Arquivo/ Leonardo Prado
Demóstenes seguiu a recomendação de seu advogado de se manter calado.
O senador Demóstenes Torres (sem partido/GO) não prestou depoimento nesta quinta-feira à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as relações entre o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e agentes públicos e privados. Embora tenha comparecido, foi aconselhado por seu advogado a permanecer em silêncio, e usou esse direito previsto na Constituição.
Demóstenes informou que vai encaminhar à comissão a degravação do depoimento que deu ao Conselho de Ética do Senado na terça-feira (29). O senador espera que as explicações que deu no Senado, onde é processado por quebra de decoro, sirvam à CPMI.
O silêncio do senador causou tumulto depois que o deputado Silvio Costa (PTB-PE) chamou-o de hipócrita e demagogo. O presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), dispensou Demóstenes e foi obrigado a encerrar a reunião após uma discussão entre Costa e o senador Pedro Taques (PDT-MT), porque os ânimos estavam acirrados.
Costa acusava Demóstenes de pertencer à quadrilha de Carlos Cachoeira, e foi interpelado por Taques, que pediu respeito ao depoente, que tinha o direito de permanecer calado. "Seu silêncio é uma confissão de culpa, diz: 'eu sou o braço legislativo da quadrilha do Cachoeira'", afirmou o deputado a Demóstenes.
Taques pediu que Demóstenes fosse dispensado como outros depoentes que se recusaram a falar e não foram pressionados por parlamentares. "Não podemos ofender um estado brasileiro, que o senador representa, mas também não aceito que qualquer ser humano seja desrespeitado, não apenas um senador", disse Taques. (Agência Câmara de Notícias)
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