Julieta Brontée
O dia de ontem foi marcado,
mundialmente, por ser a data escolhida para registrar o Dia Internacional
contra a Homofobia a a Transfobia. A data teve origem numa manifestação
realizada por ativistas franceses, em 2005, para marcar a exclusão da
homossexualidade da lista de doenças mentais da Organização Mundial de Saúde -
OMS, ocorreida 22 anos antes.
De acordo com dados da SDH
(Secretaria de Direitos Humanos) do governo federal, só no ano passado foram
registradas, em média, 3,4 denúncias diárias de violência praticada contra
homossexuais no Brasil. O total de 1.259 denúncias foram feitas anonimamente
para o telefone 100 do Disque Direitos Humanos. Ainda segundo dados da SDH, os
casos de violência englobam não apenas a agressão física, mas, também, as de
ordem sexual, psicológica e institucional, além de episódios relacionada à
opção sexual do indivíduo.
Estudos recentes, publicados pelo
Journal of Personality and Social Psychology dão conta de que que a homofobia é
mais comum entre indivíduos que se dizem heterossexuais, mas que sentem atração
por pessoas do mesmo sexo e tiveram de reprimir esse desejo por causa de pais
autoritários. Um dos autores do trabalho, Richard Ryan, revela que “Em muitos
casos, são pessoas que estão em guerra consigo mesmas". O pesquisador
menciona, ainda, no trabalho, casos em que ativistas antigays foram flagrados
em atos homossexuais, o que reforçaria as conclusões da pesquisa. Mas Ryan
alerta para o fato de que embora sejam comuns as piadas com essa situação de
conflito interior dos homofóbicos, "essas pessoas são, elas me smas, vítimas
de repressão." E adverte: “Homofobia não é engraçada. Às vezes, ela tem
consequências trágicas.”
Na verdade, a homofobia é uma das
formas mais violentas e invasivas de preconceito, porque se insere no que há de
mais íntimo no indivíduo que é sua sexualidade. Além disso, a violência contra
os homossexuais é real, física e descarada ao ponto de virar até bandeira e
plataforma reacionária de setores da sociedade com finalidades de cunho
eleitoreiro e político, mediante a exploração de um sentimento conservador e de
cunho religioso que ainda impera no seio da sociedade. Mas os ativistas dos
movimentos LGBT estão de parabéns por suas lutas, resistência e conquistas e
muitas outras importantes ainda deverão advir, como o casamento civil
igualitário, proposto pelo PSOL, na Câmara dos Deputados e a criminalização do
homofobia.
CURTO CIRCUITO
• PRIMEIRA VAIA - Depois de mais de um ano de mandato, a presidente
Dilma sofreu a primeira vaia, vinda de milhares de prefeitos presentes em
Brasília, onde cobravam por recursos e projetos para os seus municípios. E tudo
por conta do “abacaxi indescascável”, que é a distribuição de “royalts” do
petróleo, principalmente do ainda não-explorado pré-sal. Ela foi vaiada por não
querer enganar com promessas vãs.CURTO CIRCUITO
• FANTASMAS - O vereador Plácido Filho (PDT), líder da bancada de oposição na Câmara Municipal de Fortaleza, comunicou à coluna que, segundo investigações por ele lideradas, vai ser possível provar que estão sendo localizados, na Guarda Municipal, “funcionários fantasmas”, Ou seja, segundo ele, não vai ficar apenas naquela servidora que mora em Brasília.
• BOA IDEIA - Ganha apoios em geral, propositura do vereador dr. Ciro (PTC), propondo a alocação de 20% de todos os recursos destinados pela Prefeitura de Fortaleza para propaganda institucional na Televisão e no Rádio, para serem utilizados exclusivamente em campanhas educativas nesses mesmos meios de comunicação.
• UM ABSURDO - Segundo foi discutido na reunião semanal do Agropacto, no Banco do Brasil, enquanto os produtores rurais, por conta da estiagem, ficam sem terras apropriadas para plantar cereais e frutas, nada menos do que 2.600 hectares de terras produtivas, localizadas em perímetros irrigados do Apodi, se encontram sem uso há 20 anos! Será que o MST sabe disso?
UMAS & OUTRAS
• RACISMO - Cê lembra daquela jovem “babaca” Mayara Penteado Petruso, que no dia 31 de outubro de 2010, logo depois da vitória da presidenta Dilma Roussef, postou no twiter ‘Nordestino (sic) não é gente. Faça um favor a Sp: mate um nordestino afogado!’? Pois bem, o dia dela chegou: A Justiça Federal de São Paulo condenou a estudante de direito a 1 ano, 5 meses e 15 dias de prisão pelo crime de racismo. Quem sabe, agora, depois da pena aplicada pela juíza da 9a Vara Federal Criminal em São Paulo, Mônica Aparecida Bonavina Camargo, essa jovem de “cabeça oca” vá fazer alguma coisa de útil na vida. Da decisão,cabe recurso.
De segunda à sexta, das 12h30 às 13h, programa Conexão Global, na Rádio Globo 620 AM. Contamos com sua audiência caro(a) leitor(a). Sugestões e críticas: www.globocidadefortaleza@bol.com.br ou blogdabrontee.com.br.
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