Foto: Montagem PE247
Pré-candidatos da Frente de Popular de Esquerda, Noélia Brito (Psol), Roberto Numeriano (PCB) e Jair Pedro (PSTU), acham que o atual prefeito do Recife, João da Costa, representa um continuísmo do ex-prefeito João Paulo, ambos do PT, no qual prevalece um modelo neoliberal de gestão
Questionada sobre como ela analisa a forma de atuação na política recifense do PT e do bloco Mesa da Unidade (PSDB, PPS, DEM e PMDB) para as eleições deste ano, a prefeiturável foi taxativa dizendo que não há diferenças no ponto de vista ideológico e, consequentemente, prático. “Tanto os Joões, quanto a tal Mesa da Unidade representam o continuísmo de um modelo neoliberal”, comentou Noélia.
Por sua vez, Roberto Numeriano disse que o atual comandante da PCR não atende às demandas históricas, compactuando com uma gestão conservadora. “No que diz respeito ao ex-prefeito João Paulo, ele teve tanta credibilidade do povo somente por conta de uma equipe de comunicação e marketing eficiente”, acrescentou o comunista. Ele também criticou o fato de candidatos provenientes de legendas sem representação no Congresso Nacional não poderem participar de debates. “Isso não é democracia. Você tem sua expressão bloqueada. Todo partido tem direito a voto e voz”, afirmou.
Já o pré-candidato Jair Pedro, seguiu a mesma linha de raciocínio dos seus colegas de esquerda. De acordo com ele, o PT administra para a elite. “O PT de João Paulo como o de João da Costa não é o mesmo da década de 80. Pela forma como o partido gere a cidade, a classe trabalhadora é a maior prejudicada”, atacou. Sobre as prévias do PT, que ocorrerão no próximo dia 20, entre Maurício Rands, pré-candidato da Corrente Construindo Um Novo Brasil, e João da Costa, da Mensagem ao Partido, ele avalia que "essa prévia reflete a falência do PT. A militância da sigla está desmotivada”.
Em relação a essa disputa interna, o discurso de Numeriano deu a entender que ambos visam apenas um projeto de poder sem um maior compromisso com a população. “Com ou sem prévias, para mim não faz diferença, pois tanto Rands como Costa querem ter em mãos o orçamento ‘gordo’ da PCR de R$ 5 bilhões”, concluiu. Já segundo Noélia, este embate só faz desgastar o Partido dos Trabalhadores. “Quem tem a perder com esta briga é o próprio PT. Isso reflete o mal estar dentro da legenda. João da Costa e Maurício Rands fazem política para os empreiteiros”, disparou.
(Leonardo Lucena_247)
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