Atualmente, nenhum cearense precisa se deslocar para outro
estado para realização de transplante. O Ceará encerrou o ano de 2013 com 1.361
transplantes de órgãos e tecidos.
O desempenho e os sucessivos recordes registrados pelo Ceará
mereceram o reconhecimento da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos
(ABTO), na mais nova edição do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) –
Dimensionamento dos Transplantes no Brasil e em cada estado (2006-2013).
“Atualmente, nenhum cearense precisa deslocar-se para as regiões Sudeste ou Sul
para a realização de qualquer transplante, graças ao empenho do Governo do
Estado, da Secretária da Saúde, da equipe da Central de Transplantes, das
comissões intra-hospitalares, organizações de procura de órgãos (OPO) e equipes
transplantadoras, que se desdobram para que os transplantes sejam realizados em
condições adequadas e de segurança”, destaca a publicação. Até bem pouco tempo
no Ceará não eram realizados transplantes de pulmão e medula óssea. Era preciso
os pacientes saírem do Estado para hospitais do Sul e Sudeste, mas desde 2011 o
Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart, do Governo do Estado, realiza
transplantes de pulmão. O Ceará é o único Estado das regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste, que faz transplante de pulmão. Antes, em 2008, o Hemoce, numa
parceria com o Hospital Universitário, iniciou a realização de transplante de
medula autólogo, e em fevereiro deste ano inovou mais uma vez, fazendo o
primeiro transplante de medula alogênico. Em 2009, outro hospital do Governo do
Estado, o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) passou a fazer transplantes de
pâncreas.
Depois de superar a marca de 1.295 transplantes de 2011, o
Ceará fechou o ano de 2013 com um total de 1.361 transplantes de órgãos e
tecidos realizados, estabelecendo novo recorde desde a implantação da Central
de Transplantes da Secretaria da Saúde do Estado, em 1998. De acordo com os
números finais da Central de Transplantes, em todo o ano passado foram
realizados 250 transplantes de rim de doador falecido, 15 de doador vivo, 10 de
rim/pâncreas, 30 de coração, 194 de fígado, 8 de pulmão, 55 de medula óssea, 9
de valva cardíaca, 762 de córnea, 27 de esclera e um de osso. Em 2013, o Estado
registrou também novos recordes de transplantes de fígado, pulmão e medula
óssea.
Pelo terceiro ano consecutivo, o Ceará se mantém em terceiro
lugar entre todos os estados brasileiros em número de doadores efetivos por
milhão da população (pmp), indicador que cresce ano a ano no Estado, conforme a
nova edição da revista da ABTO. A meta do país em 2014 é chegar aos 15 doadores
pmp, número já superado pelo Ceará em 2011. Foram 17,5 doadores pmp naquele
ano, 21,4 em 2012 e 22,2 no ano passado, quando foram notificados 527
potenciais doadores e 188 se tornaram efetivos. “Na taxa de doadores efetivos,
destacaram-se, além do Distrito Federal (33,1 pmp), com suas particularidades,
Santa Catarina (27,2 pmp) e Ceará (22,2 pmp), assinala o RBT.
Primeiro lugar em fígado
Em 2013, o Ceará foi o maior transplantador de fígado por
milhão da população, também pelo terceiro ano consecutivo, e segundo em números
absolutos de transplantes. “Apenas Ceará (23,0 pmp) e Distrito Federal (20,6
pmp) ultrapassaram a barreira dos 20 transplantes pmp”, registra a ABTO. Em
transplantes de coração, o Estado foi segundo em números absolutos e relativos.
Foram realizados 30 transplantes do órgãos em 2013 e 3,4 pmp. São Paulo fez 103
transplantes e o Distrito Federal 11,3 pmp. O Ceará começou a fazer
transplantes de pulmão em 2011 e, no ano passado, ficou em terceiro do Brasil
em número absoluto de transplantes, com oito procedimentos, e em segundo em
número absoluto, com 0,9 pmp. São Paulo realizou 37 transplantes. Com 31
transplantes realizados, o Rio Grande do Sul ficou com a melhor taxa pmp, de
2,9 transplantes pulmonares em 2013.
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