quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Mais um traficante brasileiro no corredor da morte

Indonésia rejeita clemência a outro brasileiro condenado à morte

Rodrigo Gularte foi preso em 2005 com cocaína em pranchas de surf.
Família tenta reverter execução alegando que ele tem transtorno mental.

Do G1, em São Paulo
Rodrigo Gularte (Foto: Reprodução/RPC)O brasileiro Rodrigo Gularte
(Foto: Reprodução/RPC)
A Indonésia rejeitou o pedido de clemência feito pelo governo brasileiro para evitar a execução por fuzilamento do brasileiro Rodrigo Gularte, que está no corredor da morte por tráfico de drogas. A negativa foi recebida nesta terça-feira (20), de acordo com informações da assessoria do Itamaraty ao G1. Caso a pena seja cumprida, ele será o 2º brasileiro a ser executado na Indonésia. O primeiro foi Marco Archer Cardoso, fuzilado no último fim de semana.

Gularte, de 42 anos, foi condenado à pena máxima em 2005 por ingressar na Indonésia com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surf. Ainda não há previsão da data em que a execução deve ocorrer. Apesar da rejeição do pedido de clemência, feito em 2012 e que é previsto no processo, a defesa do brasileiro ainda mantém a esperança de que Jacarta reconsidere sua decisão por razões médicas.

A família de Gularte alega que ele foi diagnosticado com um quadro de esquizofrenia e tenta reverter a pena com a transferência dele para um hospital psiquiátrico, como prevê a lei indonésia. Clarisse Gularte, mãe de Rodrigo, contou que ele está 'totalmente transformado' e 15 quilos mais magro. Ela visitou o filho em agosto do ano passado.

Marco Archer
No fim de semana passado, a Indonésia fuzilou seis condenados por tráfico de drogas, entre eles o brasileiro Marco Archer Cardoso. Após o fuzilamento, a presidente Dilma Rousseff - que tentou em vão salvar a vida dele - chamou para consultas o embaixador brasileiro em Jacarta para manifestar seu repúdio à execução. O corpo de Marco Archer foi cremado na Indonésia.

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