de 1999 a 2001.
Era essa diretoria que tocava o negócio da TermoRio pelo fato de a
termoelétrica ser movida a gás natural. O contrato da TermoRio com a Alstom foi
assinado em 2001. A termoelétrica, localizada em Duque de Caxias (RJ), ficou
pronta cinco anos depois.
O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul investigou a
acusação da Procuradoria de que Delcídio teria recebido propina da Alstom, mas
a apuração foi arquivada por falta de provas.
Não é a primeira vez que o nome do senador é envolvido em escândalo na
Petrobrás
29 páginas de um processo da Justiça Estadual do Rio de Janeiro,
envolvendo Delcídio em uma grande operação da Petrobrás, quando o
senador ainda era do PSDB e dirigia a área de Petróleo e Gás da estatal,
durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
Um detalhe importante é que o processo que estava no Rio teve origem em
Campo Grande, a partir de outro dossiê, enviado diretamente ao Ministério
Público Federal.
Em 26 de setembro de 2005, a denúncia gerou o processo n
1.21.000.001059/2005-52.
O processo se destinava a “averiguar denúncias encaminhadas a esta
Procuradoria da República, com o título “Delcídio Amaral – Dossiê”, onde o
denunciante, anônimo, relata diversas irregularidades praticadas pelo Sr.
Delcídio do Amaral (…), segundo o MPF.
O relatório constante do dossiê denunciava o senador de ser “lobista” da
multinacional norte-americana “El Paso”, em uma grande operação relativa à
construção do gasoduto Bolívia/Brasil e à instalação de duas termelétricas
movidas a gás, de propriedade de multinacionais dos EUA. Num dos trechos
principais das nove páginas do dossiê, constava, transcrição literal, que “o
senador Delcídio do Amaral trabalhava (e ainda trabalha) para a Multinacional
El Paso em 1996, quando a Petrobras foi parcialmente privatizada, em que 49%
passaram para as mãos das multinacionais que controlam o gás boliviano, entre
elas a El Paso”.
Afirmava ainda, que “a partir da privatização, Delcídio foi nomeado
Presidente da área de Gás e Energia da Petrobras, e articulou contratos de
compra do gás boliviano e a construção do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol). Com
estes contratos, a Petrobras se obrigou a construir o Gasbol, pagar 30 milhões
de metros cúbicos de gás/dia, mesmo que não use, e pagar pelo gás o preço
estipulado pelo vendedor que, em média, tem tido o valor de vezes o praticado
no mercado”.
Era diretor de Gás e Energia da Petrobrás durante o Escândalo do apagão,
a crise de energia de 2000/2001.
Foto: O estadão
Prejuízos a Petrobrás de 80 Milhões
Notícia da Folha de São Paulo, do dia 30 de setembro de 2011, com o
título “Após 10 anos e R$ 160 mi, SP desiste de plano de limpeza do rio
Pinheiros” informou que o governo paulista decidiu abandonar, definitivamente,
o uso do método de “flotação” para limpar as águas poluídas do rio Pinheiros.
A “flotação”, implementada a partir de dezembro de 2001, consistia na
aplicação de produtos químicos em determinados pontos do rio Pinheiros. O
método agregaria o material poluente, facilitando a sua remoção posterior, com
infiltração de ar.
O propósito era retomar o bombeamento de águas do Pinheiros para a
represa Billings, desde que limpas, e aumentar a geração da usina Henry Borden.
Este fato atendia resolução do governo de São Paulo para evitar novo apagão no
estado.
Segundo a Folha, dos R$ 160 milhões investidos, a metade saiu da
Petrobras e os outros 50% do governo paulista.
“A estatal federal bancou o início do projeto e o deixou em 2007, ao
saber de novos gastos”, diz o jornal.
Ildo Sauer, diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia- IEE,
afirmou à reportagem da Folha que "a flotação foi um erro porque a
poluição do Pinheiros é de esgoto doméstico, e não havia experiências de
tratamento dos dejetos humanos em um rio, com extensão de 25kms”.
Ildo Sauer sucedeu Delcídio do Amaral na diretoria de Gás e Energia da
Petrobras, comandada por ele até o final do governo de FHC. Sauer, que
permaneceu no cargo nos primeiros cinco anos do governo Lula, afirmou que o
Delcídio “teve papel destacado no acordo entre a Petrobras e a EMAE”.
