Foto: Edição/247
Parceiro do ex-presidente Lula e do pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Fernando Haddad, deputado do PP que fechou acordo com os petistas nesta segunda tem notórios problemas com a Justiça e é procurado pela Interpol; se eleito, o prefeito Haddad vai cobrar o que Maluf deve à capital paulista?
Em valores não atualizados, o ex-prefeito e ex-governador biônico Paulo Maluf tem uma dívida judicial de R$ 732,5 milhões com os cofres públicos. Fora dessa conta estão os milhões de dólares bloqueados pela Justiça da Europa.
Ao longo de 43 anos de trajetória política, o deputado federal Paulo Salim Maluf habituou-se a
conviver com uma sucessão de denúncias de corrupção das quais escapou da maioria incólume. Maluf é daqueles políticos que conseguiu, mesmo quando flagrado com a boca na botija, reduzir a quase zero a possibilidade de ir para a cadeia ou mesmo de devolver o dinheiro que supostamente teria surrupiado do erário público.
Até agora, Maluf tem quatro condenações judiciais decididas por órgãos colegiados e apenas uma transitada em julgado (definitiva). No caso da Paulipetro – da qual não cabe mais recurso – a condenação que cabe a Maluf é de R$ 716 milhões.
O somatório de outras dívidas com a Justiça dá um total de 16,5 milhões. Além disso, tem bloqueado na Europa US$ 35 milhões, que de acordo com o Ministério Público seria resultado de transferências irregulares de recursos de obras superfaturadas quando ele era prefeito da capital.
No momento, uma única sentença condenatória transitada em julgado, de natureza civil pesa sobre Maluf: ele e mais cinco réus foram condenados a restituir ao Estado de São Paulo o montante perdido pelo episódio Paulipetro, quando Maluf tentava encontrar petróleo na Bacia do rio Paraná. Em valores de 2008, a parte que cabia a Maluf era de R$ 716 milhões.
É uma cifra pequena diante do volume de ações de improbidade administrativa movidas contra o ex-prefeito paulistano e governador biônico do Estado. É que em muitas delas Maluf conseguiu reverter a derrota sofrida em instâncias inferiores.
Um exemplo da capacidade da defesa de Maluf aconteceu no final de dezembro de 2010, quando a 7ª Câmara de Direito Público modificou decisão do início do mesmo ano e absolveu o ex-prefeito de devolver aos cofres públicos o valor gasto com uma compra de frangos congelados.
O escândalo ficou conhecido como frangogate e de acordo com o Ministério Público a compra seria superfaturada. As aves serviram para compor a merenda escolar da rede municipal de ensino. Quando Maluf foi condenado, correu o risco de perda dos direitos políticos, o que o impediria de concorrer às eleições.
Nessa ação de improbidade administrativa, o Ministério Público diz que houve favorecimento de empresa, uma delas de Sylvia Maluf, mulher do hoje deputado federal.
As outras condenações de Maluf são: em 2003, o STJ condenou o ex-prefeito a devolver R$ 1,2 milhão por contratar sem licitação a TV Globo para transmitir a Maratona de São Paulo realizada em 1995. Como se trata de uma ação popular, isso não valeria para barrar a candidatura de Maluf caso a lei da ficha limpa estivesse em vigor.
Em janeiro de 2010 o mesmo STJ determinou que Maluf devolvesse o dinheiro gasto nos 0contratos de pesquisa de petróleo na bacia do Rio Paraná. Dois meses antes, em novembro de 2009, o STJ condenou o ex-prefeito a develver R$ 14,7 milhões por serviços supostamente não realizados no túnel Ayrton Senna.
Outro problema de Paulo Maluf é com a Justiça suíça que decidiu manter sob confisco mais de US$ 13 milhões em nome da família do ex-prefeito em contas nos bancos do país dos Alpes. Se somado ao dinheiro ainda bloqueado nas ilhas Jersey, a família Maluf conta com um total de US$ 35 milhões confiscados, temporariamente, na Europa. (Portal 247)
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