sexta-feira, 15 de junho de 2012

Motoristas de ônibus decidem fazer greve

Duas assembleias, mais de 500 motoristas e cobradores de ônibus reunidos e uma decisão unânime: greve geral da categoria por tempo indeterminado

Duas assembleias, mais de 500 motoristas e cobradores de ônibus reunidos e uma decisão unânime: greve geral da categoria por tempo indeterminado. A deliberação veio, ontem, após oito rodadas de negociação sem êxito entre categoria e empresas de transporte coletivo. Protocolado o aviso de greve, hoje, a efetiva paralisação poderá ocorrer a partir da manhã de segunda-feira (18). A população segue preocupada, enquanto as entidades representativas sustentam a possibilidade de acordo neste intervalo de tempo.

Frases inflamadas, gritos e aplausos marcaram o encontro da categoria, ontem à tarde, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Ceará (Sintro). Em foco, de novo, o velho questionamento sobre optar ou não por uma greve. A situação extrema, mas recorrente nos últimos anos, (salvo a exceção de 2011, quando um acordo impediu a paralisação) segundo o presidente do Sindicato, Domingo Neto, tornou-se inevitável. “Tentamos muito, mas fica claro que os empresários não têm a mínima preocupação. Não foi apresentada nenhuma proposta que contemplasse nossas reivindicações”, destacou.

Após a decisão, os trabalhadores seguiram entusiasmados em caminhada rumo às ruas do Benfica. O resultado da manifestação foi engarrafamento na rua Tristão Gonçalves e na avenida Imperador, onde os veículos estiveram parados por cerca de 20 minutos, a poucos metros da sede do Sintro.
REIVINDICAÇÕES
O percentual do reajuste dos salários ainda é o maior impasse. A categoria, que inicialmente cobrava 25%, agora exige 15%. Com o indicativo, a remuneração dos motoristas passaria dos atuais R$ 1.273 para R$ 1.463,95, já o dos cobradores sairia de e R$ 734 para R$ 844,10. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Ceará (Sindiônibus) por sua vez, alega que o valor é inviável, pois estaria cinco vezes acima da inflação. A última proposta das empresas garante 4,88% de aumento. Os rodoviários reivindicam ainda R$ 80,00 de cesta-básica e R$ 12,00 de vale-alimentação. As empresas propõem a manutenção dos atuais benefícios, como cesta básica no valor de R$ 70 e o vale-refeição de R$ 7,00. (O Estado)

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