domingo, 18 de janeiro de 2015

Será que se fosse na Indonésia seria assim? Duvido!!!

Acusado de matar fiscal da Prefeitura do Recife já está solto

Preso dia 14, Cássio Balbino de Lima passou menos de 48 horas detido


 / Foto: Luiza Freitas / Especial para o JC

Foto: Luiza Freitas / Especial para o JC

O ambulante Cássio Balbino de Lima, 38 anos, acusado de assassinar a tiros o fiscal da Prefeitura do Recife, Giovani Ribeiro, está solto desde sexta-feira (16). O crime aconteceu na manhã do último dia 13, na Praça Dom Vital, bairro de São José. Cássio foi detido no dia seguinte e confessou tudo à polícia. Disse, inclusive, não estar arrependido e que "faria tudo novamente". O acusado foi conduzido ao Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), onde passou menos de 48 horas.
O advogado do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana do Estado de Pernambuco (Stealmoaic), Eduardo Morais, explicou que o delegado responsável pela prisão preferiu fazer um auto de prisão em flagrante, porém o juiz entendeu não se tratar de flagrante e por isso relaxou a prisão. "O crime ocorreu dia 13 pela manhã e o acusado foi preso mais de 24h depois do ocorrido. E ainda não houve diligências, a prisão se deu depois de um telefonema para o Disque Denúncia", detalhou.
De acordo com o advogado, Giovani foi o terceiro fiscal assassinado em menos de um ano por trabalhar apreendendo mercadorias irregulares no Recife. O presidente do Stealmoaic, Rinaldo Lima, afirmou que Cássio foi visto circulando pelo bairro de Água Fria, na Zona Norte do Recife. "Ele ameaçou voltar ao local do crime (onde também trabalhava como ambulante) para se vingar de quem falou mal dele", declarou.
Nesta segunda-feira (19) Eduardo Morais irá ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) conversar com o delegado para que seja representada uma prisão preventiva. De lá, segue para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), para tentar conseguir a emissão de um parecer favorável do órgão e depois seguir para o Tribunal de Justiça, a fim de que, a partir dos argumentos apresentados, o juiz possa expedir o mandado de prisão. "O Sindicato não vai medir esforços para que o acusado volte a ser preso. Até porque, além de ter confessado matar o fiscal, ele já responde por tráfico de drogas e furto", ressaltou.

(Jornal do Commércio)

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