PPS anuncia nesta sexta decisão de adiar a fusão com o PSB
O adiamento da fusão entre o PSB e o PPS deve ser anunciado nesta sexta (12) pelo PPS, em Brasília, quando o diretório nacional da legenda reúne-se para definir o posicionamento que tomará. Nessa quinta (11), a Executiva do partido, com representantes de vários Estados, esteve reunida para discutir o tema.
O PPS deverá seguir o PSB e optar para deixar a discussão pelo menos para o próximo ano. O PSB quer que o assunto perdure mais, deixando a fusão para ser retomada apenas em 2017.
“As dificuldades não foram superadas ao ponto de a fusão acontecer ainda 2015″, afirmou a presidente do PPS-PE, Débora Albuquerque.
Na quarta (10), o governador Paulo Câmara (PSB) conversou com o presidente do PPS, Roberto Freire. O gestor informou ao deputado a posição do partido socialista de adiar a discussão. Na terça (16), Carlos Siqueira, presidente do PSB, e Roberto Freire concederão uma entrevista coletiva.
“Trabalhamos aqui em Pernambuco e no âmbito nacional para sairmos com o partido unido em qualquer decisão daqui para frente. Entedemos que precisava ter um maior diálogo com os estados. Os estados não aceitaram bem da forma que estava sendo feita. FOi colocado junto ao PPS que era necessário um prazo para discussão para as questões internas do PSB serem melhores debatidas”, afirmou Paulo Câmara, nesta quinta (11), após encontro do movimento suprapartidário para atrair um hub da Latam para o aeroporto do Recife.
O governador também negou que uma ala do PSB – contrária à fusão – queira enfraquecer Márcio França, vice-governador de São Paulo e entusiasta da fusão. Paulo Câmara afirmou que o objetivo é fortalecer Márcio França para 2018, quando ele deverá disputar o governo paulista.
Para o PPS, o processo não está encerrado. Na reunião da Executiva, surgiram propostas como voltar a discutir o assunto ainda a tempo das eleições de 2016.
A formalização da aliança para as eleições municipais do próximo ano também foi tratada. “Há um sentimento no PPS de acordar e aprovar as alianças. Estamos trabalhando esse apoio. Há um interesse muito grande do PPS em continuar a aproximação com o PSB”, completou Débora.
“Estamos caminhando, conversando muito para fazer uma aliança política, uma aliança que tivemos em 2014 e teremos em 2016 e muitos locais uma coligação com o PPS. Enquanto isso vamos discutir para acabar qualquer tipo de aresta interna nos Estados”, completou Paulo Câmara.
SEM INTERFERÊNCIA – O governador de Pernambuco afirmou, ainda, que não houve interferência da ex-primeira-dama Renata Campos na interrupção do processo de fusão. “Não houve interferência de Renata Campos, mas se ela tivesse falado alguma coisa seria muito bem ouvida como sempre é”, acrescentou.
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