sábado, 12 de janeiro de 2013

Em nota, pelo Facebook, vereador João Alfredo, do PSOL, lamenta o falecimento de Pe Haroldo

LUTO E HONRA AO BRAVO LUTADOR DE NOSSO POVO:


Para toda uma geração que começou sua militância nas pastorais sociais (pastoral de juventude, pastoral operária, pastoral da terra), Padre Haroldo sempre foi uma referência da teologia da libertação, do compromisso radical com os mais pobres e oprimidos de nossa sociedade, de coerência e de luta.
Foi nosso candidato a governador, à época pelo PT, em 1986, com o slogan "O Governador do Povo", quando enfrentou Adauto Bezerra e Tasso Jereissati. Ali,o PT elegeu seus dois primeiros deputados, Ilário Marques e eu, combatendo os coronéis do campo e do asfalto.
Lembro que, em 1987, foi na Igreja de S. Judas Tadeu, onde Padre Haroldo era pároco, no Olavo Bilac, que se reunia o comitê de greve dos operários têxteis na heróica greve da Finobrasa, que teve todo o seu apoio.
Com a derrocada ideológica do PT, depois de passar por outras experiências partidárias, veio ajudar a fundar o nosso pequeno, mas, aguerrido e necessário Partido Socialismo e Liberdade, se transformando em uma espécie de decano (ao lado de Gilvan) de uma agremiação formado majoritariamente por jovens.
Aliás, juventude de espírito era o que não lhe faltava: sempre entusiasmado e nos animando com sua postura anticapitalista e anti-imperialista. O seu amor às comunidades (em especial, o Pirambu) e à causa socialista só não era maior do que o que devotava ao seu Ferroviário Atlético Clube, de quem era fanático torcedor.
Alegria, radicalismo, combatividade, coerência eram atributos que o faziam querido e admirado por todos nós. Na Câmara, como vereador do Psol, tive a honra de homenageá-lo com a medalha Boticário Ferreira, a mais alta honraria de nossa cidade.
Sempre procurando destacar algo em nossa militância, foi o primeiro a, nos jornais, defender a candidatura de Renato Roseno à Prefeitura de Fortaleza. Nas festas e eventos do partido, quando se dirigia à minha mãe, Thereza (que assistia sempre suas missas na Igreja do Carmo), dizia, à sua moda solene e alegre: "santa revolucionária!", o que arrancava risos de tod@s nós (e protestos dela).
Com o Padre Haroldo se vai muito de nossa alegria militante, mas, por ele, continuaremos sua luta, que é nossa, por uma sociedade justa e igualitária; não há melhor forma de homenageá-lo e de honrar sua memória.
PADRE HAROLDO: PRESENTE!
ATÉ QUANDO: SEMPRE!
Com tristeza e saudade, mas, com orgulho de ter sido, ao lado de tantos, seu companheiro de luta por quase três décadas,
João Alfredo

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