“Foi o Delcídio que conduziu o processo na diretoria executiva da
Petrobras. Eles também tinham contratos na área de geração de energia à gás com
o governo paulista, do PSDB” afirmou Sauer, categórico.
Além da Henry Borden, o projeto da Petrobras/Emae estava ligado à
reforma da termelétrica de Piratininga, instalada nas margens do rio Pinheiros,
e que desde o ano de 2000 era parcialmente movida a gás natural vindo da
Bolívia, pelo gasoduto Bolívia/Brasil.
Na época, o Gasbol, que corta o MS, era controlado pela Petrobras e
multinacionais da área de gás e energia – a área de Delcídio na estatal.
**Publicações citam área comandada por Delcídio na Petrobras
A reportagem da Folha procurou documentos relativos aos contratos de
geração de energia da época, entre o governo de São Paulo e a Petrobras.
Trechos do “Relatório Anual da Administração da EMAE”, de 2001,
demonstram negócios com na área de gás da estatal, dirigida por Delcídio.
COMPRA DA REFINARIA
DE PASADENA SEGUIA PLANO DE GESTAO INICIADO POR DELCIDIO AINDA NO GOVERNO FHC,
REVELOU GABRIELLI EM DEPOIMENTO AO CONGRESSO NACIONAL
"Empresa
alemã SAP
O processo da Justiça Federal do RJ no qual o senador Delcídio figura
como réu é relativo à compra sem licitação, pela Petrobras da época do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de licenças de um software ERP-
Sistema Integrado de Gestão Empresarial - e à contratação direta de
consultorias para prospectá-lo no mercado e implantá-lo.
O caso que começou no segundo mandato do então presidente Fernando
Henrique Cardoso, depois que uma denúncia do jornal Folha de São Paulo, de
junho de 1999, revelou contratações diretas pela estatal com um custo de US$
100 milhões, segundo o jornal. Trata-se de um dos maiores negócios do mundo na
área, segundo os próprios sites das empresas.
Com a grande repercussão da reportagem assinada por Mônica Bérgamo, o
Ministério Público Federal do RJ denunciou o caso à JFRJ (Justiça Federal do
Rio de Janeiro), que o acatou em 2003, passando a apurar a prática de suposto
crime de Improbidade Administrativa, com valor da causa superior a R$ 57,5
milhões naquele ano.
O software em questão é o SAP R/3, da empresa alemã SAP, que tem filial
no Brasil. Para a sua implantação foi contratada a consultoria norte-americana
Ernest & Young Consulting. O contrato passou por vários aditivos.
Delcídio figura como réu por ter sido nomeado diretor da Área de Gás e
Energia da Petrobras junho de 1999, depois de negociações entre o grupo do PMDB
ligado ao ex-governador do Pará, Jader Barbalho, e FHC, segundo os jornais da
época. Delcídio havia trabalhado na Eletronorte, de 1983 a 1990, onde Jader
Barbalho ainda hoje mantém grande influência.
Além do senador, figuram como réus o ex-presidente da Petrobras, Henri
Philipe Reichstull, nomeado pessoalmente por FHC, e mais três diretores
executivos da Petrobras. Reichstull atualmente é conselheiro da multinacional
do petróleo Repsol.
Grupo
belga Transcor/Astra - Petrobras - Pasadena/Texas
A investigação sobre a compra da refinaria Pasadena - Texas começou no
Congresso após reportagem do Broadcast, serviço de notícias em tempo real da
Agência Estado, revelar, em julho de 2012, que a estatal gastou na compra da
refinaria dez vezes mais que o valor de mercado da unidade. O negócio é
investigado pelo Ministério Público Federal no Rio (MPF-RJ) e pelo Tribunal de
Contas da União (TCU). A refinaria custou US$ 1,18 bilhão à Petrobras.
O Jornal considerou o negócio como o mais temerário e malsucedido da
história da empresa, numa tentativa de responsabilizar o ex-presidente
Gabrielli e produzir um mal-estar entre ele e a atual presidenta da empresa,
Graça Foster, e até mesmo com a própria presidenta Dilma.
O que o Jornal não contou, na ocasião e até agora, e que foi dito por
Gabrielli na comissão e foi abafado pela "grande mídia", é que o
negócio da compra da refinaria nos Estados Unidos, em 2006, seguia a estratégia
do plano de negócios da empresa para o período de 1999 a 2005, feito ainda na
gestão de Delcídio do Amaral que por várias vezes tentou privatizar a
Petrobras."
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