quinta-feira, 13 de março de 2014

Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos dá destaque ao Ceará no Registro Brasileiro de Transplantes

Atualmente, nenhum cearense precisa se deslocar para outro estado para realização de transplante. O Ceará encerrou o ano de 2013 com 1.361 transplantes de órgãos e tecidos.

O desempenho e os sucessivos recordes registrados pelo Ceará mereceram o reconhecimento da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), na mais nova edição do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) – Dimensionamento dos Transplantes no Brasil e em cada estado (2006-2013). “Atualmente, nenhum cearense precisa deslocar-se para as regiões Sudeste ou Sul para a realização de qualquer transplante, graças ao empenho do Governo do Estado, da Secretária da Saúde, da equipe da Central de Transplantes, das comissões intra-hospitalares, organizações de procura de órgãos (OPO) e equipes transplantadoras, que se desdobram para que os transplantes sejam realizados em condições adequadas e de segurança”, destaca a publicação. Até bem pouco tempo no Ceará não eram realizados transplantes de pulmão e medula óssea. Era preciso os pacientes saírem do Estado para hospitais do Sul e Sudeste, mas desde 2011 o Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart, do Governo do Estado, realiza transplantes de pulmão. O Ceará é o único Estado das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que faz transplante de pulmão. Antes, em 2008, o Hemoce, numa parceria com o Hospital Universitário, iniciou a realização de transplante de medula autólogo, e em fevereiro deste ano inovou mais uma vez, fazendo o primeiro transplante de medula alogênico. Em 2009, outro hospital do Governo do Estado, o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) passou a fazer transplantes de pâncreas.
 Superando marca
Depois de superar a marca de 1.295 transplantes de 2011, o Ceará fechou o ano de 2013 com um total de 1.361 transplantes de órgãos e tecidos realizados, estabelecendo novo recorde desde a implantação da Central de Transplantes da Secretaria da Saúde do Estado, em 1998. De acordo com os números finais da Central de Transplantes, em todo o ano passado foram realizados 250 transplantes de rim de doador falecido, 15 de doador vivo, 10 de rim/pâncreas, 30 de coração, 194 de fígado, 8 de pulmão, 55 de medula óssea, 9 de valva cardíaca, 762 de córnea, 27 de esclera e um de osso. Em 2013, o Estado registrou também novos recordes de transplantes de fígado, pulmão e medula óssea.
 Terceiro lugar geral
Pelo terceiro ano consecutivo, o Ceará se mantém em terceiro lugar entre todos os estados brasileiros em número de doadores efetivos por milhão da população (pmp), indicador que cresce ano a ano no Estado, conforme a nova edição da revista da ABTO. A meta do país em 2014 é chegar aos 15 doadores pmp, número já superado pelo Ceará em 2011. Foram 17,5 doadores pmp naquele ano, 21,4 em 2012 e 22,2 no ano passado, quando foram notificados 527 potenciais doadores e 188 se tornaram efetivos. “Na taxa de doadores efetivos, destacaram-se, além do Distrito Federal (33,1 pmp), com suas particularidades, Santa Catarina (27,2 pmp) e Ceará (22,2 pmp), assinala o RBT.
Primeiro lugar em fígado

Em 2013, o Ceará foi o maior transplantador de fígado por milhão da população, também pelo terceiro ano consecutivo, e segundo em números absolutos de transplantes. “Apenas Ceará (23,0 pmp) e Distrito Federal (20,6 pmp) ultrapassaram a barreira dos 20 transplantes pmp”, registra a ABTO. Em transplantes de coração, o Estado foi segundo em números absolutos e relativos. Foram realizados 30 transplantes do órgãos em 2013 e 3,4 pmp. São Paulo fez 103 transplantes e o Distrito Federal 11,3 pmp. O Ceará começou a fazer transplantes de pulmão em 2011 e, no ano passado, ficou em terceiro do Brasil em número absoluto de transplantes, com oito procedimentos, e em segundo em número absoluto, com 0,9 pmp. São Paulo realizou 37 transplantes. Com 31 transplantes realizados, o Rio Grande do Sul ficou com a melhor taxa pmp, de 2,9 transplantes pulmonares em 2013.

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