Governo decreta emergência sanitária após alta de casos de microcefalia em Pernambuco
Ao menos 140 casos foram registrados no Estado
Folhapress
Reprodução
Em Pernambuco, ao menos 140 casos foram registrados em diferentes municípios, mas também existem suspeitas no Rio Grande do Norte e Paraíba. O crescimento no número de casos começou a ser percebido no fim de agosto deste ano e tem intrigado autoridades em saúde. A situação levou o Ministério da Saúde a enviar a Pernambuco, no fim de outubro, uma equipe especializada em emergências em saúde pública para averiguar o caso.
Seis médicos epidemiologistas compõem o grupo. Destes, dois permanecem no local. Nesta terça-feira (10), a pasta também ativou o Centro de Operações de Emergência em Saúde para acompanhar o avanço do quadro. Segundo a reportagem apurou, o Ministério da Saúde também enviou na manhã desta quarta-feira (11) um aviso ao Palácio do Planalto, para que a presidente Dilma Rousseff fosse informada da situação.
INVESTIGAÇÃO
Ainda não há informações sobre as causas possíveis para o aumento nos registros. Na tentativa de identificar a situação, pacientes estão sendo submetidos a exames, sem resultados até o momento.
Ainda não há informações sobre as causas possíveis para o aumento nos registros. Na tentativa de identificar a situação, pacientes estão sendo submetidos a exames, sem resultados até o momento.
Equipes das secretarias de saúde também têm feito entrevistas com as mães dos recém-nascidos para saber sobre histórico anterior de doenças e informações sobre o pré-natal e o pós-parto. Em geral, casos como esses podem estar relacionados tanto a um possível contato com bactérias, vírus e outros agentes infecciosos quanto a transtornos hereditários, entre outra série de fatores.
Uma das suspeitas investigadas é que os casos estejam relacionados a infecções por zika, doença transmitida pelo mesmo mosquito da dengue. Ainda não há, porém, uma confirmação da relação dos casos registrados com este vírus. Condição neurológica rara, a microcefalia não tem cura, e a gravidade varia conforme o caso. Na maior parte das situações, a doença afeta o desenvolvimento cognitivo e está associada a retardo mental. Também pode levar à morte.
(Folha de Pernambuco)
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